A memória já foi comparada a uma tábua de cera, onde ficam marcadas impressões. As informações percebidas através dos sentidos formam o conteúdo das nossas lembranças que, quanto mais marcantes, mais marcadas ficam. Já tivemos a oportunidade de refletir um pouco sobre imagens (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2011/01/esqueca-se-puder-1.html), sabores (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2011/01/esqueca-se-puder-2.html, http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/07/recreio.html) e odores marcantes.
Mas talvez nada seja mais evocativo do que uma música. Há algumas que me fazem lembrar momentos e pessoas, e quando isso acontece, sou literalmente transportada.
Por exemplo: Sozinho, cantada por Caetano Veloso (http://www.youtube.com/watch?v=uvMIf_lbrZU).
Ou Cesária Évora (http://www.youtube.com/watch?v=l0l7YTakFCc), época em que me mudei da casa dos meus pais. Bons e difíceis tempos, de aprendizado, em que vivi abaixo da linha da razoabilidade (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2011/12/palentologia-imaginaria-4.html).
E há lugares que me lembram canções:
Sim, eu fiz isso. Não só tirei a foto da placa do cruzamento da Avenida Ipiranga e São João, como me abracei a ela e cantei Sampa (http://www.youtube.com/watch?v=d4RhNvjk4YI) de olhos fechados.
Ao ouvir determinadas músicas, lembro da época em que estudava piano, da minha querida professora e das doces tardes do Conservatório.
É claro que nem sempre são lembranças felizes, mas cantarolar é sempre uma maneira boa de lembrar e, dizem, que até os males espanta.
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