No post https://direitoamemoria.blogspot.com/2020/04/carta.html, refletimos sobre a dramaticidade das cartas e a necessidade de continuar enviando-as e recebendo-as.
Mas elas não conseguem viajar sem as caixas de correio, esses portais mágicos que permitem transportá-las para qualquer lugar. Bem, era assim que eu pensava enquanto tentava alcançar uma para depositar as cartas da minha mãe.
Era uma caixa de correio cabeçuda e amarela, padrão dos correios brasileiros, que tinha uma abertura estreita para depositar documentos. Ela não era charmosa, como outras que encontrei ao longo da vida, mas sem dúvida marcou a minha memória.
Encontrei uma bem interessante em Astorga, que era uma cabeça de leão ameaçador. Para depositar sua carta, tem que chegar perto da bocarra, superar o medo e fazer aquele leão engolir as suas palavras. Muito emocionante!
Eu sempre estou olhando as caixas de correios e as considero fascinantes. E, antes que alguém me pergunte, eu não coleciono. Ainda.
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