O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









segunda-feira, 27 de junho de 2022

Impressões da pandemia (12) : vacina que salva vidas e o outro lado

Quando voltei das breves férias foi surpreendida com o fato de que meus pais, ao mesmo tempo, foram infectados com COVID, e estão ambos hospitalizados.

Papai e mamãe são idosos e tomaram quatro doses da vacina.  Tenho absoluta certeza de que isso contribuiu para que eles se encontrem hoje em boa saúde, dentro das circunstâncias, e com um bom prognóstico.

Essa situação toda aconteceu no período das festas juninas e, enquanto nós três estávamos internados no hospital, acompanhamos as notícias de aglomerações nas comemorações.

Algumas reflexões passaram pela minha cabeça, e depois serão aprofundadas:

1) O patrimônio imaterial é realmente uma força viva. As pessoas fazem de tudo para preservar as suas tradições, mesmo contra o bom senso e as medidas sanitárias em uma pandemia.

2) A festa assumiu para mim um significado que nunca teve.  Não pude deixar de pensar na insensibilidade de voltar aos procedimentos da época A.P (antes da pandemia), como se nada tivesse acontecido, e isso me causou mais tristeza do que maravilhamento, como acontecia antes.

Eu amo os festejos juninos, mas nesse ano acho bastante indevido realizá-los, especialmente em um contexto de aumento dos casos de covid. As pessoas querem esquecer a pandemia e viver como se não tivesse acontecido.

3) Viver uma situação é totalmente diferente de ser empático.  Estar em um hospital, vendo as pessoas adoecerem e adoecidas, a dedicação dos profissionais da saúde e a sua preocupação porque a população não está adotando as medidas corretas dá um aperto no coração.

Não aglomerar, adotar as medidas de higiene, distanciamento social e usar máscaras são condutas que deveriam ser incorporadas na nossa vida, independentemente das flexibilizações autorizadas pelo governo.  Por nós e em consideração a todos.

Eu também estou com covid, e agora estou em isolamento pelo prazo determinado. É isso.


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