Não, nunca assisti a nenhum episódio. Então, por que falar sobre o que desconheço?
Simplesmente por causa da "estética do passado" utilizada em séries ficcionais, que contribuem para a criação de mitologia moderna.
O passado e o futuro são representados de maneira muito específica nas obras audiovisuais. Há um consenso, uma idéia e uma mentalidade que nos permitem reconhecer nas narrativas o que é o passado ou futuro, porque esses tempos ser tornaram autônomos.
Por exemplo, para mim o futuro é sempre prateado. Todo mundo vestido com roupas prateadas, tudo metálico e "funcional", porque essa idéia predominou nos filmes de ficção científica que eu assisti. A profecia dos Jetsons realizou-se apenas parcialmente, e há muito ainda por fazer até chegarmos naquele futuro.
As representações do passado também são específicas e interessantes. A "Idade Média" possui cores, roupas e uma sujeira bem características, diferente da Antiguidade Clássica, onde todas as ruas são limpas e as roupas são brancas. Só que não.
Na minha cabeça, é como se o sistema de saneamento básico dos romanos - tão grandiosamente ilustrado pelos seus aquedutos e banhos- sofresse a hecatombe que culminou naquela porcaria generalizada da Idade Média. É claro que isso não aconteceu de verdade, aconteceu apenas na nossa representação incoerente desses passados.
Chegamos então em Game of Thrones e nos filmes e séries que constroem uma ficção sobre uma imagem do passado. O rústico nessas narrativas aproxima-se ao "medieval", com suas armaduras, dragões, e falta de higiene, o que é compreensível devido à temática de fragmentação e batalhas.
O problema é que essa produção de imagens conturba o passado que aconteceu, ou que não aconteceu mas foi acontecido nas narrativas que chegaram até hoje. Falseia o passado pela utilização de elementos que o identificam e reforçam inverdades.
Droga, digo, Drogo.
O efeito positivo é fazer as pessoas gostarem de História? Duvido, gostam mesmo de novela. Mas, para mim, a realidade sempre foi mais estranha e interessante que a ficção. Quer intriga, poder, sexo e batalhas? Basta estudar os Medici e passar uma vida inteira tentando separar os fatos das ficções.
Ah, a vida deles também virou um filme.
segunda-feira, 29 de abril de 2019
sábado, 27 de abril de 2019
Trauma e memória coletiva (3): a questão dos anticorpos
Uma das principais funções da memória coletiva é transmitir as informações entre as gerações que podem ajudar a prevenir catástrofes naturais e sociais: uma enchente, um terremoto, uma ditadura, uma chacina.
Quando a informação não é passada de forma adequada, as gerações que não viveram a experiência tendem a esquecer e às vezes não acreditam que o evento traumático aconteceu ou possa voltar a acontecer. E por não acreditarem, não tomam as medidas de prevenção e enfrentamento necessário.
O esquecimento, nesse caso, mina as capacidades de reação de populações inteiras que vão se tornar vítimas, de novo, e de novo.
Recentemente, assisti a um programa de televisão sobre catástrofes naturais, potencializadas pelas atuais mudanças climáticas. Um dos exemplos mostrados foi uma enchente em Paris, em 1910, que os especialistas afirmam voltará a ocorrer porém com efeitos mais devastadores em termos de vidas perdidas e patrimônio danificado.
Não é se vai ocorrer, mas quando vai ocorrer. O maior problema? As pessoas não acreditam nessa possibilidade, e um dos principais fatores é que a população de Paris foi muito reduzida na Segunda Guerra Mundial e não houve a eficiente transmissão da informação entre as gerações.
Aqui no Brasil a situação é um pouco diferente. A informação é até passada, mas as pessoas têm uma forma peculiar de interpretar e assimilar tragédias, e parece que as incorporam no cotidiano.
Bem, o resultado é quase o mesmo: não transmitir a informação, ou transmiti-la sem adotar as medidas necessárias para evitar que eventos parecidos causem tanto estrago são dois caminhos igualmente efetivos para repetir tragédias.
Para outros posts sobre o tema "trauma e memória coletiva" confira:
https://direitoamemoria.blogspot.com/2011/05/trauma-e-memoria-coletiva-viva-o-caso.html?m=0
http://direitoamemoria.blogspot.com/2015/03/trauma-e-memoria-coletiva-2-marcos.html
Quando a informação não é passada de forma adequada, as gerações que não viveram a experiência tendem a esquecer e às vezes não acreditam que o evento traumático aconteceu ou possa voltar a acontecer. E por não acreditarem, não tomam as medidas de prevenção e enfrentamento necessário.
O esquecimento, nesse caso, mina as capacidades de reação de populações inteiras que vão se tornar vítimas, de novo, e de novo.
Recentemente, assisti a um programa de televisão sobre catástrofes naturais, potencializadas pelas atuais mudanças climáticas. Um dos exemplos mostrados foi uma enchente em Paris, em 1910, que os especialistas afirmam voltará a ocorrer porém com efeitos mais devastadores em termos de vidas perdidas e patrimônio danificado.
Não é se vai ocorrer, mas quando vai ocorrer. O maior problema? As pessoas não acreditam nessa possibilidade, e um dos principais fatores é que a população de Paris foi muito reduzida na Segunda Guerra Mundial e não houve a eficiente transmissão da informação entre as gerações.
Aqui no Brasil a situação é um pouco diferente. A informação é até passada, mas as pessoas têm uma forma peculiar de interpretar e assimilar tragédias, e parece que as incorporam no cotidiano.
Bem, o resultado é quase o mesmo: não transmitir a informação, ou transmiti-la sem adotar as medidas necessárias para evitar que eventos parecidos causem tanto estrago são dois caminhos igualmente efetivos para repetir tragédias.
Para outros posts sobre o tema "trauma e memória coletiva" confira:
https://direitoamemoria.blogspot.com/2011/05/trauma-e-memoria-coletiva-viva-o-caso.html?m=0
http://direitoamemoria.blogspot.com/2015/03/trauma-e-memoria-coletiva-2-marcos.html
quinta-feira, 25 de abril de 2019
Souvenir (17): Notre Dame de Paris
terça-feira, 23 de abril de 2019
O custo dos homicídios no Brasil
No post anterior, e ainda sob os efeitos da Paixão de Cristo, continuei refletindo sobre o significado social dos homicídios no Brasil.
Vamos continuar transformando vidas em números, só que agora em dinheiro:
a) Se a pessoa assassinada era um (a) trabalhador (a) que contribuía para a Previdência, será paga uma pensão. Portanto o Erário Público será afetado.
b) Se o crime foi cometido por um servidor público no exercício da função, poderá gerar indenização com eventual direito de ressarcimento pelo Estado. Portanto o Erário Público será afetado.
c) Se a pessoa assassinada foi atendida pelo SUS, houve gasto de dinheiro público no seu tratamento, inclusive durante toda a vida dela. Portanto o Erário Público será afetado.
d) Todo gasto público com a educação da pessoa assassinada é um investimento que não terá retorno para o Brasil. Portanto o Erário Público será afetado.
e) A cada cidadão assassinado há danos materiais e morais para o Estado Brasileiro, que não são indenizados.
f) E os custos indiretos? Investigação, processo, manutenção de presídios e penitenciárias. Tratamento para as vítimas (familiares e amigos).
Cada vida aqui é um investimento público. Alguém já pesquisou o custo financeiro desses homicídios para o Erário?
E aí, quanto vale uma vida humana?
Vamos continuar transformando vidas em números, só que agora em dinheiro:
a) Se a pessoa assassinada era um (a) trabalhador (a) que contribuía para a Previdência, será paga uma pensão. Portanto o Erário Público será afetado.
b) Se o crime foi cometido por um servidor público no exercício da função, poderá gerar indenização com eventual direito de ressarcimento pelo Estado. Portanto o Erário Público será afetado.
c) Se a pessoa assassinada foi atendida pelo SUS, houve gasto de dinheiro público no seu tratamento, inclusive durante toda a vida dela. Portanto o Erário Público será afetado.
e) A cada cidadão assassinado há danos materiais e morais para o Estado Brasileiro, que não são indenizados.
f) E os custos indiretos? Investigação, processo, manutenção de presídios e penitenciárias. Tratamento para as vítimas (familiares e amigos).
E aí, quanto vale uma vida humana?
domingo, 21 de abril de 2019
Dever de memória: homicídios no Brasil (2)
Há dois dias, refletimos sobre a Paixão de Cristo, esse dia memorial feriado para lembrar uma pessoa assassinada.
A cruz é o símbolo do Cristianismo porque lembra onde Jesus sofreu por nós. A sua morte é fundante da fé cristã.
Refleti bastante sobre o significado memorial das pessoas assassinadas desde então. Lembrar delas é um dever de memória, como já destacado no post http://direitoamemoria.blogspot.com/2011/04/dever-de-memoria-homicidios-no-brasil.html.
Mas toda memória começa em uma decisão de "como" vamos lembrar certos fatos. Dar-lhes o nome e o significado adequados é um começo importante e determinante para a formação da lembrança e do que vamos fazer com ela.
Sempre que leio documentos e artigos sobre homicídios no Brasil fico profundamente incomodada com algumas estatísticas. Não é porque transformam vidas em números, pois isso é um instrumento necessário de gestão.
O que me incomoda é a falácia da "redução da taxa de homicídios".
Para fins de argumento, vamos transformar vidas em números: digamos que em janeiro de 2018 foram assassinadas 10 pessoas, e em janeiro de 2019 "apenas" 2. A estatística otimista poderá, baseando-se na comparação, dizer festivamente que houve uma redução de 80% do número de homicídios.
Não. Agora são doze pessoas assassinadas em janeiro, mais pessoas morreram.
Não discuto que esse tipo de análise é importante para o planejamento das políticas públicas, discuto é o significado disso porque o que a memória coletiva fixará é que os homicídios estão diminuindo no Brasil, e isso tem impacto em como vamos nos comportar diante desses fatos.
O dever de memória não se exaure em lembrar de quem morreu, mas quem foi o responsável, quem agiu ou foi omisso, saber quais foram as causas e sanar as consequências, e adotar medidas para que, se possível, tais fatos não voltem a ocorrer.
A cruz é o símbolo do Cristianismo porque lembra onde Jesus sofreu por nós. A sua morte é fundante da fé cristã.
Refleti bastante sobre o significado memorial das pessoas assassinadas desde então. Lembrar delas é um dever de memória, como já destacado no post http://direitoamemoria.blogspot.com/2011/04/dever-de-memoria-homicidios-no-brasil.html.
Mas toda memória começa em uma decisão de "como" vamos lembrar certos fatos. Dar-lhes o nome e o significado adequados é um começo importante e determinante para a formação da lembrança e do que vamos fazer com ela.
Sempre que leio documentos e artigos sobre homicídios no Brasil fico profundamente incomodada com algumas estatísticas. Não é porque transformam vidas em números, pois isso é um instrumento necessário de gestão.
O que me incomoda é a falácia da "redução da taxa de homicídios".
Para fins de argumento, vamos transformar vidas em números: digamos que em janeiro de 2018 foram assassinadas 10 pessoas, e em janeiro de 2019 "apenas" 2. A estatística otimista poderá, baseando-se na comparação, dizer festivamente que houve uma redução de 80% do número de homicídios.
Não. Agora são doze pessoas assassinadas em janeiro, mais pessoas morreram.
Não discuto que esse tipo de análise é importante para o planejamento das políticas públicas, discuto é o significado disso porque o que a memória coletiva fixará é que os homicídios estão diminuindo no Brasil, e isso tem impacto em como vamos nos comportar diante desses fatos.
O dever de memória não se exaure em lembrar de quem morreu, mas quem foi o responsável, quem agiu ou foi omisso, saber quais foram as causas e sanar as consequências, e adotar medidas para que, se possível, tais fatos não voltem a ocorrer.
sexta-feira, 19 de abril de 2019
O sofrimento de Cristo
Hoje é um dia para lembrar de Jesus Cristo porque na tradição cristã é a data em que foi executado em cumprimento de uma decisão administrativa.
O sacrifício de Cristo, cuja morte é considerada necessária para a expiação do nosso pecado, o transformou em Cordeiro de Deus, e é relembrado através da missa católica. "Fazei isso em memória de mim", foi o que disse ao compartilhar o pão e o destino naquela última ceia com os apóstolos (https://direitoamemoria.blogspot.com/2011/06/fazei-isso-em-memoria-de-mim.html).
Hoje é um dia para imitar os gestos mais do que suas palavras mal-compreendidas. Alguns cristãos distanciaram-se tanto dos ensinamentos de Cristo que estão fazendo o oposto do que foi ensinado.
Pensando nas imagens da Paixão, sempre me pergunto que personagem eu seria naquele cenário: a pessoa que lava as mãos? A que manda executar a pena? A que se diverte com o sofrimento alheio? O carrasco? Indiferente? Pensaria que, se foi condenado, é porque mereceu? Entre os que salvaram pelo menos um ser humano, Barrabás?
A revolta no texto e daqueles que ensinam a Bíblia é que o povo preferiu salvar um ladrão ao filho de Deus. A mensagem subliminar é que há pessoas melhores que outras, e que algumas merecem morrer?
Cristo não diria isso. Cristo não faria isso.
Talvez fosse mais cristão mudar as condições políticas para que execuções não fossem necessárias. Jesus disse isso de muitas formas.
Essa, para mim, é uma das datas memoriais mais difíceis e reflexivas (https://direitoamemoria.blogspot.com/2012/04/sexta-feira-da-paixao-de-cristo.html) porque as imagens desse fato são a de um jovem carpinteiro sendo torturado, humilhado e assassinado, e de sua família e amigos sofrendo.
Compaixão é sofrer junto, e para mim esse é o significado da data de hoje. Amanhã, a missão é ir além, e transformar essa experiência dolorosa em motivo de crescimento e melhoria individual e em favor de outras pessoas, dando sentido atual ao sacrifício.
Cristo, presente.
O sacrifício de Cristo, cuja morte é considerada necessária para a expiação do nosso pecado, o transformou em Cordeiro de Deus, e é relembrado através da missa católica. "Fazei isso em memória de mim", foi o que disse ao compartilhar o pão e o destino naquela última ceia com os apóstolos (https://direitoamemoria.blogspot.com/2011/06/fazei-isso-em-memoria-de-mim.html).
Hoje é um dia para imitar os gestos mais do que suas palavras mal-compreendidas. Alguns cristãos distanciaram-se tanto dos ensinamentos de Cristo que estão fazendo o oposto do que foi ensinado.
Pensando nas imagens da Paixão, sempre me pergunto que personagem eu seria naquele cenário: a pessoa que lava as mãos? A que manda executar a pena? A que se diverte com o sofrimento alheio? O carrasco? Indiferente? Pensaria que, se foi condenado, é porque mereceu? Entre os que salvaram pelo menos um ser humano, Barrabás?
A revolta no texto e daqueles que ensinam a Bíblia é que o povo preferiu salvar um ladrão ao filho de Deus. A mensagem subliminar é que há pessoas melhores que outras, e que algumas merecem morrer?
Cristo não diria isso. Cristo não faria isso.
Talvez fosse mais cristão mudar as condições políticas para que execuções não fossem necessárias. Jesus disse isso de muitas formas.
Essa, para mim, é uma das datas memoriais mais difíceis e reflexivas (https://direitoamemoria.blogspot.com/2012/04/sexta-feira-da-paixao-de-cristo.html) porque as imagens desse fato são a de um jovem carpinteiro sendo torturado, humilhado e assassinado, e de sua família e amigos sofrendo.
Compaixão é sofrer junto, e para mim esse é o significado da data de hoje. Amanhã, a missão é ir além, e transformar essa experiência dolorosa em motivo de crescimento e melhoria individual e em favor de outras pessoas, dando sentido atual ao sacrifício.
Cristo, presente.
segunda-feira, 15 de abril de 2019
Incêndio na Catedral de Notre Dame de Paris 😭
Que dia triste para a Humanidade: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/04/15/fogo-na-igreja-de-notre-dame-em-paris-e-relatado-em-redes-sociais.ghtml
😭😭😭😭😭
Força, França.
😭😭😭😭😭
Força, França.
Sobre perdoar e esquecer
O perdão não é uma forma de esquecimento, mas de superar o efeito traumático de certas circunstâncias.
É um ato voluntário e exclusivo daquele que sofreu o trauma, e em geral é realizado em proveito próprio. Perdoamos porque é necessário aliviar a carga de sofrimento.
Quem não é vítima não pode perdoar.
Já o o esquecimento pode ser voluntário ou involuntário. O esquecimento individual é involuntário, já que as tentativas de esquecer um evento normalmente reforçam a sua memória.
Mas o esquecimento coletivo, ah, esse é uma estratégia de sobrevivência baseada em seis elementos que podem vir juntos ou separados (DANTAS, 2010):
1) a produção da memória oficial sem os fatos inadequados
2) a concessão de anistias
3) a fabricação de um consenso, geralmente sob a forma de discurso de "superação das ideologias"
4) o silêncio sobre fatos conflituosos, que também pode aparecer sob a forma de eufemismo.
É um ato voluntário e exclusivo daquele que sofreu o trauma, e em geral é realizado em proveito próprio. Perdoamos porque é necessário aliviar a carga de sofrimento.
Quem não é vítima não pode perdoar.
Já o o esquecimento pode ser voluntário ou involuntário. O esquecimento individual é involuntário, já que as tentativas de esquecer um evento normalmente reforçam a sua memória.
Mas o esquecimento coletivo, ah, esse é uma estratégia de sobrevivência baseada em seis elementos que podem vir juntos ou separados (DANTAS, 2010):
1) a produção da memória oficial sem os fatos inadequados
2) a concessão de anistias
3) a fabricação de um consenso, geralmente sob a forma de discurso de "superação das ideologias"
4) o silêncio sobre fatos conflituosos, que também pode aparecer sob a forma de eufemismo.
Alguns fatos são tão graves que se tornam "indizíveis" e é preciso abrandá-los na linguagem pois dizer a que categoria pertencem pode prejudicar a sua formatação. Por exemplo, dizer que os escravos africanos eram imigrantes em busca de uma vida melhor; ou que assassinato não é assassinato, é outra coisa.
Observar quem usa do eufemismo e porque ajuda muito a compreender os mecanismos da memória coletiva.
5) a busca da reconciliação nacional
6) Comemorações da datas cívicas, escolhidas especificamente para veicular certos valores, em detrimento de outros.
REFERÊNCIA
DANTAS, Fabiana Santos. Direito fundamental à memória. Curitiba: Juruá, 2010.
6) Comemorações da datas cívicas, escolhidas especificamente para veicular certos valores, em detrimento de outros.
REFERÊNCIA
DANTAS, Fabiana Santos. Direito fundamental à memória. Curitiba: Juruá, 2010.
sábado, 13 de abril de 2019
Dez anos
Há dez anos concluí o Doutorado em Direito, mas não parei de estudar. Continuo pensando, estudando e escrevendo sobre memória, direito à memória, patrimônio cultural, e outros temas interessantes.
Infelizmente, sou interessada em várias coisas diferentes ao mesmo tempo e extremamente dispersa, o que tem dificultado a conclusão de alguns projetos. Esse é o ano de focar, como citei no post http://direitoamemoria.blogspot.com/2019/03/pausa-para-reflexao.html.
A minha tese de doutorado virou o livro "Direito fundamental à memória"(2010) e desde então tenho percorrido caminhos muito fascinantes, e mantenho esse blog como um caderno de anotações dinâmico.
Vou tentar publicar outro livro no ano que vem em comemoração ao que foi publicado em 2010.
Veremos.
Infelizmente, sou interessada em várias coisas diferentes ao mesmo tempo e extremamente dispersa, o que tem dificultado a conclusão de alguns projetos. Esse é o ano de focar, como citei no post http://direitoamemoria.blogspot.com/2019/03/pausa-para-reflexao.html.
A minha tese de doutorado virou o livro "Direito fundamental à memória"(2010) e desde então tenho percorrido caminhos muito fascinantes, e mantenho esse blog como um caderno de anotações dinâmico.
Vou tentar publicar outro livro no ano que vem em comemoração ao que foi publicado em 2010.
Veremos.
terça-feira, 9 de abril de 2019
domingo, 7 de abril de 2019
sexta-feira, 5 de abril de 2019
Exposição "Respeito ou repetição" (MPF)
O Ministério Público Federal está promovendo a exposição "Respeito ou repetição", abordando o doloroso tema das relações entre o Brasil e os indígenas, como parte das comemorações do mês de abril: http://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/abrilindigena-memorial-do-mpf-recebe-exposicao-sobre-violencias-contra-indigenas-durante-a-ditadura-militar
Sobre o tema, cf. http://direitoamemoria.blogspot.com/2013/06/direito-memoria-coletiva-povos.html
2019 está sendo um ano interessante para a memória coletiva brasileira.
Sobre o tema, cf. http://direitoamemoria.blogspot.com/2013/06/direito-memoria-coletiva-povos.html
2019 está sendo um ano interessante para a memória coletiva brasileira.
quarta-feira, 3 de abril de 2019
Produtos centenários (4)
Muito bem, Heinz. |
Quinino é sabedoria antiga |
1783. Vi um programa em que garrafas Schweppes foram encontradas no Rio Tâmisa. Eram consideradas artefatos arqueológicos.
O desejo por produtos centenários contaminou meus familiares. O querido Marcelo veio todo alegre, enquanto estávamos no supermercado, me mostrar um azeite onde tinha a mágica data "1864".
Normalmente, seria um critério válido, mas nesta semana estou caçando produtos de Navarra (http://direitoamemoria.blogspot.com/2018/02/boas-lembrancaspamplooona.html). Boa tentativa, querido, mas sua esposa não é fácil de contentar.