segunda-feira, 30 de maio de 2016

terça-feira, 17 de maio de 2016

Milésimo post

Agora, no milésimo post deste blog, não poderia deixar de lembrar o post inaugural, o mítico nº 1 (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2010/05/capitulo-1.html), por essa razão o milésimo  foi gestado para vir à luz na mesma data (17/05), seis anos após o primeiro, como uma oportunidade para fechar o círculo místico de postagens e ao mesmo exercitar o meu fetiche por princípios (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2015/05/fetiche-do-principio.html).

Mil postagens depois continuo achando interessante manter esse espaço de reflexão, especialmente porque ele funciona como se fosse a minha memória externa.  Observo o mundo, penso o que seria interessante para comentar aqui, desenvolvo algumas idéias que estavam pendentes, coleciono citações e pensamentos sobre o tema "memória", revejo velhos conhecimentos e adquiro novos.

Esse espaço tornou-se uma parte interessante da minha rotina.  Quando vejo alguma notícia marcante sobre o patrimônio cultural, a memória coletiva ou individual, imediatamente penso em vir aqui, refletir e compartilhar.

E como parte das comemorações pelo milésimo post, vou começar a maratona de reler, rever, contar as novidades e comentar cada um deles, como quem reencontra velhos amigos.

Àqueles que acompanham as postagens, agradeço a atenção e fico feliz em ver que em tantos lugares diferentes há pessoas interessadas na memória e no direito que lhe corresponde.

domingo, 15 de maio de 2016

Tarde à beira-mar


Há momentos que fazem a gente lembrar:



Foto - Fabiana Dantas. www.direitoamemoria.blogspot.com.br


Um sábado qualquer, passeando nas minhas redondezas.

sábado, 14 de maio de 2016

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Incrível

Olha só : https://www.youtube.com/watch?v=J1ahe2iJOow.

Quase não dá para acreditar nesse negócio aí, de tão maravilhoso.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Formatura do ABC

No post http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2016/04/o-primeiro-livro-gente-nunca-esquece.html, tentei lembrar do meu primeiro livrinho, e até agora minha memória traiçoeira não me ajudou.

 Mas em compensação, localizei o meu anel de "Formatura do ABC":


Anel do ABC de Fabiana - Foto: Marcelo Müller


A "formatura do ABC" é um rito de passagem interessante porque comemora o fato de que alguém foi alfabetizado, ou seja, aprendeu a ler e escrever. Acho que é prematura, pois uma criança tão pequenininha como eu era (o anel da foto é muito pequeno mesmo!) rigorosamente tem um nível de leitura e de escrita muito incipientes.

Sei que esse tipo de comemoração ainda existe, e eu não me lembro de absolutamente nada da minha, mas pelo menos a materialidade do anelzinho evoca o interesse e prova o fato.

sábado, 7 de maio de 2016

Papel de carta

Quando eu era uma menina, mais ou menos de seis ou sete anos, começou uma moda de colecionar papéis de carta.  Todo um mundo de sociabilidade rodeava o fato de colecionar, fazer escambo, e exercer poder político para aumentar as coleções.

Havia alguns critérios de que lembro para rigorosamente aferir a desejabilidade do objeto:

- É melhor o papel estrangeiro do que o nacional;
- O papel devia ser de boa qualidade;
- É preferível o papel perfumado;
- O papel acompanhado de envelope é mais valioso;
- Se o envelope for acompanhado de selo, melhor ainda.
- O tema do papel é muito importante.  Havia uns com bichinhos, bonequinhas, flores, e alguns tão decorados que nem dava para saber onde alguém podia escrever.

Olha aqui alguns exemplares bem comuns daquela época: https://www.buzzfeed.com/manuelabarem/35-papeis-de-carta-que-farao-meninas-dos-anos-80-e-90-voltar?utm_term=.nmo57lm3D#.kh7ALJkmn

Eu fui a imperatriz do escambo do recreio (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/07/recreio.html) - esse tempo mítico da minha infância - e minha habilidade para trocar e lucrar papéis de carta deveria ter sido registrada. Até hoje, atribuo o meu intenso sucesso comercial a um bloco de papéis de carta que meu pai trouxe de uma viagem ao Japão, que cumpria maravilhosamente todos os requisitos acima. E ele, evidentemente, nem desconfiava disso.

Mesmo quando perdeu o perfume, dava para ver que aquele papel era lindo, de altíssima qualidade, com um envelope e selo charmosíssimos, e um certo ar de melancolia da linda gueixa que atravessava uma ponte curva em um jardim, no seu quimono suavemente colorido. Esse papel custou caro a muita gente.

Quando atingi o auge da minha coleção, que impressionava mais pela qualidade do que pela quantidade, como só os sábios conseguem, acabei me desinteressando, e ela acabou no lixo, úmida e mofada, vítima da minha indesculpável negligência.

Hoje, poucas  pessoas colecionam papéis de carta, apenas algumas meninas daquela época conservam suas coleções. Quase não há mais cartas, estão em extinção. O próprio papel como meio de comunicação parece fadado a desaparecer.

Não chega a ser uma pena, é só a vida seguindo.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Augusto dos Anjos: cismas do destino



Recife.








Eu, indo em direção à casa do Agra,

Assombrado com a minha sombra magra,
 










Pensava no Destino, e tinha medo!