Essa palavra imediatamente me faz lembrar do Padre Quevedo, com o seu sotaque espanhol tão lindo dizendo coisas assustadoras em Português.
Mas esse post não é sobre ele, e sim sobre a primeira vez que eu ouvi falar em Parapsicologia.
No meu colégio tínhamos uma feira de ciências anual muito interessante, e uma ampla liberdade para falar sobre qualquer assunto. As pessoas inscreviam o seu trabalho e durante uma semana todos podiam assistir a todos os trabalhos.
Havia o estímulo para que todos prestigiassem o trabalho dos pequeninos e era legal ver o diálogo entre as diversas faixas etárias. Por outro lado, os pequenininhos como eu podiam assistir a todos os trabalhos, e não havia censura e nem direcionamento para temas específicos.
Alguns trabalhos ficaram famosos e entraram para a memória coletiva do meu colégio, como o trabalho da minha irmã sobre doença de Chagas. Ela levou um coração de verdade que mostrava os sintomas da patologia, e todos ficaram bastante impressionados.
Para mim, o trabalho que realmente marcou foi o da Parapsicologia. Era tão concorrido que tinha fila de espera para entrar na sala, e funcionou como sessão de cinema. As pessoas saíam assustadas e passavam suas impressões adiante.
Eu me inscrevi e consegui assistir à palestra com o renomado parapsicólogo. Não fiquei assustada, mas muito interessada sobre aquelas informações tão diferentes do que eu estava acostumada.
Houve fotos, vídeos e relatos, todos acompanhados pelas caras e suspiros de surpresa da platéia. Eu entendi o que estava sendo dito, mas fiquei interessada mesmo foi no efeito daquilo tudo nas pessoas. Lembro que a impressão duradoura para mim foi de como as pessoas receberam e depois repassaram a informação.
Acho que ali eu já estava interessada na memória coletiva, só não sabia que o meu amor tinha um nome.
Nenhum comentário:
Postar um comentário