Esse diálogo aconteceu quando me deixaram de babá dos meus sobrinhos, um menino e uma menina, que na época tinham mais ou menos 6 e 5 anos. Enquanto eles brincavam e conversavam, eu ficava por ali fingindo que sabia o que estava fazendo:
- Sobrinho: Vamos brincar?
- Sobrinha: hã, hã.
- Sobrinho: Vamos brincar de Power Ranger?
- Sobrinha: hã, hã.
- Sobrinho: Tá certo. Eu vou ser o Power Ranger Preto e você o Power Ranger Rosa.
- Sobrinha: ...
- Sobrinho: Eu vou ser o Power Ranger que bate e você o Power Ranger que apanha.
Foi aí que eu comecei a prestar atenção à conversa. Como eles são praticamente da mesma idade e peso, de baixo potencial ofensivo, deixei a brincadeira continuar.
Quando o tempo do regulamentar de "round" acabou, resolvi intervir.
- Eu: Agora vamos trocar. Você vai ser o Power Ranger que apanha e ela vai ser o Power Ranger que bate.
- Sobrinho (com os olhos marejando de água): Mas eu não consegui bater nela direito. Nem deu tempo...
- Sobrinha: É, tia, ele não bateu não, é bem fraquinho.
- Sobrinho: Não sou fraquinho, você vai ver!
E partiram para a briga de verdade, mas ele acabou levando a pior. Apanhou um bocado, e aí os pais (meus irmãos) vieram correndo para apartar.
-Minha irmã (mãe da sobrinha): O que aconteceu? Por que vocês estão brigando?
-Sobrinha: Por que ele queria bater em mim, mas é fraquinho. Aí eu bati nele, mamãe.
-Meu irmão (pai do sobrinho, tadinho): É, meu filho, a história se repete. Sua tia também batia em mim. É melhor deixar ela se acalmar e depois você volta para brincar.
Enfim, acho que esse episódio deveria servir para ensinar alguma lição a alguém, mas não foi o que aconteceu.
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