sábado, 8 de setembro de 2012

Carta a Papai Noel



Não sei a data em que enviei essa carta a Papai Noel (imagino que fosse 1980 ou 1981), mas misteriosamente ela reapareceu nos guardados da minha mãe.  Papai Noel deve ter devolvido essa carta quando trouxe o meu presente naquele ano...

Sim, eu ganhei um par de patins de plástico nº 27/28, que infelizmente quebrou no mesmo dia e não foi reposto. Se fosse hoje, eu teria sido muito mais específica quanto aos materiais, durabilidade e direitos de consumidora natalina.

Faço algumas anotações sobre esse documento, que já está adquirindo a dignidade trazida pelas  décadas:

1) Eu desenhava muito melhor naquela época. Acho até que contei com o auxílio dos meus irmãos mais velhos porque hoje, se for desenhar uma face sozinha, sairá muito pior que isto.

2) Papai Noel realmente é mágico, pois conseguiu entregar o meu presente no destino certo, apesar de eu não ter expressado suficientemente o endereço e, enigmaticamente, haver colocado um desenho de flor no meio.

3) Notaram como eu era educada e polida desde pequena? "Papai Noel gostaria de ganhar..."


4) Em cartas posteriores, eu tratava Papai Noel de "senhor": "o senhor poderia trazer...".  Respeito imaginário em sua melhor forma.

5) Bem, nem tanto respeito assim, já que chamava o bom velhinho de "noeli".

4 comentários:

  1. Analisando melhor o documento, acho que descobri porque aquela florzinha foi colocada no meio do endereço.

    Lembrei que não gostava de usar borracha ou apagador (coisa de gente fraca), então quando eu cometia algum erro, tentava consertar lambendo o dedinho e esfregando até borrar.

    Pela situaçao do documento, eu imagino que errei o endereço, tentei apagar com o dedinho babado, ficou muito sujo, e eu quis disfarçar com uma florzinha, para Papai Noeli não notar.

    Usei de artíficio contra um ente de existência ideal.

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  2. Todo ano a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT), que nós chamamos de "Correios", disponibiliza cartas ao Papai Noel para serem "adotadas". As pessoas podem ir às agências, pegar uma carta, e depois levar o presente à mesma agência para que os correios distribuam gratuitamente.

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