sábado, 7 de junho de 2014

Fotos do Brasil

Achei interessante e resolvi divulgar: http://www.historiailustrada.com.br/2014/06/historia-do-brasil-como-vc-nunca-viu.html?fb_action_ids=717842258280548&fb_action_types=og.likes&fb_ref=.U496ArkQjRR.like&fb_source=feed_opengraph&action_object_map=%7B%22717842258280548%22%3A532418523529896%7D&action_type_map=%7B%22717842258280548%22%3A%22og.likes%22%7D&action_ref_map=%7B%22717842258280548%22%3A%22.U496ArkQjRR.like%22%7D#.U5MD2vldVbT.

Vale a pena ver essas fotos e refletir.

11 comentários:

  1. Vamos comentá-las uma a uma, começando pela fotografia das cabeças cortadas do bando de Lampião. Já tivemos a oportunidade de discuti-la em dois posts anteriores: http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2012/10/direito-memoria-dos-mortos-o-caso-de.html e http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/05/direito-memoria-dos-mortos-exposicao-de.html. Sem dúvida, expor restos mortais como troféu fere o princípio da dignidade da pessoa humana e o direito à memória dos mortos no item "dever genérico de respeito".

    ResponderExcluir
  2. A fotografia nº 2, a mulher servindo de cavalinho para a criança, não seria tão marcante se a primeira não fosse escrava. É uma brincadeira comum no Brasil servir de cavalinho, e eu já brinquei disso com irmãozinho, sobrinhos, mas a foto chamaria a atenção pelo caráter simbólico.

    ResponderExcluir
  3. A terceira foto mostra Canudos, arraial que foi destruído (por que?) no final do século XIX. Antônio Conselheiro era o líder messiânico dessa comunidade de mais de 20 mil almas, à qual o governo brasileiro declarou guerra porque a percebia como um bando de monarquistas, vanguarda "comunista" e desafiadora da religião tradicional, com laivos de fanatismo.
    Recentemente assisti a um documentário com mediuns que falavam por essas almas, e achei interessante.
    Realmente, sempre achei a história de Canudos mal contada, mas pode ser porque nunca a estudei direito.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Lembrei. O filme era sobre o Contestado, mas também falou um pouco de Canudos.

      Excluir
  4. A quarta fotografia refere-se à "Revolta da Vacina", um dos episódios mais fascinantes da história do Brasil, e ilustra do que a mentalidade autoritária do Brasil é capaz. Obrigar pela força a população a tomar a vacina é típico. Por que não fazer uma campanha educativa, mostrar onde a vacina seria aplicada (não nos genitais, como a boataria gritava) e a sua importância. Mostrar o que aconteceria com quem contraísse a varíola. Havia tantas possibilidades de educação e convencimento, mas a alternativa mais lógica, eficiente e rápida para a mentalidade autoritária é forçar as pessoas.

    ResponderExcluir
  5. A quinta foto, segundo afirma a legenda, são os soldados brasileiros em missão de reconhecimento na Itália, durante a 2ª Guerra Mundial. A participação brasileira merece ser sempre bem estudada, não só porque se tratou de uma guerra importantíssima do século XX, mas também porque foi a última em que o Brasil formalmente ingressou.

    ResponderExcluir
  6. As fotografias 6, 7 e 8 retratam a tortura e à morte sob tortura de Vladimir Herzog.

    A fotografia que retrata o pau-de-arara em uma parada militar é chocante, ainda que seja demonstração. Percebo-a como uma forma chocante de ameaçar a população. Deveriam perguntar aos responsáveis da época porque fizeram essa demonstração, e o que ela significava.

    ResponderExcluir
  7. A fotografia número 7, de acordo com a legenda, mostra uma mulher assassinada em disputa de terras. Sendo indígena, imagino que ela integrou o vasto grupo de brasileiros que foram massacrados antes, durante e depois da ditadura militar de 1964. Para refletir sobre esse tema: http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/06/direito-memoria-coletiva-povos.html

    ResponderExcluir
  8. A fotografia de Vlado Herzog foi apresentada durante muito tempo como prova do seu suicídio. Sabe-se que a versão oficial não era verdadeira, e já na década de 70 havia sido desmentida, e essa foto passou a ser uma prova da técnica de encobrimento utilizada para disfarçar as mortes sob tortura. Apenas recentemente a família conseguiu que o atestado de óbito fosse corrigido.

    ResponderExcluir
  9. A fotografia nº 9 faz parte do processo (não evento) chamado massacre do Carandiru, a invasão no presídio que culminou em mais de cem presos mortos. Em 2013, após quase 21 anos, os agentes públicos responsáveis foram condenados por homicídio.

    ResponderExcluir
  10. Todas essas fotos, inclusive a décima, têm o tema da violência como eixo. São tantas as formas de manifestação das violências cotidianas, que essa coleção precisaria ter umas mil fotos diferentes para compor um mosaico minimamente representativo.

    ResponderExcluir