quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Bolinho de chuva

Quando era pequena lia os livros de Monteiro Lobato, especialmente a coleção do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Já falei do autor e dos seus personagens em outras postagens (http://direitoamemoria.blogspot.com/2011/01/o-dia-do-saci.html, http://direitoamemoria.blogspot.com/2013/07/memoria-brasileira-o-petroleo-e-nosso.html), a quem atribuo minha preocupação com o Saci e agradeço por haver aprendido a palavra sinclinal.

Mas três coisas nunca me saíram da cabeça: o vestido do casamento de Narizinho, feito por Dona Aranha, que tinha a cor do mar e os peixinhos nadavam nele (!), a canastra de Emília (http://direitoamemoria.blogspot.com/2013/03/arco-da-velha.html), e o bolinho de chuva de Tia Nastácia.

Sem dúvida, esse último passou a ser o objeto do meu desejo simplesmente porque é comestível.

Infelizmente, esse doce não é da minha região e eu nunca o vi, até hoje. Demorou, mas a minha vez chegou.  O meu marido sabe fazer bolinhos de chuva.

Vou dizer de novo, mas de outro jeito: o meu marido sabe fazer os bolinhos de chuva de Tia Nastácia.

Na semana passada, do nada e depois de tantos anos casados, ele disse que estava com vontade de fazer bolinhos de chuva. E eu fiquei parada, sem saber o que dizer, boquiaberta.

E hoje ele fez:


Bolinhos de chuva segundos antes da devastação


E eu comi, muitos, muitos, bolinhos de chuva. Finalmente.

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