Há alguns meses - 19 meses para ser precisa - venho enfrentando alguns problemas de saúde que ainda não têm um diagnóstico definitivo, além de sequelas decorrentes da Covid-19. Não é apenas a Síndrome da boca ardente (https://direitoamemoria.blogspot.com/2020/07/sindrome-da-boca-ardente.html): os sintomas foram se diversificando e se tornando complexos (eu diria sistêmicos, mas sou advogada e não médica), e acabei tendo que ir aprendendo a conviver com eles.
A boa notícia é que depois de centenas de exames (e isso não é exagero) foram afastados os diagnósticos mais graves, degenerativos e incapacitantes. "Crônico" foi adjetivo utilizado, mas eu ainda não sei o que se tornou crônico.
Diante dessa situação resolvi procurar um famoso acupunturista da minha cidade e, após alguns segundos sentindo o meu pulso ele concluiu que o meu problema é excesso de Yang. A solução é enfiar várias agulhas.
Como estudante do patrimônio cultural e da memória coletiva eu não poderia desperdiçar um conhecimento tão aperfeiçoado e uma arte tão antiga, e resolvi usar esse recurso cultural ao meu favor. Estou fazendo sessões de acupuntura e aproveito para tirar todas as dúvidas, que são pacientemente respondidas pelo médico acupunturista.
Enquanto eu levo espetadas aproveito para fazer perguntas e prestar atenção ao meu corpo, que tem me mandado mensagens tão confusas como se nós falássemos línguas diferentes. Eu sou cronicamente curiosa e estou aprendendo coisas novas, o que certamente vai me ajudar a percorrer esse caminho de uma forma melhor e diferente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário