O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









terça-feira, 28 de maio de 2013

Vandalismo em templo egípcio


Por que?

Um templo egípcio sobreviveu  a guerras, revoluções, ao abandono durante 3500 anos para, em maio de 2013, um adolescente resolver pichar o seu nome nele: http://edition.cnn.com/2013/05/27/travel/china-egypt/index.html?hpt=hp_t1.

O turista chinês adolescente sucumbiu ao impulso da pintura rupestre, que parecer ser atávico ao ser humano, e escreveu o seu nome em um painel de um templo em Luxor: "'Ding Jinhao esteve aqui". É, e não merecia estar ali.

É inconcebível, imperdoável, a mentalidade que não respeita o patrimônio cultural, as antiguidades. Por que?

Já presenciei esse desejo de marcar a própria identidade, de vincular-se ao local simbolicamente em outros atos de vandalismo.  Já vi sítios arqueológicos danificados, painéis de pintura rupestre e imóveis tombados com essa mesma idéia do "estive aqui".

No Brasil, esse tipo de dano é crime, e pode ser enquadrado no artigo 62 ou 63 da Lei 9605/98,  dependendo do ato praticado:

Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar:
I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;
II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.

Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 

Desejo boa sorte aos restauradores egípcios, e espero que consigam reverter esse dano evitável, que nem deveria ter ocorrido em primeiro lugar (alguns são totalmente imprevisíveis),  totalmente imputável à ignorância.

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