O brasileiro não tem memória.
Neste blog desmascaramos esta mentira.
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quinta-feira, 5 de março de 2020
Solidão
A Solidão e sua porta
Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar
(nem o torpor do sono que se espalha)
Quando pelo desuso da navalha
A barba livremente caminhar
e até deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha.
Arquitetar na sombra a despedida
Deste mundo que te foi contraditório
Lembra-te que afinal te resta a vida
Com tudo que é insolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída
Entrar no acaso e amar o transitório.
Carlos Pena Filho
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