quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Lembretes para um mundo melhor (3): eleições para vereador

Na série "lembretes para um mundo melhor" tento fazer apontamentos que me ajudem na hora de votar, em relação a propostas que gostaria de identificar na plataforma eleitoral dos futuros candidatos, e também lembrar do que esses candidatos eleitos fizeram ou deixaram de fazer (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2012/03/lembretes-para-um-mundo-melhor-1-andar.html https://direitoamemoria.blogspot.com.br/2012/08/lembretes-para-um-mundo-melhor-2-forma.html)

Nesse ano de 2016, vamos votar para prefeito e vereador.  Ou seja, vamos escolher os gestores mais próximos de nós, aqueles que realmente deveriam transformar e melhorar a nossa realidade local.

Mas, outra vez e de novo, a campanha eleitoral para vereadores é uma manifestação de bizarrice que chega a ofender a minha consciência eleitoral.

Não é que tenha perdido o meu senso de humor.  Não.  É notório que o brasileiro cultiva a diversão como forma de encarar o mundo (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/03/conhece-te-ti-mesmo-brasil-3-questao-da.html), o que supostamente nos torna um povo alegre.  Mas não acho que esse tipo de expansão seja adequada à seriedade de pleitos eleitorais.

Essa bizarrice ridícula fica mais evidente nas campanhas para vereador. Não bastasse a ignorância geral sobre o papel de um vereador, compartilhada por candidatos e eleitores, às vezes com orgulho, e a ausência de debate público sobre propostas, ainda vemos um desfile de candidatos que, simplesmente, apenas querem chamar a atenção dos eleitores com piadas.

Piadas que aparecem na identificação dos candidatos, muitos adotam nomes até ofensivos, no meu sentir incidindo em falta de decoro parlamentar mesmo antes de serem eleitos (http://spotniks.com/essa-e-a-lista-definitiva-dos-candidatos-com-os-nomes-mais-bizarros-das-eleicoes-2016/).

Muitos adotam uma plataforma eleitoral realmente enganadora.  Prometem fazer leis municipais sobre a pena de morte, por exemplo, que mesmo se fosse competência municipal seria inconstitucional.  Ou lutar contra o FMI (na Câmara dos Vereadores?), ou qualquer outra coisa que chame a atenção do eleitor mesmo que seja inviável e impossível.

E os eleitores vão votar neles, mesmo que seja inviável e impossível. E ridículo.

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