O brasileiro liga para a aparência, não é à toa que somos os campeões (!) em cirurgia plástica, remédios para emagrecer, e os cosméticos são uma indústria em crescimento contínuo.
Entre nós a aparência importa, sim, e condiciona os nossos modos de viver e influencia fortemente as escolhas de consumo, principalmente quando os objetos portam mensagens indicativas de determinado status social. De fato, os brasileiros (considerados em seu conjunto e juntando toda a farinha no mesmo saco) estão dispostos a pagar preços abusivos por produtos, sem atentar para a real necessidade de adquiri-los ou para padrões de qualidade.
Ah...mas no Brasil as aparências enganam bastante.
O azeite doce (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2012/09/azeite-doce.html) tem menos oliva do que devia e o leite pode ser minoria na composição do leite. Isso sem contar que a pirataria desvairada é capaz de imitar quase tudo, desde simples acessórios (bolsas, sapatos) até remédios para o câncer.
Ter cuidado com o que consome deveria ser ensinado na escola. Mas importante mesmo seria ensinar a desvendar as armadilhas da imposição autoritária da aparência.
Existe, entre nós, uma banalização de procedimentos estéticos, decorrente da existência de padrões radicais e inalcançáveis. Aqui nega-se o direito ao envelhecimento (sim, envelhecer é um direito no Brasil http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/08/resgatando-instituicoes-antigas-gerusia.html), ao ponto de se exigir uma aparência antinatural. Evidentemente que aos 60 anos a pessoa não vai aparentar 20. E se isso acontecer, é um sinal claro de bruxaria que deverá ser investigada e processada pelos meios próprios.
Há uma tendência preocupante de padronização da aparência, principalmente porque em certos grupos assume importância identitária. Certamente, haverá normas de aparência a serem cumpridas para a inserção social, mas no fim das contas, sua aparência é o que você manifesta, e não necessariamente o que você é.
De nada adianta cobrir-se de produtos caros, para aparentar um estilo de vida que você não tem, à custa do endividamento. Ou seja, usar um sapato de saltos altos vermelho não faz de você o Rei da França.
A questão da "ostentação" é complementar.
ResponderExcluirJà ouvi dizer que as libanesas são as verdadeiras campeãs em cirurgia plastica.
ResponderExcluirPor sinal, as iranianas têm belos narizes por isso. Considerando a área, acho que têm uma relação cultural específica com as mudanças corporais, não é? Entre nós, é para parecer mais jovem e bonita.
ResponderExcluirE a cerveja só aparenta ser cerveja: http://br.blastingnews.com/ciencia-saude/2015/12/brasileiro-toma-agua-com-milho-e-pensa-que-e-cerveja-saiba-porque-00708611.html
ResponderExcluirE há pelos de roedores no extrato de tomate. https://br.financas.yahoo.com/noticias/anvisa-pro%C3%ADbe-lote-extrato-tomate-roedor-153715014--finance.html
ResponderExcluirParece carne, mas não é. Operação Carne Fraca da Polícia Federal, destaca o uso de papelão em alimentos.
ResponderExcluirSe a cerveja não é cerveja, e a carne não é carne, na prática o churrasco ficou inviabilizado no Brasil.
ResponderExcluirUm exagero para refletir: https://www.youtube.com/watch?v=Fdi5UKFxIpU
ResponderExcluirhttp://www.agricultura.gov.br/noticias/autuadas-84-empresas-por-indicios-de-fraude-no-azeite-vendido-no-pais/MAPArelacaodemarcasdeazeiteNAOconformesnov27.pdf
ResponderExcluirhttps://br.financas.yahoo.com/noticias/marca-azeite-mistura-%C3%B3leo-impr%C3%B3prio-consumo-aponta-proteste-212500446--finance.html
ResponderExcluirParece gasolina, mas não é.
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