A verdadeira máquina do tempo é a memória. Mas não seria fascinante poder viajar e fazer turismo no passado ou no futuro?
Sei que é difícil viver o presente, e só os budistas que meditam e se dedicam verdadeiramente conseguem a façanha da consciência integral do momento. Eu sou fascinada pelo passado e seu registro (na memória individual e coletiva), e em certos momentos as ansiedades da vida me fazem antecipar o futuro, mas tudo seria melhor se pudéssemos viajar e voltar.
Há quem diga que há evidências de viajantes do tempo, como o homem nessa foto de 1941, que destoa em vestimentas dos demais: http://www.virtualmuseum.ca/sgc-cms/histoires_de_chez_nous-community_memories/pm_v2.php?id=record_detail&fl=0&lg=English&ex=00000470&hs=0&rd=117666.
Há alguns (muitos mesmo) anos, li um livro intitulado "Os Mestres secretos do tempo" que especulava sobre a possibilidade da existência de viajantes do tempo. É certo que hoje os físicos (sempre eles) já aceitam como possibilidade teórica, e vão além para discutir temas como a existência da alma, de outros mundos e outros tempos, mas seria aplicável?
Se eu pudesse viajar no tempo, para quando e onde iria? Ver a construção das pirâmides, o nascimento do Homo Sapiens, o ano 4732 d.C? Com certeza eu não gostaria de assistir como mera espectadora, como promete o Chronovisor (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2015/08/chronovisor.html), mas de interagir de alguma forma, evitando conseqüências catastróficas, como vimos nos filmes "De volta para o futuro".
terça-feira, 29 de setembro de 2015
domingo, 27 de setembro de 2015
Memória de vidas passadas
Será que podemos lembrar além da nossa vida? Será que existem outras vidas e as memórias são depositadas na alma? Será que a memória dos vivos e dos mortos são a mesma coisa?
Confiram o vídeo interessante: https://www.youtube.com/watch?v=9w2MCpzE8u0
Algumas crenças indicam que além das lembranças também é possível trazer marcas físicas de vidas anteriores: cicatrizes, sinais, doenças que indicam como viveram e morreram anteriormente.
Será possível? https://www.epochtimes.com.br/menino-3-anos-recorda-vida-passada-identifica-assassino-localiza-corpo-enterrado/#.VgbZ6stVikq
Confiram o vídeo interessante: https://www.youtube.com/watch?v=9w2MCpzE8u0
Algumas crenças indicam que além das lembranças também é possível trazer marcas físicas de vidas anteriores: cicatrizes, sinais, doenças que indicam como viveram e morreram anteriormente.
Será possível? https://www.epochtimes.com.br/menino-3-anos-recorda-vida-passada-identifica-assassino-localiza-corpo-enterrado/#.VgbZ6stVikq
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Cápsula do tempo (3)
Olha só que interessante: http://incrivel.guru/a-escola-renovava-a-sala-de-aula-mas-o-que-os-construtores-encontraram-atras-do-quadro-negro-surpreendeu-o-mundo-inteiro/.
No caso, um vislumbre dos métodos educacionais do início do século XX.
No caso, um vislumbre dos métodos educacionais do início do século XX.
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Boas lembranças...Gostoso
São Miguel do Gostoso é um pequeno município no litoral do Estado do Rio Grande do Norte, que visitamos por indicação de amigos em agosto de 2015.
Em primeiro lugar, fiquei extremamente curiosa por causa do nome do lugar. Então, como é meu costume e vício, procedi ao interrogatório sistemático dos nativos, cacei idosos para também interrogá-los, até satisfazer a minha curiosidade.
Eis o que aprendi: nasceu como um vilarejo na praia do Maceió, em 1864, no dia dedicado a São Miguel. Mas antes (ou durante ou depois, a cronologia não é clara), já era conhecido como "Gostoso" em lembrança a um morador (da vizinha praia da Xepa) que era muito querido e tinha esse apelido (cf. http://prefeituradogostoso.blogspot.com.br/p/historia_28.html).
A junção do nome oficial - São Miguel - e a persistência do nome afetivo e da lembrança celebrativa ao habitante- Gostoso - criou esse peculiar "São Miguel do Gostoso".
Não há vestígios materiais que apoiem a história oral, por exemplo, a casa do Seu Gostoso na praia da Xepa, e nem tive tempo o suficiente para buscar túmulos, documentos, vestígios da residência porque eu estava muito ocupada vivendo.
"Vivendo", neste caso, significa visitar praias lindas durante o dia, tentar praticar esportes aquáticos sem sucesso, degustar a gastronomia local em grandes quantidades, interrogar pessoas e assistir shows de jazz à noite, porque na ocaisão em que estávamos lá ocorria o interessante "Fest Bossa & Jazz" (http://www.festbossajazz.com.br).
O local fazia parte do vizinho Município de Touros e emancipou-se em 1993 através da lei nº 6452/93 (Obrigada, IBGE! http://ibge.gov.br/cidadesat/painel/historico.php?codmun=241255&search=rio-grande-do-norte|sao-miguel-do-gostoso|infograficos:-historico&lang=). Através de um plebiscito, a população escolheu o atual nome.
Quem nasce em São Miguel do Gostoso adota o gentílico de "são micaelense do gostoso", mas a população local apenas se autodenomina "de gostoso", "daqui mesmo", ou simplesmente "sou gostoso/a".
Algumas imagens para lembrar:
Nessa viagem três coisas me marcaram profundamente:
1) O marco de Touros não está em Touros porque o local onde ficava agora é o Município de São Miguel do Gostoso e o original está em um terceiro município (Natal), o que levou à necessidade de construir duas réplicas. Para algumas pessoas de Touros deve ter sido doloroso perdê-lo porque, até hoje, é assumido como um dos símbolos da cidade, e achei toda essa situação bem melancólica.
2) A Praça dos Anjos, situada em Gostoso, fica na praia do Maceió, onde supostamente a vila foi fundada. Portanto, é um dos marcos mais antigos do lugar, e tem esse nome porque era um cemitério de recém-nascidos. Lá existe uma placa explicando essa circunstância, mas não há qualquer informação sobre se houve a remoção dos corpos enterrados para a construção da praça, e eu não podia deixar de pensar nisso toda vez que passava por lá.
Quando voltar, vou atrás dessa história.
3) E o pôr do sol deslumbrante:
Em primeiro lugar, fiquei extremamente curiosa por causa do nome do lugar. Então, como é meu costume e vício, procedi ao interrogatório sistemático dos nativos, cacei idosos para também interrogá-los, até satisfazer a minha curiosidade.
Eis o que aprendi: nasceu como um vilarejo na praia do Maceió, em 1864, no dia dedicado a São Miguel. Mas antes (ou durante ou depois, a cronologia não é clara), já era conhecido como "Gostoso" em lembrança a um morador (da vizinha praia da Xepa) que era muito querido e tinha esse apelido (cf. http://prefeituradogostoso.blogspot.com.br/p/historia_28.html).
A junção do nome oficial - São Miguel - e a persistência do nome afetivo e da lembrança celebrativa ao habitante- Gostoso - criou esse peculiar "São Miguel do Gostoso".
Não há vestígios materiais que apoiem a história oral, por exemplo, a casa do Seu Gostoso na praia da Xepa, e nem tive tempo o suficiente para buscar túmulos, documentos, vestígios da residência porque eu estava muito ocupada vivendo.
"Vivendo", neste caso, significa visitar praias lindas durante o dia, tentar praticar esportes aquáticos sem sucesso, degustar a gastronomia local em grandes quantidades, interrogar pessoas e assistir shows de jazz à noite, porque na ocaisão em que estávamos lá ocorria o interessante "Fest Bossa & Jazz" (http://www.festbossajazz.com.br).
O local fazia parte do vizinho Município de Touros e emancipou-se em 1993 através da lei nº 6452/93 (Obrigada, IBGE! http://ibge.gov.br/cidadesat/painel/historico.php?codmun=241255&search=rio-grande-do-norte|sao-miguel-do-gostoso|infograficos:-historico&lang=). Através de um plebiscito, a população escolheu o atual nome.
Quem nasce em São Miguel do Gostoso adota o gentílico de "são micaelense do gostoso", mas a população local apenas se autodenomina "de gostoso", "daqui mesmo", ou simplesmente "sou gostoso/a".
Algumas imagens para lembrar:
São Miguel do Gostoso - RN - Foto de Marcelo Müller |
Foto de Marcelo Müller |
Nessa viagem três coisas me marcaram profundamente:
1) O marco de Touros não está em Touros porque o local onde ficava agora é o Município de São Miguel do Gostoso e o original está em um terceiro município (Natal), o que levou à necessidade de construir duas réplicas. Para algumas pessoas de Touros deve ter sido doloroso perdê-lo porque, até hoje, é assumido como um dos símbolos da cidade, e achei toda essa situação bem melancólica.
2) A Praça dos Anjos, situada em Gostoso, fica na praia do Maceió, onde supostamente a vila foi fundada. Portanto, é um dos marcos mais antigos do lugar, e tem esse nome porque era um cemitério de recém-nascidos. Lá existe uma placa explicando essa circunstância, mas não há qualquer informação sobre se houve a remoção dos corpos enterrados para a construção da praça, e eu não podia deixar de pensar nisso toda vez que passava por lá.
Quando voltar, vou atrás dessa história.
3) E o pôr do sol deslumbrante:
São Miguel do Gostoso - RN - Foto de Marcelo Müller |
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
Superstições
As superstições são um importante elemento do patrimônio imaterial, e podem ser definidas como rituais da sociedade obsessiva compulsiva para afastar o azar (não devia ter escrito isso, bate na madeira).
O brasileiro é profundamente supersticioso e, embora a maioria da população professe credos que abominam magias simpáticas, todo mundo aqui "faz uma fezinha", tem seus talismãs, dá sete pulinhos no Ano Novo e usa arruda e sal grosso.
Tentei fazer uma lista das superstições mais legais:
a) Se alguém varrer o seu pé, você não consegue casar. Já vi pessoas (do gênero feminino) desesperadas atrás de uma solução para desvarrer, e a tristeza profunda de quem não conseguiu.
b) Deixar o chinelo virado pode causar a morte de entes queridos.
c) Colocar a bolsa no chão significa que o dinheiro vai embora. Entretanto, se sua mão coçar, isso é um bom sinal pois o dinheiro está chegando.
d) Cruzar com gato preto é mau sinal.
e) Quebrar espelho, sete anos de az...digo, má sorte.
f) Passar em baixo de escada, idem.
O brasileiro é profundamente supersticioso e, embora a maioria da população professe credos que abominam magias simpáticas, todo mundo aqui "faz uma fezinha", tem seus talismãs, dá sete pulinhos no Ano Novo e usa arruda e sal grosso.
Tentei fazer uma lista das superstições mais legais:
a) Se alguém varrer o seu pé, você não consegue casar. Já vi pessoas (do gênero feminino) desesperadas atrás de uma solução para desvarrer, e a tristeza profunda de quem não conseguiu.
b) Deixar o chinelo virado pode causar a morte de entes queridos.
c) Colocar a bolsa no chão significa que o dinheiro vai embora. Entretanto, se sua mão coçar, isso é um bom sinal pois o dinheiro está chegando.
d) Cruzar com gato preto é mau sinal.
e) Quebrar espelho, sete anos de az...digo, má sorte.
f) Passar em baixo de escada, idem.
g) Orelha vermelha é sinal de que estão falando de você.
i) Colocar vassoura atrás da porta para espantar visitas indesejáveis.
j) Levar sereno: http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2012/07/levar-sereno.html
l) O dedo médio do pé maior que o dedão significa viuvez.
m) Abrir um guarda chuva dentro de casa "faz mal".
n) Jogar sal por cima do ombro, para afastar entidades maléficas.
o) Bater na madeira três vezes, com igual finalidade.
Chega. Se acreditarmos em tudo o que dizem, vamos passar o dia todo só nos benzendo e espiando o lado oculto da vida.
i) Colocar vassoura atrás da porta para espantar visitas indesejáveis.
j) Levar sereno: http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2012/07/levar-sereno.html
l) O dedo médio do pé maior que o dedão significa viuvez.
m) Abrir um guarda chuva dentro de casa "faz mal".
n) Jogar sal por cima do ombro, para afastar entidades maléficas.
o) Bater na madeira três vezes, com igual finalidade.
Chega. Se acreditarmos em tudo o que dizem, vamos passar o dia todo só nos benzendo e espiando o lado oculto da vida.
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Refugiados e a memória
Nas últimas semanas a migração no Mediterrâneo tem produzido fatos marcantes para a memória coletiva da Humanidade. O desespero de fugir à guerra, o risco, a morte, a violência, a acolhida, a solidariedade, parecem ser o exemplo extremo do melhor e do pior.
É importante ver como os cidadãos europeus estão empenhados em acolher essas pessoas, e antes que os governos paralisados tomassem uma providência, foram os indivíduos que resolveram abrir os braços. Acredito firmemente que a memória da Segunda Guerra Mundial, com seus deportados abandonados, contribuiu para esse sentimento de dever humanitário.
São circunstâncias que marcarão definitivamente a memória coletiva e individual, e redefinem a visão de pessoas como cidadãos de um Estado em particular, ou do mundo inteiro. Acredito que um dos principais desdobramentos será o necessário enfrentamento das soluções institucionais internacionais que podem ser adotadas em casos similares.
As migrações humanas são uma realidade do nosso tempo e, se efetivada a mudança climática anunciada há tanto tempo, vão aumentar exponencialmente. Seja por razões políticas, sociais, religiosas, ambientais, o fato é a humanidade está cada vez mais móvel.
Como não poderia deixar de ser, o aspecto memorial dessas migrações em massa me preocupa, já que pode representar uma quebra da transmissão de parte dos bens culturais que compõem o patrimônio cultural desses grupos, contribuindo para o desenraizamento dos sobreviventes.
A migração forçada implica a perda do território, que é o espaço referencial de construção das identidades, e no caso da Síria, o território ainda está sendo devastado por ações de vandalismo que atingem, especificamente, os monumentos.
O trauma também é uma experiência marcante, que moldará a memória coletiva desses grupos.
Vamos registrar aqui no post os desdobramentos da migração síria e continuar refletindo sobre o tema.
É importante ver como os cidadãos europeus estão empenhados em acolher essas pessoas, e antes que os governos paralisados tomassem uma providência, foram os indivíduos que resolveram abrir os braços. Acredito firmemente que a memória da Segunda Guerra Mundial, com seus deportados abandonados, contribuiu para esse sentimento de dever humanitário.
São circunstâncias que marcarão definitivamente a memória coletiva e individual, e redefinem a visão de pessoas como cidadãos de um Estado em particular, ou do mundo inteiro. Acredito que um dos principais desdobramentos será o necessário enfrentamento das soluções institucionais internacionais que podem ser adotadas em casos similares.
As migrações humanas são uma realidade do nosso tempo e, se efetivada a mudança climática anunciada há tanto tempo, vão aumentar exponencialmente. Seja por razões políticas, sociais, religiosas, ambientais, o fato é a humanidade está cada vez mais móvel.
Como não poderia deixar de ser, o aspecto memorial dessas migrações em massa me preocupa, já que pode representar uma quebra da transmissão de parte dos bens culturais que compõem o patrimônio cultural desses grupos, contribuindo para o desenraizamento dos sobreviventes.
A migração forçada implica a perda do território, que é o espaço referencial de construção das identidades, e no caso da Síria, o território ainda está sendo devastado por ações de vandalismo que atingem, especificamente, os monumentos.
O trauma também é uma experiência marcante, que moldará a memória coletiva desses grupos.
Vamos registrar aqui no post os desdobramentos da migração síria e continuar refletindo sobre o tema.
sábado, 12 de setembro de 2015
Micos inesquecíveis (4)
Nesta série relembro as minhas atitudes mais incompreensíveis/ultrajantes e sem sentido, na tentativa de realizar um exame de consciência à moda pitagórica, baseado na rememoração.
Em posts anteriores citei micos com (contra) outras pessoas reais (um guarda de trânsito, um ex-namorado) ou que eu jurava que fosse real (um quadro do Museo del Prado), mas esse foi íntimo e particular.
Eu estava fazendo dieta e, por razões de saúde, não podia comer doces. Mas, infelizmente, toda essa proibição aguça o meu paladar ou então estava em abstinência, e o fato é que bastou não poder para que eu ficasse com mais vontade ainda.
E a vontade atingiu um ponto irresistível, quando lembrei que concordo com Wilde ao afirmar que resiste a tudo, menos às tentações. O que eu fiz? Arrumei a solução perfeita para comer o doce sem sentir culpa, nem infringir nenhuma regra moral.
Comprei um bolo e fingi que estava em uma festa de aniversário, com direito a parabéns e tudo. Dei a primeira fatia para mim mesma, agradeci, e a comi de consciência tranquila pois, afinal, não ia fazer desfeita para o aniversariante imaginário.
Em posts anteriores citei micos com (contra) outras pessoas reais (um guarda de trânsito, um ex-namorado) ou que eu jurava que fosse real (um quadro do Museo del Prado), mas esse foi íntimo e particular.
Eu estava fazendo dieta e, por razões de saúde, não podia comer doces. Mas, infelizmente, toda essa proibição aguça o meu paladar ou então estava em abstinência, e o fato é que bastou não poder para que eu ficasse com mais vontade ainda.
E a vontade atingiu um ponto irresistível, quando lembrei que concordo com Wilde ao afirmar que resiste a tudo, menos às tentações. O que eu fiz? Arrumei a solução perfeita para comer o doce sem sentir culpa, nem infringir nenhuma regra moral.
Comprei um bolo e fingi que estava em uma festa de aniversário, com direito a parabéns e tudo. Dei a primeira fatia para mim mesma, agradeci, e a comi de consciência tranquila pois, afinal, não ia fazer desfeita para o aniversariante imaginário.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Citações sobre a memória - Zygmunt Bauman
"Amar significa estar determinado a compartilhar e fundir duas biografias, cada qual portando uma carga diferente de experiências e recordações, e cada qual seguindo o seu próprio rumo".
____________________
Comentário: pode parecer uma citação sobre o amar mas, na verdade, interpreto como uma reflexão sobre a memória individual e como ela contribui na construção da individualidade.
BAUMAN,
Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2005, p. 69
____________________
Comentário: pode parecer uma citação sobre o amar mas, na verdade, interpreto como uma reflexão sobre a memória individual e como ela contribui na construção da individualidade.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Superhenge
Parece impossível mas Stonehenge pode ser ainda mais incrível do que já é.
Foi descoberta uma estrutura megalítica, cuja idade estimada é 4500 anos, próximo ao famoso sítio arqueológico: http://www.cbc.ca/news/technology/stonehenge-hidden-landscapes-project-reveals-buried-super-henge-1.3218125.
Esse é um local encantado que povoa as minhas fantasias. Algum dia, espero que não muito distante, vou começar a minha jornada por sítios arqueológicos estonteantes, mas por enquanto contento-me em espiá-los pelo Google maps e esperar que a obra "Sacrilege" de Jeremy Deller venha ao Brasil: https://www.youtube.com/watch?v=lr7blOccbO4.
Foi descoberta uma estrutura megalítica, cuja idade estimada é 4500 anos, próximo ao famoso sítio arqueológico: http://www.cbc.ca/news/technology/stonehenge-hidden-landscapes-project-reveals-buried-super-henge-1.3218125.
Esse é um local encantado que povoa as minhas fantasias. Algum dia, espero que não muito distante, vou começar a minha jornada por sítios arqueológicos estonteantes, mas por enquanto contento-me em espiá-los pelo Google maps e esperar que a obra "Sacrilege" de Jeremy Deller venha ao Brasil: https://www.youtube.com/watch?v=lr7blOccbO4.
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
Souvenir (15): São Miguel do Gostoso - RN
É bonito, tem 74 metros de altura, e foi restaurado em 2012, mas infelizmente está fechado para visitação:
Farol do Calcanhar - Foto Marcelo Müller |
Farol do Calcanhar - Foto Marcelo Müller |
Olha o souvenir representando o farol:
Farol do Calcanhar - Foto Fabiana Dantas |
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Tatuagem e memória (4): marcas femininas
No post Tatuagem e Memória (cf. http://direitoamemoria.blogspot.com/2011/01/tatuagem-e-memoria.html)começamos
uma reflexão sobre o caráter memorial das tatuagens, e sua grande
importância enquanto registro de eventos importantes na vida do
indivíduo. Em seguida, no segundo post (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2011/07/tatuagem-e-memoria-2-pessimas.html), vimos como erros terríveis podem transformá-las em péssimas lembranças.
No terceiro post, refletimos como as tatuagens podem ser utilizadas para retratar e promover bens culturais (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2014/08/tatuagem-e-memoria-3.html)
Agora, muito surpresa com as imagens deste site (http://www.buzzfeed.com/maceyjforonda/17-kickass-vintage-photos-of-women-with-tattoos#.saZ4oljDd), fiquei imaginando como essas mulheres tatuadas do final do século XIX e início do XX eram percebidas socialmente. Maud Wagner, Wallona Aritta, Olive Oatman, Betty Broadbent, fascinantes.
No Brasil, as tatuagens (em geral) podem afetar a idoneidade da pessoa, em função da sua extensão, localização ou conteúdo, dificultando o acesso a cargos e funções públicas. Isso é, dependendo da tatuagem, a pessoa pode até mesmo ser impedida de assumir alguns cargos públicos. Além disso, (ainda) há uma certa repulsa às tatuagens pelo esteriótipo enraizado na nossa cultura.
No Japão as tatuagens eram proibidas até o final da Segunda Guerra Mundial, e até hoje, pessoas tatuadas não podem frequentar piscinas e banhos públicos.
Com essa carga de repulsa moral, a tatuagem virou estigma. Agora, imaginemos o que isso representava para uma mulher no início do século XX. Decisões estéticas irreversíveis para situações sociais irreversíveis me levam a indagar quem eram essas mulheres, como viveram? Por profissão, por opção, por senso estético, para elas as tatuagens parecem ser a marca indelével de um estilo de vida.
No terceiro post, refletimos como as tatuagens podem ser utilizadas para retratar e promover bens culturais (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2014/08/tatuagem-e-memoria-3.html)
Agora, muito surpresa com as imagens deste site (http://www.buzzfeed.com/maceyjforonda/17-kickass-vintage-photos-of-women-with-tattoos#.saZ4oljDd), fiquei imaginando como essas mulheres tatuadas do final do século XIX e início do XX eram percebidas socialmente. Maud Wagner, Wallona Aritta, Olive Oatman, Betty Broadbent, fascinantes.
No Brasil, as tatuagens (em geral) podem afetar a idoneidade da pessoa, em função da sua extensão, localização ou conteúdo, dificultando o acesso a cargos e funções públicas. Isso é, dependendo da tatuagem, a pessoa pode até mesmo ser impedida de assumir alguns cargos públicos. Além disso, (ainda) há uma certa repulsa às tatuagens pelo esteriótipo enraizado na nossa cultura.
No Japão as tatuagens eram proibidas até o final da Segunda Guerra Mundial, e até hoje, pessoas tatuadas não podem frequentar piscinas e banhos públicos.
Com essa carga de repulsa moral, a tatuagem virou estigma. Agora, imaginemos o que isso representava para uma mulher no início do século XX. Decisões estéticas irreversíveis para situações sociais irreversíveis me levam a indagar quem eram essas mulheres, como viveram? Por profissão, por opção, por senso estético, para elas as tatuagens parecem ser a marca indelével de um estilo de vida.