Olha só: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,sotaque-caipira-pode-virar-patrimonio-imaterial-de-piracicaba,10000027976.
Se o modo de falar, o sotaque, pode ser patrimônio imaterial? Claro que sim. E por que não? http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2010/12/patrimonio-imaterial-e-democracia.html
Se é necessário um reconhecimento oficial para isso? Claro que não. Basta que as pessoas tenham orgulho de se expressarem como sabem, do seu jeito. A preservação do patrimônio começa nos indivíduos.
Acho fascinante os diversos sotaques do Brasil. Fico encantada com o modo como os gaúchos falam, e as suas palavras diferentes que denunciam um flerte com o outro lado da fronteira. Acho incrível o modo como os manauaras falam, e também os goianos, catarinenenses, os brasileiros que dominam mais de uma língua brasileira, cariocas e todo mundo que contribui com a melodia diversificada do nosso jeito de falar.
O meu sotaque é bem característico da minha região. Mas só me apercebo dele quando escuto a minha voz gravada, ou quando a minha sogra (que veio do outro lado do país e tem um sotaque interessante) tenta falar a minha língua.
É natural para mim falar como os meus ancestrais, e fonte de tanto orgulho, apesar de que em determinados meios "profissionais" o sotaque marcado seja indesejável, porque denuncia a sua procedência. Ora, saber a origem, de onde viemos ( no tempo e no espaço), devia ser uma das grandes ambições do ser humano, não é? Melhor isso a adotar um jeito de falar que remete a lugar nenhum,
Por isso, forrrça Piracicaba!
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