Lembro-me apenas vagamente do que sentia, queria e fazia quando era pequena, e falo isso com uma certa melancolia e tristeza de perceber que envelheci.
A mútua compreensão entre mim e as crianças é bastante limitada, e talvez por isso me surpreendam com tanta facilidade (cf. http://direitoamemoria.blogspot.com.br/2014/08/dialogo-surreal-6-brincadeira-de-crianca.html).
Mas nunca, nem quando era pequenina, nem nos meus mais loucos devaneios, acreditei que uma carta de Banco Imobiliário (na época versão do Monopoly) pudesse ser usada na vida real. Por isso essa notícia me deixou assombrada: http://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,homem-preso-nos-eua-tinha-um-card-de-jogo-que-lhe-concedia-liberdade,70001868758.
Ah, se todo aquele dinheiro que eu ganhei fosse de verdade...
(Aqui, uma lembrança se intrometeu em meu pensamento e gostaria de compartilhar. Nós - eu, irmãos e primos - nunca respeitamos as regras do Banco Imobiliário. O nosso jogo usava as peças e o tabuleiro, mas era muito mais selvagem: havia corrupção, agiotagem, tomada hostil de imóveis, técnicas de concorrência desleal o que, mais de uma vez, exigiu a arbitragem de adultos, nem sempre justa. Nem sempre o jogo acabava, e nem sempre acabava bem.)
Enfim, não é que eu tivesse juízo nem bom senso, atributos que não devem ser esperados nem exigidos de crianças, mas...
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