terça-feira, 18 de março de 2014

A questão da promoção da memória individual

Diz-se que a propaganda é a alma do negócio, e isso é muito certo.

Quando se trata de promover a memória individual, seja de heróis, mártires ou menos que isso, é preciso fazer as perguntas básicas: quem? como? quando? por que? para que? onde?

O curioso caso da semi-transformação da Fundação Sarney (privada) na Fundação da Memória Republicana Brasileira (pública, http://www.fmrb.ma.gov.br/) pode nos ajudar a refletir sobre qual memória se pretende preservar.  Assistam, vale a pena:

http://www.youtube.com/watch?v=nJNaPdyK-wo

Para conhecer a lei de criação da Fundação da Memória Republicana Brasileira: http://www.jusbrasil.com.br/diarios/31816768/doema-executivo-21-10-2011-pg-1


De acordo com o artigo 1º, §1º da Lei Estadual nº 9479/2011, o patrono dessa Fundação Pública seria José Sarney, ex-Presidente, ex-governador e membro da Academia Brasileira de Letras. Apenas para contribuir para a reflexão, transcrevemos o curioso artigo 5º, referido na reportagem:

Art. 5º O Conselho Curador, órgão de deliberação superior, consultivo e fiscalizador das atividades da Fundação, é composto por nove membros titulares, nomeados por ato do Governador do Estado, com mandato de seis anos, permitida a recondução, a saber:

omissis

§ 1º Em caso de falecimento do Patrono da Fundação e uma vez cumprido o mandato das pessoas por este indicadas, na forma do inciso VI deste artigo, as vagas posteriores serão providas por indicação dos herdeiros e/ou sucessores do Patrono.


E agora respondam as perguntas acima.

5 comentários:

  1. Tentei responder, mas quando chegou no "para quê?" deu bug!

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  2. Agora mudando de assunto, sabe aquele meu projeto da maquina? Pois é, levei adiante e fiz progressos. Estudei direitinho e agora so tiro fotos no 100% manual. Mas quanto mais eu aprendo, menos eu sei. E pra piorar, de vez em quando aparecem esses velhos alemães pra abalarem as minhas certezas... :(

    http://www.kenrockwell.com/leica/m9/sharpness.htm

    Fiz um calculo assim por cima, e preciso de pelo menos 9 mil euros pra começar a fazer belas fotografias com as lentes deles. Vendo esse video eu salivei:

    http://en.leica-camera.com/photography/m_system/lenses/

    Acho que vou pedir emprego na BBC ou na National Geographic, naqueles programas de ficar abutucando insetos.Vai que assim eles me financiam! O que tu achas?


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  3. Excelente projeto. Sou favorável a todo tipo de invenção, só não podemos ficar paradas porque jacaré que dorme vira bolsa.

    A grande questão aí é que você quer começar por cima. Leica?! Não é para principiantes. Que tal investir em um equipamento intermediário e depois ir promovendo à máquina boa?

    Acho muito bom esse negócio de ficar observando insetos, considero até uma forma de meditação. Lembro que eu e meu irmãozinho assistimos a um documentário sobre o acasalamento de uma espécie lagarta lenta que só ela. Seis horas e elas não acasalaram. Eu desisti lá pela terceira hora, mas ele ficou até o fim, com aquela expressão serena.

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  4. Antes eu pensava assim, mas mudei de idéia vendo escolas de musicas para crianças. A curiosidade criativa precisa do choque da virtuosidade.

    Muitos pais dão aos filhos instrumentos de musica de plastico, e ficam filmando e batendo palmas so porque a criança faz barulho com aquilo. Uma grande perda de tempo! E às vezes desperdicio de talento em potência, porque a pessoa perde o interesse porque não vai conseguir exergar o longo caminho que existe pra evoluir, ou se enxergar, não vai evoluir com aquilo ali de plastico. Muitas vezes o unico resultado desse comportamento é a formação adultos infantilizados, pais e filhos que se sucedem na repetição do comportamento.

    Na boa, no inicio das tentativas manuais eu guardava 1 em cada 10 fotos que ia pro lixo. Aos poucos eu jà consigo antecipar alguns resultados e não mais precisar jogar fora. Ainda tem muitas ruins, mas que pelo menos são uteis pra analisar os erros. So que é ai onde começam os problemas ligados à limitação da maquina: eu sei quais manipulações são necessarias para, pex, modificar a luz etc, mas o aparelho não me oferece essas funções (abertura de foco, iso, velocidade tem limite diferente em cada modelo), e se for pra colocar a coisa no computador e photoshopar contraste, brilho etc não vale a pena.... Isso é coisa pra looser! Além do que muitas vezes nem adianta mesmo.

    Além do mais, tu reparou no link que eu indiquei, que a melhor foto foi feita com uma lente Leica da década de 60 (?!) comparada com lentes Nikon ou Cannon de 2008!!!!!!!!!!

    Isso jà justifica o investimento, não???

    Lembra de todos aqueles exemplos que uma vez a gente conversou sobre compra de tecnologia atrasada??? Pois é, isso dai é um exemplo muito estranho disso. Se comprarmos um aparelho novo, de marca reconhecida, ele não sera necessariamente melhor que um velho, porque nesse campo, muito pouco evoluiu em tecnologia stricto sensu, porque os novos aparelhos evoluiram em funções diferentes (ergonomia, rapidez do motos pro foco automatico etc). Mas se compramos um Leica estaremos preservando um savoir-faire, um know-how, um patrimônio que atravessa gerações (tà, aqui eu abusei...).

    Enfim, eu tô exagerando talvez, mas dà pra entender o que eu quero dizer? Well, não se preocupe, eu não tenho 9 mil euros pra colocar numa maquina fotografia feia com design quadradão, feita por esses alemães branquelos. kkk (jà tô escutando vc dizer que eu sou uma pessoa com problemas...).

    Além do mais, investir em uma boa maquina não é O critério. Porque o que conta é investir em boas lentes. Nesse ponto eu concordo contigo, que se deve ir comprando aos poucos. Mas lembre-se que as lentes tem que ser compativeis com as maquinas, Então uma boa escolha da maquina no inicio é crucial para poder evoluir. Do contrario, seremos como as crianças com instrumentos de plastico...

    Tu tens o que mesmo?

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  5. Tu viu alguma foto da exposição de S. Salgado dos esquimos?? Eu tava lendo umas coisas sobre as técnicas de gestão do branco. Eh muito interessante, visse... tu devias ler também.

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