O brasileiro não tem memória.
Neste blog desmascaramos esta mentira.
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
O QUE VOCÊ ESTAVA FAZENDO... NO IMPEACHMENT DE COLLOR (1)
Esta série foi sugestão de Dra. Denise, mui distinta amiga e três vezes considerada, que sugeriu apelar à memória individual para criar um mosaico de impressões. Na verdade, eu interpretei assim, mas acho que ela queria mesmo xeretar amplamente o que as pessoas faziam. A brincadeira começou com a proposta de lembrar o que a gente fazia na Copa de 82. Denise lembrou que foi assistindo a um jogo da Copa que, pela primeira vez, comeu Fandagos. Daí eu lembrei da carpa japonesa que meu pai criava em um garrafão de água mineral, que virou petisco quando o Brasil foi eliminado. Pois bem: o que você estava fazendo enquanto aconteciam as manifestações para o impeachment de Collor? Eu participei ativamente das manifestações, pois não trabalhava, e infelizmente elas aconteciam em horário comercial. Deve ser por isso que eram formadas por estudantes. As pessoas se vestiam de preto, tinham os rostos pintados, e bradavam pelo impixe de Collor. Eu adorava me vestir de preto e me maquiar para paquerar os gatinhos (que na época se chamavam pães)que iam à farra cívica. Era ótimo faltar à aula, com a desculpa de ser politicamente engajada, vestindo as armas de Jorge (roupa preta e maquiagem) para lutar democraticamente pela ... Pelo que mesmo? A gente só queria que o homem saísse, mas ninguém falou sobre as mudanças estruturais necessárias para evitar problemas similares no futuro. Resultado: ele não foi impixado, renunciou. E as estruturas foram mantidas, o que causou e causa dissabores até hoje. Enfim, lembrança boa é que as passeatas tinham trio elétrico, que alternava músicas de Geraldo Vandré, Zé Ramalho (fase social) e axé. Isso é que é democracia!
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Eu estava no Marista e Robinson foi lá me pegar. Passamos pela passeata na Cde. da Boa Vista! Eu, pleno de espírito cívico do alto dos meus 10 anos! Bons revolucionários são forjados cedo...hehehe
ResponderExcluirPrestasse atenção no movimento? Ou estava tomando picolé de morango e pensando em Jiraya?
ResponderExcluirPicolé não. Coxinha da 7 de setembro e Jiraya.
ResponderExcluirVocês hein?! Sinceramente, esculhambando a unica memoria que foi criada na cabecinha oca dos jovens da "nossa" época!
ResponderExcluirEu fui uma cara pintada sem pintura, pois achava que não deveria ceder a esse tipo de imagem mediatica.
Engagei-me no movimento pois não tinha como fazer diferente estudando no colégio Contato (a manifestação começava na frente do colégio e os professores praticamente nos obrigaram a ir).
Tinha uns jornalistas entrevistando os jovens mais velhos como eu, em véspera de vestibular.
Mas eu tinha medo de entrevistas pois o verbo engajar-se é de dificil conjugação (transitivo indireto e reflexivo!) e eu deveria preservar a minha psiquê de "fera" desses abalos emocionais (foi o q aprendi no nucleo de orientação psicologica do colégio).
Eu so fui um dia na manisfestação. O primeiro, pequeno. O grandioso eu assiti pela tv, morando longe, não teve engajamento que me fizesse pegar o ônibus debaixo daquele sol do meio-dia.
Enfim, essa série que você propôs vai acabar por revelar o nosso lado não sério. Vamos brincar de outra coisa.
Sugestão1:
ResponderExcluir- O que você estava fazendo quando da queda do muro de Berlim?
@Denise: Você tem toda razão. Essa série vai acabar por revelar o nosso lado não sério.
ResponderExcluirNão sou de julgar a memória individual dos outros, mas tenho que fazer algumas observações sobre as suas: QUE ESPÉCIE DE REVOLUCIONÁRIO FREQUENTA O SERVIÇO PSICOLÓGICO DO COLÉGIO e se recusa a ceder ao apelo midiático de construção da imagem?
Você acha que Che Guevara frequentava o serviço psicológico do colégio? Por acaso, um dos seus maiores legados não é, exatamente, a sua expressão altiva mirando "hacia la vitória" na clássica foto de Korda?
Esta mesmo que hoje adorna camisetas, boinas, cadernos e minissaias?
Rapais, e a foto de Che é mais que moda hoje na Europa. Toooodo mundo tem!
ResponderExcluirQuanto ao SOP (serviço de orientação psicologica) tu não sabe é de nada... Meu colégio era super modernoso e a pedagogia não permitia forçar os adolescentes. Então, quando a gente estava cansado, ou com vontade de dormir (o que é normal pra um adoslencente em fase de crescimento) a gente pedia pra ir pro SOP. Là tinha um monte de almofadas no chão, e enquanto a psicologa nos "doutrinava" sobre o que escolher como profissão, a gente tirava o maior cochilo.
Enfim, vamos parar com essa série que revela o lado negro da força...
Eu sei, lá no meu colégio também tinha um SOP. Mas eu só ia obrigada, nunca fui voluntariamente.
ResponderExcluirEu ficava lá sentada, me sentindo "another brick in the wall", até o tempo regulamentar acabar. Depois continuava vivendo até que alguém me atrapalhasse de novo e me mandasse para o SOR (serviço de orientação religiosa).
Nesse mês de agosto de 2012 faz 20 anos (!) que pintamos o rosto para pedir o Impeachment de Fernando Collor, então Presidente e agora Senador da República.
ResponderExcluirAs comparações entre as manifestações de junho de 2013 e o movimento pró-impeachment estão sendo ressaltadas através dos meios de comunicação. Nada mais indevido do que isso.
ResponderExcluir- primeiro lugar, o horário. As manifestações contra Collor aconteciam em horário comercial, provavelmente por isso só havia jovens estudantes. As manifestações da "Festa Cívica Junina", nome que estou dando ao movimento de 2013, ocorrem depois do expediente, o que indica que trabalhadores podem e estão participando.
- As pessoas incorporaram a manifestação em sua rotina normal. Depois de suas atividades diárias, vão protestar por um mundo melhor. Isso é, sem dúvida, um grande avanço.
- Em 92 as pessoas queriam mudar o governo. Em 2013 as pessoas querem que o governo melhore o Brasil. É muito diferente.
- O que há de mais diferente? Em 1992 os protestos eram contra a conjuntura. em 2013, contra a estrutura.Portanto, não há paralelo possível, além evidentemente, da performance (um monte de gente na rua).
Em fevereiro de 2015 a palavra "impeachment" voltou a ser invocada no Brasil. Veremos.
ResponderExcluir"Fora Collor", "Fora FHC", "Fora Lula", "Fora Dilma". Parece existir um momento propício para o ensaio do "fora" durante os mandatos presidenciais no Brasil.
ResponderExcluirInteressantes as voltas que o mundo dá. O movimento pelo impeachment de Fernando Collor teve como um dos líderes Lindberg Farias, então jovem liderança estudantil e hoje jovem senador. Pois bem, estão ambos na lista da Operação Lava Jato (outro dos escândalos da Petrobrás).
ResponderExcluirHá exatamente um ano escrevi o comentário acima. Hoje houve uma passeata pelo impeachment de Dilma Rousseff, cujo processo sequer foi instaurado no Congresso Nacional. De lá para cá, a percepção do cenário político é de corrosão da confiança do eleitorado e da representatividade.
ResponderExcluirBem, acho que vou ter que escrever outro post parecido em breve.
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