A gestão da pandemia no Brasil apresentou desafios específicos, que serão estudados ao longo dos anos.
Percebi que se implementou uma espécie de federalismo por regiões, de maneira informal ou formal mesmo, pela criação de consórcio de Estados-membros.
O Federalismo por regiões era defendido por Paulo Bonavides, um eminente constitucionalista brasileiro, que com razão via que as características geográficas, históricas e sócio-culturais eram determinantes para gestão territorial.
Também chamou a minha atenção como os serviços públicos para atendimento aos casos de COVID foram organizados, especialmente a classificação por cores. Inicialmente foram adotados o amarelo, laranja e vermelho para indicar os níveis de gravidade da pandemia, como sinalização para a adoção de medidas de enfrentamento gradual.
Agora temos a fase roxa em alguns lugares, que foi a pior classificação até o momento.
A fase roxa significa o colapso do sistema de saúde, falta de oxigênio, de leitos hospitalares para qualquer doença, falta de locais adequados para destinar os cadáveres.
Eu estou escrevendo essas impressões da pandemia para lembrar do que aconteceu nesse período e poder contar a experiência às futuras gerações, embora ache que esse registro não era necessário porque não vou poder esquecer dessa tragédia toda.
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