O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Boas lembranças...Pamplooona

A chegada em Pamplona foi uma das mais difíceis.  Éramos tão iniciantes ainda no Camino, apenas o nosso quarto dia, e parecia que a aventura estava acima de nós.

Bem, realmente estava, pois se trata de superar limites de vários tipos.

Por isso Pamplona para nós adquiriu um significado todo especial.  Chegamos em meio às festividades de San Fermin (o San Cernin), que é uma das manifestações culturais mais complexas e inexplicáveis que eu já vi.

E lá estávamos nós, cansados e sem entender nada, no meio daquele mar de gente vestida de vermelho e branco, celebrando a memória do padroeiro e sua própria identidade.

Festa, muita bebida, muita gente na rua, até aí tudo bem pois reconheço um bom carnaval mesmo quando está disfarçado. Mas então havia os touros, as cores vibrantes, aquela alegria agressiva e contagiante, e todo mundo compartilhando o momento, como se fosse um segredo que todo mundo sabia.

Eu, que passei tão pouco tempo sentindo aquela vibração, também bebi, amei Navarra, e só não corri na frente dos touros porque as minhas pernas doíam miseravelmente.Aquela cidade e aquela luz marcaram profundamente a minha memória, e não consigo lembrar de Pamplona sem sorrir e cantarolar.

Algumas imagens para lembrar:

Fabiana  no encierro.
Foto Marcelo Müller

Encierro Pamplona 2017.
Foto Marcelo Müller

Melhor correr.
Foto Marcelo Müller

Com a Navarra, a minha lembrança é peculiar: tem um som alto (e isso nunca tinha acontecido), e um jeito específico de evocar. Fala-se e pensa-se NAVARRRA, como se a memória viesse das vísceras.  Coisa mais doida.

Um comentário:

  1. Navarra tornou-se um lugar da memória sentimental para mim. Hoje comprei um azeite só porque vinha de lá.

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