quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

A guerra Irã e Iraque: ameaça aos bens culturais

Na década de 80, o Irã e o Iraque guerrearam ferozmente.  Uma geração depois, o gradual processo de reconstrução das relações entre os Estados trouxe duas consequências interessantes: a primeira, é que temos uma geração que não vivenciou a guerra, o que pode ser bom e ruim para paz; a segunda, é que hoje há uma guerra contra o Irã a partir do território iraquiano, mas sem a participação do Iraque.

A tragédia humana de uma guerra é indescritível. Não dá para pensar em perder tantas vidas humanas, tantos universos, sabedorias, amores de uma vez: a devastação é irreparável.  Mas nesse caso, há uma particularidade assustadora, que é a ameaça aos bens culturais do Irã, inestimáveis para a Humanidade.

A região do Irã e Iraque é a Mesopotâmia.  O império persa. O berço da escrita ocidental.  Lá estão os vestígios das antigas cidades-estado. Pasárgada e Persépolis.  Cf: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51017968.

Bens culturais são protegidos em tempos de guerra, e atingi-los intencionalmente é crime.

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Em 2010 publiquei um artigo na Revista de Direito Constitucional e Internacional, nº 71, sobre o tema, cujo título é "Guerra e paz: uma análise da evolução das normas internacionais de proteção ao patrimônio cultural"".

Estou à disposição para discutir o tema, basta colocar o seu comentário/dúvida/impressão nos comentários.


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