O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo (2013): o primeiro ano do resto da Humanidade

2013, o ano em que a Humanidade sobreviveu ao fim do mundo.  Que ano interessante foi 2012...  Será que chegamos ao fim das profecias?

Bem, das profecias apocalípticas pode até ser, embora particularmente tenha uma opinião bem específica (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2011/08/memoria-e-apocalipse.html).  Acredito que o fim do mundo (de qual dos mundos?) realmente aconteceu, mas não através de um único evento.  O "fim de mundo" é o processo gradual de mudanças, e acredito que definitivamente estamos preparados para adotar modelos de produção econômica mais sustentáveis.

É isso que eu desejo para 2013: o início de mudança da mentalidade que criou um mundo poluído, pobre, que sacrifica os recursos naturais nos altares da ganância. Dramático? Pode até ser...Mas é exatamente assim que eu interpreto a profecia maia.

Diferentemente do ano anterior  (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2011/12/ano-novo-2012-passado-presente-e-futuro.html), não farei uma retrospectiva.  Vou focar minha atividade no último dia deste ano para planejar 2013:  algumas ações se repetem todo ano (perder peso, estudar mais, praticar esportes), mas definitivamente eu tenho que encontrar uma atividade - passatempo, se preferir chamar assim - totalmente diferente do que faço usualmente.

Acredito firmemente que essas atividades diferentes, mesmo que sejam bem simples como usar a outra mão, andar de ré, ou alterar pequenas rotinas, são fundamentais para a saúde do cérebro e contribuem para a melhoria e permanência da memória.

Enfim, de tudo que eu planejar para 2013 é sempre bom seguir o conselho de Nietzsche: "devemos ter uma boa memória para sermos capazes  de cumprir as promessas que fazemos".

Desejo a todos que comemoram o Ano Novo hoje, um feliz Ano Novo.  Para aqueles que não comemoram agora, sintam-se convidados e cumprimentados quando a oportunidade  chegar.

Próspero Ano Novo e boas festas!


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal 2013!

Passado um ano, os mesmos questionamentos do natal passado ainda me assombram: http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2011/12/feliz-natal-e-algumas-questoes.html.

A despeito de todas as questões, acredito que essa época é propícia à comemoração.  Então desejo a todos, e em especial aos membros da comunidade mnemônica deste blog, um natal cheio de boas lembranças.

E se não ganhar nenhuma lembrancinha, não vale guardar rancor, pois o Natal também é tempo de perdão.

Feliz Natal!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Fim da picada

O dia 21de dezembro de 2012 passou sem maiores problemas, então temos algumas opções:   se formos dramáticos, podemos nos considerar sobreviventes; se formos crédulos, diremos que algum dos muitos mundos existentes foi destruído;  se formos céticos, vamos desconsiderar mais uma das inúmeras profecias que não se realizaram.  Muitas outras virão, e nós vamos lembrar dessa data como um estranho não-evento que marcou a memória coletiva.

O fim do mundo não aconteceu, mas o fim da picada sim:  uma das principais  pirâmides do sítio arqueológico de Tikal foi danificada : http://br.noticias.yahoo.com/guatemala-turistas-danificam-emblem%C3%A1tica-ru%C3%ADna-maia-durante-in%C3%ADcio-200740255.html.

Devia ser isso que os maias temiam.

sábado, 15 de dezembro de 2012

O buraco é mais embaixo

Essa é outra expressão intraduzível da língua luso-brasileira, que se junta às analisadas anteriormente "Grilo na Cuca" (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2012/03/grilo-na-cuca.html)  e  "Levar sereno" (http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2012/07/levar-sereno.html).

Diz-se: "Comigo o buraco é mais embaixo" ou "está mais abaixo".  Advertimos, de cara, que surpreendentemente essa expressão não possui qualquer conotação sexual, embora eventualmente até possa ser utilizada para oferecer algum tipo de diretriz ou orientação.

Não consegui ainda descobrir a origem dessa expressão (se alguém souber, por favor, me ensine), mas identifiquei alguns possíveis significados e usos:

- Quando alguém avalia mal uma situação e precisa corrigir a sua conduta (contribuição de Robinson), é advertido que "Comigo o buraco é mais embaixo".  Esse erro de avaliação exige que alguém se esforce mais, corrigindo o comportamento anterior.

- Basicamente, tenho o mesmo entendimento e talvez isso tenha um aspecto regional. Quando se diz que o buraco é mais embaixo, me parece que o interlocutor deve se abaixar (esforçando-se mais) e em ato de submissão, o que indica que o seu comportamento deve ser conformado e adaptado a uma situação de prevalência do dono do buraco inferior.

Por exemplo: Se alguém faz desaforo ao sujeito A e ele não aceita, ele diz que o buraco dele é mais embaixo e o sujeito Y tem que mudar o seu comportamento.

- Identifiquei também a possibilidade de, sendo mais embaixo, é mais difícil de entrar nesse buraco, o que figurativamente pode ter relação com algum tipo de regulagem.

E por que estou pensado sobre isso hoje?  O que anda pela minha cabeça?  Não faço a menor idéia. Só sei que comigo o buraco é mais embaixo.




sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Citações sobre a memória - Bíblia


A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos apodrecerá. 
Provérbios 10:7

sábado, 8 de dezembro de 2012

Rogar praga

"Rogar praga", imprecar, significa desejar  um mal futuro a alguém, lançando-lhe palavras e gestos agourentos, prática social essa que parece em extinção.

Não se trata de ser vidente, antecipando o mal prescrito.  Mas de desejar um mal a alguém, conjurando malefícios.

Pensando melhor, acho que não está em extinção, apenas foi empobrecida através de um reducionismo injustificável.  Se antes as pragas eram as mais variadas, e dependiam do furor do momento e da personalidade do imprecador, agora elas se reduzem a basicamente duas formas: vá se f... ( e suas variantes,  por exemplo, quero que se f...) e vá para a ... (e suas variantes, lugares sempre muito ruins).

Como rogar praga é um costume antigo, mas não é positivo, esse post não tem a intenção de revitalizar a prática, mas tão somente de fazer um registro. 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Arqueologia: Coréia do Norte anuncia descoberta sobre unicórnios

Segundo foi noticiado ontem, os arqueólogos da Coréia do Norte acreditam haver encontrado vestígios materiais da existência de unicórnios:http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2920563&seccao=%C1sia&page=-1

Parece que a principal indicação de sua existência real é uma pedra com a seguinte inscrição: "Covil dos Unicórnios", em um templo da capital. Essa descoberta provaria que a capital original do reino da Coréia seria lá, o que  sem dúvida agregaria valor histórico e simbólico ao lugar para todos os coreanos, do Norte e do Sul.

Ah, Arqueologia fascinante e seus sombrios desígnios políticos de fundação da identidade...Lembro-me que os nazistas enterravam artefatos para, arqueologicamente, desenterrá-los e assim provar a ancianidade de sua ideologia.

Mas voltando à notícia, faria algumas centenas de considerações, mas vou fazer só uma pergunta: e se realmente existiu um cavalo com um só chifre?  Depois que eu vi que baleias chifrudas realmente existiram, eu não duvido que mais nada possa ter chifres.

A questão não me parece ser se cavalos chifrudos existiram ou não, mas sim que a esses animais encantados eram atribuídas qualidades místicas, e estudá-las pode ser muito interessante para entender a importância do achado arqueológico.  Quando li a notícia, tentei lembrar  o que sabia sobre unicórnios e a minha informação parece ser compatível com os filmes:  um cavalo branco, chifrudo, com poderes mágicos (principalmente o sangue, usado em ressurreições).  Em algumas versões da minha memória esse cavalo tem asas.


E aí? Os unicórnios existiram?  E se existiram, qual a sua relevância?

domingo, 2 de dezembro de 2012

Senzala urbana


 Para Denise, que no post http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2012/05/monumentos-protegidos-e-assombracoes.html encomendou uma foto de senzala urbana:





Senzala (lugar sem divisões internas, sem  alas) em que ficavam confinados os escravos.  Eram locais insalubres, sem ventilação ou iluminação, como essa que retratamos acima.

Nas zonas rurais, as senzalas geralmente eram edifícios apartados da casa grande.  Nas áreas urbanas, por uma evidente questão de espaço e comodidade, elas ficavam no mesmo edifício, geralmente em um subsolo como se fosse um  porão.

Eu sempre achei interessante essa questão da senzala ficar embaixo, já que os sobrados possuíam muitas escadas e os senhores e senhoras tinham muito trabalho de ir e vir.  É um raciocínio bem diferente do que se percebe nos imóveis do Quartier Latin, em Paris, por exemplo, em que os aposentos da "criadagem" ficavam nos últimos andares, obviamente para poupar os moradores mais ilustres do afã de subir e descer escadas.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Divulgação - Mestrado e Doutorado em Memória e Patrimônio UFPEL

A Universidade Federal de Pelotas - UFPEL - oferece programas de pós-graduação nos níveis de Mestrado e Doutorado na área de Memória Social e Patrimônio Cultural: http://www.ufpel.edu.br/ich/ppgmp/.

Vale a pena conferir!