Se tem uma coisa que eu não suporto é esse impulso pelo passado falso/idealizado chamado revivalismo.
"Retrô" e "vintage" ( http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2015/07/vintage.html) são sofrivelmente toleráveis, embora a falsificação seja evidente, pela pescaria descontextualizada dos elementos passados. Mas vá lá, estou sendo apenas rabugenta.
Mas revivalismo, não. É uma espécie de ressurreição temporária e efêmera que se alastra como fogo em rastilho de pólvora e traz tudo o que há de deplorável em modismos.
E pior, transformar esse passado idealizado em signo de distinção, e linguagem hermética de grupos que apenas imaginam como era o passado, valorizam referências passadas, mas sequer respeitam a opinião dos idosos que lá estiveram.
A ressurgência é um impulso à memória, de caráter restaurativo, que como todo uso pode ser positivo ou negativo. Usar o passado como ferramenta, parâmetro, significado e significância é tudo o que defendemos, mas não para afirmar o que nunca existiu e confundir os contemporâneos.
Não. Apenas pare. Chega de falsificar o passado.
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