sábado, 4 de junho de 2011

Lembrar Casanova

Fui seduzida por Giacomo Casanova (1725-1798) quando era adolescente. Adorava ler e ver filmes sobre ele embora, até hoje, não entenda muito bem os motivos da sua fama.

É certo que Casanova era um homem culto,e interessante, que traduziu a Ilíada de Homero (cf. http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticia/HOJE+NA+HISTORIA+1798++MORRE+O+ITALIANO+GIACOMO+CASANOVA+_12445.shtml ), além de ser escritor e um viajante.

Sempre admirei em Casanova o fato de gostar de viajar, e nisso temos muito em comum. Mas ele ficou famoso mesmo por contar a vantagem de haver seduzido 122 mulheres, 123 se eu for incluída na lista.

E de ser democrático, já que não tinha critérios pré-fixados para selecionar suas conquistas: loura, morena, ruiva, magra, gordinha, alta, baixa, qualquer raça ou credo, se vacilasse na frente dele, já era.

Uma coisa que eu admiro em Casanova é a idéia de seduzir mulheres através da comida e consequentemente, levar a idéia de comer alguém a novas dimensões. Segundo a sua tipologia, eu seria "seduzível" com "hortaliças de perfume intenso, ostras com limão, embutidos apimentados, risotos, carne vermelha, queijos fortes, doces recheados e chocolate, vinho tinho e champagne".

Bobinho, depois desse tanto de comida a pessoa só quer dormir. E comigo, o que funcionaria mesmo é hamburger.

Sei que os seus méritos devem ser analisados dentro de um contexto histórico, mas nesses tempos que vivemos, dormir com 122 mulheres parece patamar de micareta, carnaval, ou qualquer outra manifestação profana no Brasil. Hoje, qualquer jovem macho pode conseguir atingir essa marca durante a vida.

Casanova morreu com 73 anos, e se considerarmos os relatos de que sua vida sexual começou aos nove anos (coisa absurda!), daria um média pífia de 1.9 mulheres/ano. Ou seja, o pobre coitado levou a fama de ser volúvel mesmo mantendo (em média) relacionamentos de 6 meses.

Pelos parâmetros atuais, Casanova não ia nem ser perseguido por paparazzi.

Lembrei dele porque hoje é aniversário de sua morte: faleceu em 4 de junho de 1798, em Dux, região da Boemia.

4 comentários:

  1. Para reforçar o que eu dizia: manter relações sexuais com 122 mulheres ao longo da vida não é nada.

    Difícil é manter relações sexuais com mil veículos: cf. http://noticias.uol.com.br/tabloide/tabloideanas/2011/05/31/homem-afirma-ter-feito-sexo-com-mais-de-1000-carros-nos-eua.jhtm

    "Homem afirma ter feito sexo com mais de 1.000 carros nos EUA

    O americano Edward Smith, de 57 anos, que afirma ter feito sexo com mais de 1.000 carros (!), defende seus sentimentos de amor verdadeiro pelos veículos: “Não sou doente e não quero machucar ninguém, mas eu prefiro carros”, diz.

    Ele vive atualmente em Washington, nos Estados Unidos, com sua “namorada” Vanilla – um Volkswagen Beetle, da cor branca –, e conta que nunca se sentiu atraído por mulheres ou homens e que sua primeira vez com um carro foi aos 15 anos.

    "Talvez eu seja um pouquinho fora do comum, mas quando vejo filmes como ‘Herbie’ e ‘Knight Rider’ sei como é maravilhoso. Eu sou um romântico: escrevo poesias, canto e converso com os carros”, descreve.

    Sua mais intensa experiência sexual foi ao “fazer amor” com um helicóptero dos anos 80. Além de Vanilla, ele mantém relações com Cinnamon - um Opala GT de 1973 -, e Ginger – uma Ford Ranger Splash de 1993.

    Smith namorou por cinco anos Victoria, uma VW Beetle de 1969. Ele confessa ainda que a maioria dos carros com que fez sexo pertenciam a estranhos ou eram de showrooms. Sua última relação com uma mulher – de verdade – foi há 12 anos.

    Para o amor, não há limites..."

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  2. Hoje li uma reportagem que corrobora o meu entendimento sobre o caráter ingênuo e inocente de Casanova. De acordo com essa reportagem (http://br.noticias.yahoo.com/a-busca-pela-promiscuidade-europeia-143358105.html), as pessoas mais promíscuas (ou mentirosas) da Europa são os homens da cidade de Carlisle, que afirmam manter relações com uma média de 14 mulheres/ano, "contra" a média européia de 9,3 mulheres/ano.

    Nosso querido personagem, portanto, está muitíssimo abaixo da média européia dos dias atuais. Jamais haverá outro Casanova, a menos que deixemos o aspecto "quantidade" de lado e passemos a focar no aspecto "qualidade".

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  3. Lembrei bastante de Casanova em dezembro de 2012 porque comi muitas, muitas ostras, e passei muito, muito mal. Se algum dia tiver a chance, vou avisar para que tire as "ostras com limão" do cardápio de sedução das mulheres do meu tipo.

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  4. Caríssimo Casanova, ouvi na semana passada o seu nome ser usado em vão.

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