O Direito Internacional Público traz alguns princípios basilares, e dentre esses a autodeterminação dos povos, entendida como a capacidade de decidir o próprio destino, e baseia-se na idéia de igualdade entre os diversos atores da comunidade internacional.
Esse princípio determina o grau de legitimidade das instituições governamentais, que devem exercer o poder em nome do povo, em conformidade à sua identidade histórica, atributos sociais e objetivos comuns, e também é a base do que se entende por soberania, em sua versão mais pragmática.
A Ucrânia é um Estado Nacional recentemente independente. O processo de institucionalização (que alguns chamam de State Building) está em permanente desenvolvimento, mas a afirmação de sua autodeterminação e soberania depende de fatores regionais e do grau de dependência/influência de outros Estados.
No caso, uma breve análise histórica evidencia essa conturbada relação de dependência em relação à Federação Russa que, em outras épocas, também invadiu o território. Depois da independência claramente há uma violação do princípio da soberania da Ucrânia, e lamentavelmente, para sobreviver será necessário fazer concessões.
O bravo povo ucraniano - civis - está defendendo o seu Estado e a sua identidade. Muitos já morreram nessa guerra cujo objetivo, que ainda não está muito claro além da intimidação, não parece ser conquista de território. Não se trata de anexar a Ucrânia, mas de afastar a OTAN.
Girassóis são o símbolo nacional da Ucrânia, e as pessoas carregam suas sementes nos bolsos para que a pátria floresça. Os ucranianos têm o direito de continuar sendo.
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