O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Saudar os mestres

As artes marciais são praticadas ritualisticamente, então existe a definição de um espaço especial, de um tempo adequado, vestimentas e papéis que a estruturam enquanto atividade social (cf. http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2013/03/artes-marciais-e-memoria.html).

Há muitos aspectos interessantes desse ritual, que vai além do mero aprendizado de movimentos de ataque e defesa.  Por exemplo, o espaço em que ocorrem as aulas e os combates geralmente são sacralizados, para nele adentrar é necessário fazer uma saudação em sinal de respeito, como ocorre com o “salve” dos capoeiristas ou os gestos respeitosos do Karate e do Kung Fu (DANTAS & MÜLLER, 2011, 259-275).

Porém, sem dúvida, um dos aspectos memoriais mais interessantes é a lembrança celebrativa dos mestres.  A reverência demonstrada pelos praticantes não é apenas uma manifestação de disciplina, mas de celebração da memória dos vivos ou dos mortos, da vida, dos valores e das lições legadas por alguém.

Em algumas é costume ter presente uma fotografia ou desenho do mestre, que é reverenciado com cumprimentos específicos, às vezes ao iniciar e também ao terminar o encontro.  A presença dos mestres em cada aula, em cada evento, é uma maneira eficiente de preservar a sua memória e os seus ensinamentos.

Referência

DANTAS, Fabiana
; MÜLLER, Elaine. Cultura marcial: uma porta para o Oriente em tempos de globalização. In: Antonio Motta. (Org.). O Japão não é longe daqui. Interculturalidades, consumo e estilos de vida.. Recife;Tóquio: UFPE; Japan Foundation, 2011, v. , p. 259-275.


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