O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Post das lamentações

Hoje me peguei lembrando como a minha cidade era divertida antigamente.  Nem dá para escrever o tanto que eu brinquei, diverti, errei, arrisquei, errei de novo, sob pena de que tomem esse post como uma confissão.

Não lamento por mim, e pelos meus bons tempos que passaram.  Lamento pelos meus sobrinhos, essa nova geração que vai aproveitar menos a cidade.  Não brinca nos parques e praças com medo da violência, não sai à noite, não participa de festas populares, e preferimos que fiquem na segurança relativa do lar, brincando com videogames e lendo livros.

Esse contínuo medo de usufruir da cidade não vem do nada.  A chance de sofrer tipos variados de violência é real e todos nós, de um jeito ou de outro, já a experimentamos.

Se existisse uma máquina do tempo, gostaria que os meus sobrinhos fossem ao passado para brincar comigo, ir ao carnaval e pular até cairem de cansaço,  dormindo na sarjeta sem medo do perigo como fiz tantas vezes. Infelizmente para todos nós, as minhas esperanças residem no passado, e não no futuro.

2 comentários:

  1. A geração da minha mãe chegou a banhar-se no rio que corta a nossa cidade. Iam para a "praia do rio" que hoje é infelizmente tão poluído que se tornou impróprio para o banho.

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