O trauma causado pela pandemia será registrado de muitas formas na memória individual e coletiva. Sem dúvida, uma das formas mais duradouras de registro é a criação de obras de arte com essa temática.
Os artistas, essas pessoas tão interessantes e cheias de habilidades, vêem o mundo de uma maneira especial e conseguem transmitir a sua mensagem e a sua emoção por meio de linguagens verbais e não-verbais.
Os poetas explicam temas impossíveis, os bailarinos conseguem expressar as mais profundas emoções nos seus gestos. A música fala direto com você e nem precisa de texto algum. A vida sem a arte seria menor, e para mim intolerável.
As artes são formas de expressão e, como tal, integram o patrimônio cultural de um povo. Como bens culturais, veiculam mensagens que passam a ser reproduzidas, e por vezes assumem significados diversos.
Preste atenção, e verá que um artista consegue explicar para e por você aquilo que não se consegue expressar. Quantas vezes eu concordei, entendi e balancei a cabeça, recebendo a lição que um poema, uma música, uma escultura ou uma dança me trouxe.
Isso acontece muito comigo quando leio Fernando Pessoa e Gregório de Matos, mas eu duvido de Leminski embora o ame profundamente (http://direitoamemoria.blogspot.com/2015/06/lembrar-paulo-leminski.html).
Essas pessoas, esses artistas, conseguem inscrever a sua visão de mundo nesse mosaico complexo que se chama Humanidade e, mesmo quando estamos separados pelo tempo e pela distância, os sentimentos, os problemas e as soluções estão ali para quem sabe entender.
Nesse post vou tentar trazer algumas obras que registram a pandemia, iniciando pela música que Criolo fez em memória de sua irmã Cleane, falecida em razão de covid-19: https://www.youtube.com/watch?v=SBRFdIc1o8E
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