O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Parapsicologia

Essa palavra imediatamente me faz lembrar do Padre Quevedo, com o seu sotaque espanhol tão lindo dizendo coisas assustadoras em Português.

Mas esse post não é sobre ele, e sim sobre a primeira vez que eu ouvi falar em Parapsicologia.

No meu colégio tínhamos uma feira de ciências anual muito interessante, e uma ampla liberdade para falar sobre qualquer assunto.  As pessoas inscreviam o seu trabalho e durante uma semana todos podiam assistir a todos os trabalhos.

Havia o estímulo para que todos prestigiassem o trabalho dos pequeninos e era legal ver o diálogo entre as diversas faixas etárias. Por outro lado, os pequenininhos como eu podiam assistir a todos os trabalhos, e não havia censura e nem direcionamento para temas específicos.

Alguns trabalhos ficaram famosos e entraram para a memória coletiva do meu colégio, como o trabalho da minha irmã sobre doença de Chagas.  Ela levou um coração de verdade que mostrava os sintomas da patologia, e todos ficaram bastante impressionados.

Para mim, o trabalho que realmente marcou foi o da Parapsicologia. Era tão concorrido que tinha fila de espera para entrar na sala, e funcionou como sessão de cinema. As pessoas saíam assustadas e passavam suas impressões adiante.

Eu me inscrevi e consegui assistir à palestra com o renomado parapsicólogo.  Não fiquei assustada, mas muito interessada sobre aquelas informações tão diferentes do que eu estava acostumada.

Houve fotos, vídeos e relatos, todos acompanhados pelas caras e suspiros de surpresa da platéia.  Eu entendi o que estava sendo dito, mas fiquei interessada mesmo foi no efeito daquilo tudo nas pessoas.  Lembro que a impressão duradoura para mim foi de como as pessoas receberam e depois repassaram a informação.

Acho que ali eu já estava interessada na memória coletiva, só não sabia que o meu amor tinha um nome.




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