O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









terça-feira, 18 de agosto de 2015

Direito à memória dos mortos: Marcha das Margaridas

A lembrança celebrativa é uma das formas de realizar o direito à memória individual dos mortos, e pode ser manifestada de variadas maneiras.

Em 12 de agosto de 2015 aconteceu uma lembrança celebrativa em comemoração à memória de Margarida Maria Alves, cidadã brasileira, trabalhadora rural, que foi assassinada em 12/08/1983 em razão de suas atividades políticas em defesa dos direitos humanos e dos trabalhadores.

Em respeito à memória de Margarida, entendo que a vitimização não é a melhor maneira de lembrá-la, porque retira o contexto do seu assassinato. A opção pela vitimização dos assassinados e desaparecidos políticos retira o seu caráter de sujeitos ativos politicamente, com ideologias e compromissos específicos e, portanto, dificulta a compreensão das razões que levaram ao seu perecimento.  

Margarida morreu porque defendia direitos em uma sociedade escravista e violenta, e como ela muitos foram assassinados pelos mesmos motivos, como o Dr. Manoel Mattos, Dorothy Stang, Chico Mendes (Herói nacional), e muitos outros ainda morrerão.

Infelizmente, no dia da Marcha, a cidadã Maria das Dores Salvador Priante  foi asssassinada, pelos mesmos motivos.  Esse fato é também uma lembrança dolorosa de que as estruturas da violência política, econômica, social e de gênero seguem ceifando margaridas pelos campos do Brasil.



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