Em 2022 resolvi retomar minhas caminhadas mais longas, ainda que não tenha superado totalmente as sequelas respiratórias da covid que me atingiu no ano passado.
O destino já estava entre as minhas pendências há muito tempo: fazer a travessia do Vale do Pati, na Chapada Diamantina.
Em 2017 quando fui à Chapada Diamantina pela primeira vez - e algumas das lembranças podem ser vistas aqui no blog - cheguei na descida do Vale mas não tínhamos tempo de fazer a travessia. Naquele momento, ali no alto da montanha, decidi que algum dia ia fazer a travessia.
Esse dia chegou em junho de 2022.
Mas vamos por partes, muita coisa aconteceu até um descer para o Vale.
Consegui planejar a minha viagem corretamente, e o que dependeu de mim foi sendo corrigido até dar certo:
a) A empresa errou a data da expedição, mas corrigiu.
b) A minha cidade inundou no dia da minha viagem. Só cheguei no aeroporto porque Deus quis, e o motorista do Uber sabia navegar. Obrigada, comandante Carlos.
c) A alça da minha mochila quebrou no aeroporto de origem. Ao chegar em Salvador, primeira parada em direção à Chapada Diamantina, fui correndo comprar uma mochila nova.
d) No caminho, perdi os meus documentos. Sem eles não conseguiria pegar o transporte para a Chapada Diamantina e nem voltar para casa.
Por sorte foram localizados e entregues no hotel.
e) Cheguei na Chapada e percebi que faltavam alguns materiais para levar, que havia deixado na outra mochila que abandonei no hotel. Correria para conseguir tudo que faltava.
f) Começamos a travessia subindo a Serra do Sincorá. Ali eu já percebi que a mochila nova estava com problemas. Na descida foi pior. Uma guerra para me equilibrar e ajustar o equipamento novo.
g) Machuquei o joelho na descida da Serra. Tudo na Chapada Diamantina é duro, difícil e bonito. É isso, andar com o joelho inchado.
Cheguei no Vale do Pati, olhei ao redor e disse: Eu disse que vinha. Para mim, depois de tudo, a vitória foi estar ali.
No próximo post, notícias e fotos da travessia.
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