O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









sábado, 30 de julho de 2016

Arqueologia fascinante

Incrível: http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3714561/From-seal-belonging-William-Wallace-s-ally-17th-century-toy-rattle-Scotland-s-treasure-trove-recent-finds-revealed.html


Observem o nome da instituição responsável pela guarda dos tesouros da Nação: Queen's and Lord Treasure's Remembrancer.  O oficial  - remembrancer - é responsável por coletar e guardar bens da Coroa e, segundo uma fórmula que encontrei na internet sem referências, "to put the Lord Treasurer and the Barons of Court in remembrance of such things as were to be called upon and dealt with for the benefit of the Crown".

Acho que fiquei muito entusiasmada à primeira vista, e talvez com estudo suficiente consiga entender melhor o papel do remembrancer, mas faz todo o sentido para mim ser a pessoa responsável por coletar e guardar bens para compor o patrimônio coletivo, que nesses tempos atuais é representado pela Coroa, embora antigamente não.  Além disso, em alguns lugares também tem a função de presidir cerimônias.

O caráter memorial dessa função é, para mim, tão evidente e até o momento maravilhoso, que vou propor a sua utilização juntamente com os arautos (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/06/resgatando-instituicoes-antigas-arautos.html). 

Precisamos, urgentemente, de um Lembrador da República.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

La corrida deixa de ser patrimônio imaterial na França


Evidentemente, como discutimos neste blog, há uma diferença profunda entre o conceito de "patrimônio cultural" e "patrimônio cultural protegido pelo Estado", ou por ele reconhecido.

Aparentemente (e precisamos aprofundar a análise do caso, Denise), la corrida era um patrimônio reconhecido pelo Estado e que agora deixou de ser.  Não necessariamente deixou de ser patrimônio cultural, e não há informação  se foi proibida, como no Brasil ocorreu com a Farra do Boi.

Essa decisão de excluir a prática da lista oficial é uma evidente manifestação do Estado Francês de que não a promoverá ou preservará, mas será que significa que a proibirá?  Precisamos acompanhar os desdobramentos desse caso.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Calendários eróticos e fúnebres

Exatamente isso.

Sexo e morte são íntimos, e às vezes até aparecem juntos em calendários.  Confira:

Cofani funebri: http://ww2.arezzoweb.it/calendari/calendario.asp?calendario=2012_cofanifunebri

Bartek Lindner Kalendarz: http://kalendarzlindner.pl/editions/

sábado, 16 de julho de 2016

Direito à memória: ciclos e rimas

Hoje estava lendo um artigo sobre beleza masculina, que afirmava serem as tranças  a nova e mais quente tendência do momento.

Os homens estão trançando os cabelos, como isso pode ser novidade?  Negros, brancos, asiáticos, indígenas, em todas as épocas homens trançaram os cabelos.  Até Milli Vanilli trançou (trançaram?).

Estou ficando velha, muito velha e rabugenta, e cada vez mais intolerante com ditaduras de qualquer espécie, inclusive as da indústria da moda. "Tendências" são uma forma de tanger o gado consumidor, direcionando-o para determinado produto ou serviço.

Os padrões da moda atual, por serem tão efêmeros, não conseguem estabelecer marcos de distinção social, como outrora ocorria.  Atualmente, são as marcas que fazem essa função, e a composição de determinado padrão estético, mas isso é outra discussão.

Ao ler o artigo, pensei nos ciclos e rimas, e em como os comportamentos humanos repetem-se, ainda que a sua manifestação seja diferente.  Mais interessante do que afirmar essa tendência, seria perguntar: por que os homens trançavam os cabelos na Antiguidade?  Era uma questão estética (religiosa, política) ou apenas estética e social, como acontece na moda ocidental?

Há uma relação entre tranças masculinas e navegação? (ou qualquer outra curiosidade patológica sobre tranças).