O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Todo dia 8 de janeiro

Hoje completa um mês da tentativa de golpe de Estado, disfarçado de revolução, que aconteceu no Brasil em 2023.

Após esse breve período, pela intensidade dos desdobramentos que aconteceram, a sensação é de que faz muito mais tempo.  Essa é uma característica dos fatos intensos e complexos: eles dão essa impressão de profundidade que marca indelevelmente a memória coletiva.

Agora é o tempo de entender o que aconteceu e tomar as providências. As instituições reagiram e se normalizaram rapidamente, em questão de horas, mas não por sua própria virtude.  Pelo que observei, os criminosos que atentaram contra a institucionalidade brasileira possuem um perfil muito atípico para esse tipo de ação política violenta: crianças, senhoras idosas, homens e mulheres comuns que, por variadas razões, até por ignorância, talvez não tenham entendido o significado do que fizeram.  Esse perfil atípico não dotou a ação da força necessária para a desestabilização.

Eles sabiam o que estavam fazendo.  Invadir qualquer edifício público ou privado para vandalizar é por todos sabido como crime.  Mas quando esse edifício é o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal, até o mais desavisado dos vândalos devia entender que a gravidade mudou de patamar.

Estamos no momento de definir responsabilidades e apontar as gravidades.

No Brasil, diferentemente do que aconteceu nos Estados Unidos no 6 de janeiro, e certamente por causa disso, houve prisões massivas dos criminosos. Alguns estão presos preventivamente enquanto respondem  a processos judiciais, outros estão sofrendo medida de constrição, como o uso de tornozeleiras eletrônicas, e outros estão sendo investigados e presos no decorrer das investigações.

É claro que a prisão desses criminosos inusitados não é suficiente e não é solução para uma ideologia ou um grupo que pretendem desestabilizar permanentemente o Estado Brasileiro.  Para sobreviver a República Federativa do Brasil vai ter que lutar e levar a sua guarda porque novos, e talvez mais eficientes, ataques virão.

E construir um patrimônio democrático que nos sirva veículo para as idéias e valores que preservam o Estado e a estabilidade.  Essa seria uma grande inovação na nossa História e talvez seja o maior dos legados dessa data, que aqui será lembrada incessantemente.

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