É inegável.
As estórias, boas ou ruins, fazem parte do nosso cotidiano. Os brasileiros falam da vida das personagens como se fossem pessoas reais, discutem alternativas e fazem fofocas, com uma intimidade tão grande como se fossem da família (sobre isso http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2015/08/patrimonio-cultural-familiar.html).
Esse compartilhamento de impressões produz uma memória coletiva importante para determinados grupos, e produz marcas profundas. Quem matou Odete Roitman? Quem não lembra de Roque Santeiro ou Odorico Paraguaçu? (cf. http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2014/07/memoria-brasileira-telenovelas.html?m=0).
Às vezes, as telenovelas são tomadas como projeções das próprias biografias dos telespectadores, que se identificam com as situações. Seria um ótimo efeito colateral se, além do entretenimento, também propiciassem a reflexão.
Mas, no fundo, no fundo, são apenas diversão, no sentido de desviar a atenção da vida ou dos problemas da vida, e devem ser assim consideradas.
Não se espere das telenovelas mais do que podem ser.
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