terça-feira, 28 de junho de 2011

Tecnologia obsoleta: Cinto de Castidade

Esta série é para lembrar de objetos que já foram imprescindíveis para as pessoas, mas que por variadas razões, não são mais utilizados.

Escolhi um objeto interessante para iniciar essa nossa reflexão: o cinto de castidade. Olha aí um belo exemplar de seguro contra a infidelidade feminina:



Coloquei a foto de cabeça para baixo para dar uma idéia de como o objeto funcionava. Sintetizando, parece haver um cinto vermelho que é colocado na cintura da pobre fêmea, uma parte frontal (menor) para a vagina, e uma parte traseira (maior), onde se pode perceber um buraco que deve servir para expelir os sólidos fisiológicos.

Taí uma vantagem desse modelo de cinto: o cocô sai em formato de flor, como fazem os confeiteiros de bolo.

A parte frontal é unida à parte traseira por uma junção de metal que servia para cobrir a entrada da vagina, o portal do pecado.

Outros tipos de cintos de castidade:



Percebam que há alguns decorados, outros maiores e menores, para se adaptar perfeitamente às exigências da mulher moderna da época. Tem até a chavezinha do lado, um encanto.

A questão é: por que os cintos de castidade deixaram de ser usáveis? Será que acabou a infidelidade feminina?

Não! A obsolescência, e o esquecimento do uso que a segue, ocorre porque mudaram as estruturas culturais que tornaram possível a existência dos cintos de castidade. Hoje, a "castidade" é obtida por meios mais, digamos, voluntários e espirituais.

Não podemos esquecer que esses objetos existiram, mas (que bom!) eles não são mais usados forçadamente.

Post scriptum: Na verdade, acho que o objetivo não era garantir a fidelidade feminina, mas sim a origem (paternidade) da prole. Seria muita ingenuidade limitar as possibilidades de traição ao uso dos genitais, não acham?

4 comentários:

  1. Pos-pos-scriptum: sei que o cinto ainda é usado nos dias de hoje, mas não me parece que a sua finalidade seja a "castidade".

    Li informações de que hoje é um acessório apreciado por fetichistas, e é utilizado predominantemente por homens.

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  2. Tragédia humana: http://noticias.r7.com/internacional/noticias/indiano-e-detido-por-instalar-cadeado-na-vagina-de-sua-esposa-20120719.html

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  3. Velhas novidades. Uma empresa criou uma lingerie para dificultar estupros: http://entretenimento.r7.com/moda-e-beleza/fotos/cinto-de-castidade-marca-lanca-lingerie-contra-estupro-e-cria-polemica-na-internet-07112013#!/foto/1.

    O que previne o estupro é o respeito e a consciência.

    Segundo estatísticas divulgadas neste ano, o número de estupros no Brasil supera o de homicídios dolosos (http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/11/numero-de-estupros-no-pais-supera-o-de-homicidios-dolosos-diz-estudo.html).

    Houve um incremento de 168% no número de estupros nos últimos cinco anos (http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2013/04/02/interna_brasil,357919/registros-de-estupro-aumentaram-168-em-cinco-anos-no-brasil.shtml).

    Tragédia humana.

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  4. O cinto de castidade deixou de ser obsoleto e deixou de ser direcionado à castidade feminina. No Quênia, foi "inventada" uma cueca de aço para evitar que as esposas cortem os pênis dos maridos bêbados: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/07/150731_vale_este_quenia_mutilacao_penis_lgb.
    Não sei nem por onde começar o comentário. Acho que não vou comentar.

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