O ano está acabando e tenho uma séria reclamação a fazer contra a Astronomia, a quem interessar possa.
A Astronomia é um campo de estudo trágico.
Apocalíptico e que prega a morte de estrelas. Na narrativa dos astrônomos não há redenção.
Nada sobrevive e tudo acaba em um buraco negro.
E os buracos negros acabam-se em si mesmos no fim da festa, evaporando. Essa, tenho que pontuar, é uma maneira muito preguiçosa de acabar qualquer estória.
E ninguém vai estar aqui para confirmar porque tudo isso acontecerá daqui a um trilhão de anos quando esse universo acabar (sim, porque os astrônomos e os físicos têm a audácia de falar em outros universos, como se a preocupação com um não bastasse).
Um trilhão de anos! É muita audácia.
Nesse final de ano voltem a contemplar as constelações e a imaginar o Zodíaco, e todas aquelas belas figuras e metáforas que só vocês enxergam no céu.
Vou acabar de ler esse livro maluco e voltar à Astrologia para ver as profecias para o ano de 2023.
É isso.
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