segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Apropriação de memórias alheias

Um patrimônio é algo que nos pertence. De tanto escutar as memórias das pessoas, que as compartilharam comigo, resolvi que a partir de agora vou selecionar as melhores e torná-las minhas, patrimônio meu.

Não estou me apropriando indebitamente, essas memórias foram compartilhadas comigo. Evidentemente que, se forem segredo, vão ser minhas em silêncio e não aparecerão nesse post.

Vou começar com uma lembrança do meu marido, que é casado em comunhão de bens comigo, então suas memórias são minhas também:

1) Nós (meu marido e agora eu) usamos uma máquina de lavar roupas para fazer caipirinha (cf. http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2011/05/cachaca-patrimonio-imaterial-do-brasil.html).  É só colocar uma grande quantidade de cachaça, muito, muito suco de limão, e gelo, e bater no modo "lavagem delicada".

2) Minha mãe lembrou do primeiro edifício "alto" construído na minha cidade.  Disse que meu avô a levou para ver, mas não deixou que chegasse perto com medo que desmoronasse.  Ela disse que eles ficaram de longe, em uma ponte, olhando o edifício de forma bem desconfiada, e com a certeza de que ia cair.

Já faz sessenta anos.

Esse post continua...

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