O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Impressões da pandemia 2020 (2021): volume 5

 Essa série  é um registro para a Fabiana do futuro lembrar dos detalhes da vida durante a pandemia.

No volume 1 refleti sobre como a pandemia me fez conhecer a minha cozinha, de forma literal e metafórica, pela necessidade de aprender a cozinhar, em um processo que durou meses mas ao qual sobrevivi e evoluí de maneiras inesperadas.

No volume 2 concluí que a pandemia me ensinou a  lição indelével da  adaptação e resiliência, além de trazer clareza para o meu modo peculiar  de fazer e sentir, um tipo de iluminação que os eremitas medievais e reclusos em geral buscam e alcançam voluntariamente, o que definitivamente não foi o meu caso.

No volume 3 constatei que o isolamento ajudou a aprofundar e aperfeiçoar algumas características pessoais, trouxe amadurecimento mas o sentido das festividades foi definitivamente alterado para mim. Estar junto agora possui um significado totalmente diferente, e não depende mais da presença física e nem de ocasiões especiais.

No volume 4 percebi que o isolamento destilou alguns traços da minha personalidade.  Sou eu em uma versão pós-apocalíptica, reflexiva e com menos habilidades sociais.

A chegada da vacina trouxe uma sensação de que a pandemia está acabando.  É uma situação diferente de outubro de 2020, em que ela estava desaparecendo porque as pessoas a estavam esquecendo, pois agora há a expectativa de que a vacina contribua para prevenir ou mitigar os efeitos das infecções pelo coronavirus.

O que vou lembrar dessa época?

Que há pessoas ansiosas pela vacina e outras que se recusam a tomá-la. Há pessoas que não acreditam no coronavirus, como se isso fizesse alguma diferença.

Que há uma grande quantidade de informação e desinformação sobre o que é e o que não é vacina. A maioria das pessoas não faz idéia de como se faz uma vacina ou de como ela funciona, e isso dá ensejo à criação de medos, lendas e até tentativas de reeditar a Revolta da Vacina (https://direitoamemoria.blogspot.com/2014/06/revolta-da-vacina-fundamento-legal.html).

Algumas maluquices que eu escutei parecem equiparar a vacina ao arco-íris (ou arco da velha http://direitoamemoria.blogspot.com/2013/03/arco-da-velha.html  ) nas lendas, onde as pessoas que tomam podem até acabar virando o Ururau (http://direitoamemoria.blogspot.com/2013/06/a-lenda-do-ururau.html).

Estou aguardando a minha vez para tomá-la, e no momento estou ansiosa pelo futuro.


 


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