As virgens vestais eram sacerdotisas romanas que cultuavam a deusa Vesta, representada por um fogo perpétuo e simbólico, cuja função era garantir que ele nunca fosse apagado. Era importante garantir que a "chama continuasse acesa" porque simbolicamente representava a continuidade da própria Roma eterna.
As virgens vestais prestavam serviço durante trinta anos como servidoras públicas, e após esse período eram livres para se casar, se quisessem.
A instituição das vestais é muito interessante pois associa a moralidade e a estabilidade públicas à continência (sexual, dos desejos). As vestais tinham que manter o fogo público enquanto apagavam o seu próprio fogo, não é interessante?
Acredito que essa instituição seria muito útil no Brasil de hoje, e poderia ser reabilitada e reciclada para o nosso ganho, se:
a) Pelo princípio da igualdade, fossem criados cargos femininos e masculinos para virgens vestais, acessíveis a brasileiros, na forma da Lei 8112/90 e artigo 37, caput, da Constituição Federal;
b) A existência de pessoas comprovadamente virgens facilitaria muito as argumentações quanto ao princípio da moralidade pública porque agora nós poderíamos localizá-lo nos genitais dos virgens vestais;
c) Poderia ser lançado um álbum com as fotos dos virgens vestais, e poderíamos levar o seu retrato na carteira. Assim, quando quiséssemos dar exemplos, era só sacar a foto e mostrar.
Finalmente, a existência dessas pessoas seria utilíssima. Poderíamos usá-las como termômetros da moralidade pública: o nível de enrubescimento causado em um vestal poderia servir de parâmetro nas condenações por improbidade.
Impossivel!
ResponderExcluirA vestal brasileira ñ pode ao mesmo tempo representar a moralidade e o Brasil Eterno.
Além do mais, corremos o risco de exigirem q a Previdência pague a himenoplastia afim de garantir a igualdade dos candidatos ao concurso.
@Fabiana: Pare de usar a sua inteligência para o mal.
É para o bem, rapai! Estou buscando alternativas para o desenvolvimento institucional da sociedade brasileira nas boas experiências do passado, ué...
ResponderExcluirA "Vestália" era uma festa cívica romana que acontecia no período de 7 a 15 de junho (do nosso calendário).
ResponderExcluirSe, eventualmente, a nossa proposta de criação de cargos públicos de vestais for acatada, evidentemente deverá ser previsto no comemograma oficial o período da Vestália, que na verdade será outro feriadão.
Pensando bem, a política brasileira não é lugar para os (as) vestais frequentarem.
ExcluirE como estamos no período da Vestália, gostaria de lembrar de uma Vestal que foi condenada à morte por, supostamente, quebrar os seus votos de castidade.
ResponderExcluirO seu nome (que agora é o nosso nome) era Fabia Maxima, e foi condenada por quebra dos votos de castidade, sendo enterrada viva.
Estou lendo um livro de Sigmund Freud (2001) chamado "O mal-estar na civilização", e fiquei muito preocupada com uma conjectura do autor sobre a relação entre os homens e as chamas.
ResponderExcluirSegundo o autor (2011, p. 35), uma labareda pode ser uma concepção fálica. E o homem primitivo gosta de apagar essa labareda com o seu jato de urina, para satisfazer um prazer infantil.
Apagar a labareda urinando é uma representação de um ato sexual, e amortecer o fogo com a própria excitação sexual significa haver domado a força natural do fogo, havendo uma relação entre "fogo, ambição e erotismo uretral" regularmente verificada nas análises.
Então, não pode haver virgens vestais masculinos porque, se Freud estiver certo, eles vão ser tentados a apagar o Fogo Sagrado urinando. Não dá nem para imaginar uma situação dessas.
Acabei de lembrar que o Ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, no ano passado (2012) fez uma referência às vestais, o que prova que a instituição está apta a ressurgir.
ResponderExcluirNesse ano de 2015 não foi comemorada a Vestália no Brasil. Todas e todos os vestais ficaram escondidos em casa, com medo do que anda acontecendo na política brasileira.
ResponderExcluirCubram os olhos, vestais. O cenário político brasileiro (desde sempre e até 2015) não permite o luxo do decoro.
ResponderExcluirPassou da hora de resgatarmos essa instituição. O Brasil tem até a "Pira da Pátria", situada após a Praça dos Três Poderes, em Brasília, ao lado do Panteão da Liberdade (onde está o livro de Aço dos Heróis e Heroínas), onde arde perenemente a chama simbólica da Nação. Atualmente, quem cuida da chama é o Corpo de Bombeiros, mas acho que destinar um (a) vestal para essa missão seria muito mais charmoso.
ResponderExcluirA Vestália - o festival - se comemorado, ter-se-ia encerrado na semana passada. Nesse ano de 2017, decidi que vou abandonar esse resgate, porque definitivamente a política brasileira e a Administração Pública não são lugar para vestais. Apesar das seguidas alegações de ingenuidade, na verdade, não há inocentes.
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