O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









sexta-feira, 29 de novembro de 2019

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Archive.org

Uma biblioteca gratuita com milhões de obras (livros, vídeos, softwares) para consulta: https://archive.org/

Muito obrigada.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Céu sem filtro



Foto de Fabiana Dantas
Céu sem filtro na minha cidade


Esse azul me fez lembrar uma tarde em Toledo, Espanha.  O azul do céu em Toledo é especial, é mais escuro e parece mais profundo, como em uma tela del Greco.

O fato é que a cidade traz lembranças maravilhosas, e lembro dela em tardes lindas de céu azul.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Formas de lembrar (20): relembrar

Estava colecionando formas de lembrar, e acabei lembrando de lembrar:

1) Um anúncio no jornal: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/04/formas-de-lembrar-1-o-anuncio-no-jornal.html

2) Um sinal nos céus: https://direitoamemoria.blogspot.com/2017/04/formas-de-lembrar-2-um-sinal-nos-ceus.html?m=1

3) Um doce que vale uma lembrança: http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2017/04/formas-de-lembrar-3-brigadeiro.html

4) Uma canção: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/04/formas-de-lembrar-4-uma-cancao.html

5) Nomear em homenagem: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/04/formas-de-lembrar-5-nomear-em-homenagem.html

6) Dançar em memória: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/05/formas-de-lembrar-6-dancar-em-memoria.html

7) Andar em memória: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/09/formas-de-lembrar-7-andar-em-memoria.html

8) Malhar em memória: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/09/formas-de-lembrar-8-malhar-em-memoria.html

9) Fazer listas: http://direitoamemoria.blogspot.com/2017/11/formas-de-lembrar-9-fazer-listas.html

10) Gravar e repetir: http://direitoamemoria.blogspot.com/2018/02/formas-de-lembrar-10-gravar-e-repetir.html?m=0

11) Uma placa: http://direitoamemoria.blogspot.com/2018/02/formas-de-lembrar-11-uma-placa.html

12) Cédulas e moedas: https://direitoamemoria.blogspot.com/2018/04/formas-de-lembrar-11-cedulas-e-moedas.html?m=0

13) Ex-votos: https://direitoamemoria.blogspot.com/2018/11/formas-de-lembrar-13-ex-votos.html?m=0

14) Lembrar caminhando: http://direitoamemoria.blogspot.com/2018/11/formas-de-lembrar-14-caminhando-e.html

15) Um brinde: http://direitoamemoria.blogspot.com/2018/12/formas-de-lembrar-15-um-brinde.html

16) Uma bicicleta: https://direitoamemoria.blogspot.com/2019/01/formas-de-lembrar-16-uma-bicicleta.html

17) Um chocolate: https://direitoamemoria.blogspot.com/2019/02/formas-de-lembrar-17-um-chocolate.html

18) Uma estrela: https://direitoamemoria.blogspot.com/2019/11/formas-de-lembrar-uma-estrela.html

19) Uma noite: http://direitoamemoria.blogspot.com/2019/11/formas-de-lembrar-18-uma-noite.html

domingo, 17 de novembro de 2019

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Bacurau 2: um pássaro me contou (contém spoilers)

Pássaro, porque o Bacurau não é um passarinho.  Não é bonzinho e bonitinho o suficiente para receber o diminutivo carinhoso, é bicho brabo, que merece respeito.

Enquanto não revejo o filme, exercito a memória lembrando de algumas cenas e tentando localizar referências:

1) A recepção de Domingas com cozido, suco de caju e trilha sonora americana.  É essa nossa hospitalidade estranha, de poucas palavras e bem-querer traduzido em comida, típica da região.

O suco de caju oferecido lembra a cajuína, simbolo de hospitalidade nordestina e patrimônio imaterial do Brasil (http://direitoamemoria.blogspot.com/2014/07/cajuina-patrimonio-imaterial-do-brasil.html).

O significado dessa cena, que pode parecer muito deslocada naquele lugar e naquela hora, faz sentido como medida desesperada.

2) A segunda observação é sobre Lunga. Existe um personagem folclórico no Nordeste - Seu Lunga - que é lembrado pela sua forma peculiar de encarar a vida. No nosso imaginário, ficou como um modelo de mau humor (https://tribunadoceara.com.br/diversao/humor/relembre-11-das-respostas-mais-brutas-do-seu-lunga/), mas não acredito que fosse esse o caso.

Talvez o Lunga de Bacurau seja uma homenagem merecida, porque também não é reconhecido como bem-humorado.

Ou, quem sabe, é uma referência a calunga, com as suas implicações espirituais. Acho que pode ser os dois.

3) E falando em Lunga, a estética do personagem, com o seu gosto explícito por anéis, remete aos cangaceiros mas a referência não é tão explícita para mim, pois faltou o couro, a chita nas roupas.  É algo que pretendo observar melhor da próxima vez.

4) A estranha posição de tiro da gente de Bacurau remete aos bacamarteiros, como se pode ver nesse vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-DdKTc1XTms.

4) Bacurau é como a gente chama o último ônibus da nossa cidade.  Depois do Bacurau, não há nada.  Talvez essa a noção de apocalipse para quem é daqui.

Lembro que quando a gente perdia o bacurau a solução era dormir na rua ou se arriscar a ir a pé, mas isso foi a Era Pré-uber.

5) identidade e consequência.  O Museu como reflexo de valores comunitários.

Esse post continua, depois que eu assistir de novo.




sábado, 9 de novembro de 2019

Formas de lembrar (19): uma noite

Uma noite para lembrar, comemorar lembrando e se preparar para o feriado nacional da Independência do Uruguay: La noche de la nostalgia, instituída pela lei  nº 17.825/2004 ( https://legislativo.parlamento.gub.uy/temporales/leytemp1455469.htm).

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Formas de lembrar (18): uma estrela


Uma estrela para lembrar das vítimas do nazismo: https://www.youtube.com/watch?time_continue=83&v=24HbCjydBhE.

Esse é o Corinthians sendo mais que um clube de futebol.

Obrigada por lembrar.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

O problema do Ipê Amarelo

Esse post está sendo escrito com uma profunda irritação, o que é o contrário do sentimento que os símbolos nacionais devem inspirar.A bandeira, o hino, o brasão de armas devem inspirar afeto e disposição para sacrificar-se pela Pátria.

Pois bem, estou estudando símbolos nacionais (porque são uma parte importante da memória coletiva e do direito à memória), tomando o Brasil como ponto de partida da reflexão. Quais são os nossos símbolos nacionais?

Os símbolos nacionais do Brasil estão previstos na Constituição Federal e em leis ordinárias federais:

Art. 13 da CF/88. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

A Lei nº 6.607/78 estabelece o Pau-Brasil como "Árvore Nacional", sem detalhar o significado jurídico do título, salvo o dever do Estado de conservá-la e distribuir mudas com finalidade cívica, conforme os artigos 1º e 2º abaixo transcritos:

Art . 1º - É declarada Árvore Nacional a leguminosa denominada Pau-Brasil (Caesalpinia Echinata, Lam), cuja festa será comemorada, anualmente, quando o Ministério da Educação e Cultura promoverá campanha elucidativa sobre a relevância daquela espécie vegetal na História do Brasil.
Art . 2º - O Ministério da Agricultura promoverá, através de seu órgão especializado, a implantação, em todo o território nacional, de viveiros de mudas de Pau-Brasil, visando à sua conservação e distribuição para finalidades cívica

E a Lei nº 11.675/2008 estabelece o cupuaçu como "fruta nacional", sem especificar o signficado público do título:
Art. 1o O cupuaçu, fruto do cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum), é designado fruta nacional. 

O Ipê Amarelo não é um símbolo oficial do Brasil, mas essa informação (até o momento equivocada) aparece em diversas fontes.  Há muitas referências a um Decreto do Presidente Jânio Quadros instituindo o Ipê Amarelo (Tecoma araliacea) como "Árvore Nacional", o que me fez vagar atrás dessa norma por muito tempo. Infrutiferamente.
A minha pesquisa revelou que esse decreto não existe. Há a mensagem nº 464/1961 do Presidente Jânio Quadros encaminhando um projeto de Lei que pretende declarar o Pau Brasil a árvore nacional e o Ipê-Amarelo como "Flor Nacional", que tramitou através do projeto de Lei nº 3380/1961: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=C0EF4E50B324EB8B9AE9DE68FDEB052B.node2?codteor=1203824&filename=Avulso+-PL+3380/1961.
Esse projeto foi arquivado em razão do pedido de retirada efetivado em 1972, e não localizei o decreto presidencial durante a tramitação do projeto. A existência de tal decreto é altamente improvável porque nessa mesma data da mensagem 464 (25/08/1961), o Presidente renunciou.  
Formalmente, o envio do projeto de lei de criação de símbolos nacionais foi um dos últimos atos do presidente, na mesma data da sua renúncia. É interessante a sincronia, pois nessa data foram "criados" dois símbolos do Brasil.
O Pau-Brasil transformou-se em árvore nacional através do projeto de lei nº 1006/1972 (https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1189896&filename=Dossie+-PL+1006/1972), transformado na Lei nº 6607/78, que não faz referência ao Ipê-Amarelo.
Não foi localizada norma federal posterior, embora alguns entes federativos tenham instituído o Ipê-Amarelo como símbolos estaduais ou municipais, o que nos leva ao segundo problemão: há diversas espécies com o mesmo nome em razão do regionalismo. Além disso, há uma variação de nome científico, por exemplo, em Mato Grosso do Sul o Ipê Amarelo (Handroanthusalbusou Tabebuia alba) é símbolo pela lei  estadual 5228/2018 (http://www.spdo.ms.gov.br/diariodoe/Index/Download/DO9698_17_07_2018), e é diferente da  Tecoma araliacea (estou errada? São Harri Lorenzi me ajude).
Por favor, por favor, se alguém conhece esse decreto de Jânio Quadros ou outra norma que institui o Ipê-Amarelo como símbolo nacional,  compartilhe comigo a informação.  Isso vai acalmar os meus nervos e o meu post e será de grande ajuda.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Arre lá!

Essa é uma das expressões preferidas na minha mãe.

Não sei o que significa etimologicamente, mas quando ouvia isso sabia perfeitamente que estava encrencada ou na iminência de me lascar.

Poucas travessuras mereceram um "arre lá" da minha mãe, que só usava essa expressão em casos extremos de irritação.

E por que lembrei disso hoje?  Será que fiz alguma travessura merecedora?

Não, eu mandei um "arre lá" para Ewok, o cachorrinho da minha irmã, que se recusa a usar a fantasia de Ewok.  Como dirá (e diria) a minha mãe: "vai usar sim, e vai gostar, tomara ver. Arre lá!".

A frase pode não fazer muito sentido, mas quando é dita com aquele olhar de ressaca verde (um pouco de Machado de Assis para elevar o nível do post) da minha mãe, cigana irritada e oblíqua, você sabe exatamente o que significa e ainda vê o futuro, sem precisar de bola de cristal.

Eis Ewok:


Ewok Ewok


Ewok, tomara ver.