Hoje me peguei lembrando como a minha cidade era divertida antigamente. Nem dá para escrever o tanto que eu brinquei, diverti, errei, arrisquei, errei de novo, sob pena de que tomem esse post como uma confissão.
Não lamento por mim, e pelos meus bons tempos que passaram. Lamento pelos meus sobrinhos, essa nova geração que vai aproveitar menos a cidade. Não brinca nos parques e praças com medo da violência, não sai à noite, não participa de festas populares, e preferimos que fiquem na segurança relativa do lar, brincando com videogames e lendo livros.
Esse contínuo medo de usufruir da cidade não vem do nada. A chance de sofrer tipos variados de violência é real e todos nós, de um jeito ou de outro, já a experimentamos.
Se existisse uma máquina do tempo, gostaria que os meus sobrinhos fossem ao passado para brincar comigo, ir ao carnaval e pular até cairem de cansaço, dormindo na sarjeta sem medo do perigo como fiz tantas vezes. Infelizmente para todos nós, as minhas esperanças residem no passado, e não no futuro.
A geração da minha mãe chegou a banhar-se no rio que corta a nossa cidade. Iam para a "praia do rio" que hoje é infelizmente tão poluído que se tornou impróprio para o banho.
ResponderExcluirEm 2016, vários direitos a menos.
ResponderExcluir