Portugueses sentem saudade, e muitas vezes definem-se coletivamente por ela.
Essa falta crônica é também resistir em deixar ir, manter mesmo ido. Não seria notável nem estranho ouvir falar os portugueses do que passou e do que se perdeu, não fosse o pesar sincero e generalizado porque a Alfama não é mais a mesma.
Onde estão as residências e os antigos moradores? Onde está a alma do lugar? Sim, os edifícios estão lá, como sombras rígidas, e nada é mais o mesmo.
O bairro está mudando- tudo muda- mas deixa um rastro de destruição de um modo de vida.
Lamentos pela Alfama em cada esquina, os becos como lágrimas escorrem, a saudade é a habitante mais presente. Agora vitrine turística, Alfama virou mais uma dor na alma dessa gente.
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