sexta-feira, 21 de junho de 2013

Resgatando instituições antigas: Arautos

Os Arautos são servidores públicos importantíssimos, pois levam a mensagem dos governantes ao povo.  Adoro ver filmes que retratam a Idade Média, e sempre que o Rei ou senhor querem dar ordens aos súditos, lá está o Arauto lendo um édito, alardeando com estrépito a vontade estatal.

Apesar de também portar mensagens, o arauto não pode ser comparado a um office boy ou a qualquer espécie de mensageiro, pois é uma função grave e solene, e também não pode ser considerado um porta-voz.

O Arauto anuncia, e ser anunciado é muito importante para destacar o prestígio do governante e para evitar aquelas cenas constrangedoras de ter alguém se comportando indevidamente na ocasião da sua chegada.  

Acredito que a função de Arauto deveria ser retomada, se:

1) Como vivemos em uma república, todos os cidadãos tiverem direito de contratar o seu próprio arauto, garantidos os direitos trabalhistas; 

2) Fossem adotadas medidas para evitar doenças profissionais, especialmente quanto ao uso da voz, e protetores de ouvidos quando necessário o uso de trombetas;

3) Houvesse uma clara proibição de utilizar os arautos como guardadores de lugar em filas de banco e de repartições públicas, já que o dever de aguardar em uma fila deve ser personalíssimo.


4) Os arautos, pelo alarde que provocam, não devem ser utilizados para anunciar o fim de relacionamentos amorosos.

Sei que em alguns lugares ainda existem arautos, mas como estão desaparecidos do Brasil há algum tempo, e sinto a sua falta, decidi propor o resgate de mais essa instituição antiga.

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