Decifra-me ou te devoro: real ou fake?
Quem pensa em Esfinge, lembra do Egito. Esse é um dos superpoderes do patrimônio cultural, que definha ao ser banalmente reproduzido.
Perde-se a aura, o poder simbólico. Mas tudo fica muito pior quando a reprodução é exata demais ou mal executada demais, e esse é um paradoxo a se refletir.
Quando exata demais, a reprodução pode ser usada para substituir o que é único e insubstituível, o que além de um pecado, um equívoco, pode também ser um crime, dependendo o uso que se faça.
Quando mal executada, pode servir para conspurcar a imagem de um monumento, da memória coletiva e, dependendo da importância do bem cultural, ferir os sentimentos de todo um povo. Além do que pode ser muito, muito ruim para a Economia.
Por todos esses motivos, o Egito vem lutando desde 2014 contra reproduções da Esfinge executadas na China (Hebei e Anhui), cf. https://ww.egyptindependent.com/egypt-complains-unesco-sphinx-replica-built-china/.
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