O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Patrimônio Cultural Familiar (4): os fatos axiais

Famílias não são apenas afetos e desafetos entre pessoas.  São estruturas que permitem a criação, manutenção e transmissão de modos de viver, fazeres e saberes.

As famílias, como qualquer outro grupo, também têm a sua identidade e o seu patrimônio cultural.  A herança de uma família vai além dos meros bens econômicos: há todo um acervo de valores imateriais e culturais transmitidos através das gerações.  Refletimos sobre aspectos desse importante acervo nos posts http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2015/08/patrimonio-cultural-familiar.html , http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2017/04/patrimonio-cultural-familiar-2-arte-de.html e https://direitoamemoria.blogspot.com.br/2017/05/patrimonio-cultural-familiar-3.html?m=0


Essa herança, que vai além dos meros bens econômicos, confere identidade e sensação de pertencimento. Os conhecimentos e valores (culturais e morais) são o quadro no âmbito do qual desenvolvemos a nossa personalidade, e sentimos a sua continuidade através da estreita relação com a memória dos antepassados e a convivência com os contemporâneos.

Alguns fatos familiares são centrais na construção da identidade familiar, e podem revestir-se de importância para a memória coletiva do grupo específico ou para toda a Nação. Dentre esses, achei fenomenal a história do afundamento do navio Eber, em Salvador (Bahia) durante a Primeira Guerra Mundial, pelo Comandante Schaumburg e, mais ainda, a busca do naufrágio pelos seus descendentes: http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1906534-navio-naufragado-na-ribeira-ha-100-anos-atrai-familia-de-descendentes-alemaes.

Mergulhar em busca da História da família mostra como esse fato específico - o naufrágio - é importante para o grupo, e agrega mais um capítulo para a reflexão das futuras gerações da família Schaumburg.


terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Resgatando xingamentos antigos (22): Flibusteiro

Flibusteiros eram os piratas do Caribe, no longínquo século XVII, que geriam um negócio lucrativo e desonesto.

Esse aspecto, mais do que o glamour aventureiro, cunhou o belo (e feio) adjetivo "flibusteiro", que hoje serve para etiquetar os desonestos e trapaceiros.

Gosto muito dessa palavra - flibusteiro - porque parece um ornamento arquitetônico, junto com os algerozes e sanefas. Não é, mas bem que poderia ser, inclusive metaforicamente, quando falarmos da construção do caráter de alguém.

Modo de usar:  "Sepulcro caiado, sua fachada de pessoa honesta esconde a putrefação da alma. No fundo, um flibusteiro barato como todos os outros, que conspurcam essa terra miserável".

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017