sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Direito à memória dos mortos - A incorruptibilidade dos corpos (2)

A busca pela incorruptibilidade dos cadáveres é frequente em rituais funerários, através de técnicas peculiares como o embalsamamento e a mumificação. Em uma época em que não havia fotografias, manter o corpo pelo maior tempo possível era uma forma de conservar a memória e a presença do falecido, além de ser considerado na religião católica uma forma de milagre, e indício de santidade (cf. http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2014/02/direito-memoria-dos-mortos.html).

Alguns cadáveres incorruptos são  bem conhecidos, como a menininha Rosalia Lombardo, que continua serenamente dormindo em Palermo, Itália, junto a outras centenas de cadáveres das Catacumbas dos Capuchinhos.

Deixar os restos mortais jazerem, ainda que de uma forma não usual, é compatível com a nossa idéia de como os cadáveres devem se comportar.  Mais difícil é compreender rituais em que os cadáveres voltam à vida em sociedade, e participam de comemorações, como acontece no ritual Ma'nene, na Indonésia (http://www.dailymail.co.uk/news/article-2193132/Mummies-dug-change-wardrobe.html), quando os mortos são exumados, vestidos e caminham pela aldeia periodicamente.

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