O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









domingo, 31 de outubro de 2010

PROJETO DE LEI DE CRIAÇÃO DA COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE

O projeto de Lei nº7376/2010 prevê a criação de uma "comissão de verdade" para apurar as violações de direitos humanos em períodos de exceção no Brasil, a exemplo do que ocorreu em outros Estados, notadamente a África do Sul. O pressuposto de criação desse tipo de Comissão, correto no nosso entendimento, é que só há reconciliação legítima baseada na verdade e no respeito à memória individual e coletiva. A reconciliação baseada em eufemismos, escamoteações e no esquecimento nunca é efetiva, porque as memórias cladestinas e marginalizadas ressurgem periodicamente cobrando as resposabilidades devidas. Leia a íntegra do projeto no link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Projetos/PL/2010/msg%20229-100512.htm Esse projeto será ainda votado pelo Congresso Nacional. Esperamos que seja aprovado. Em sendo aprovado, esperamos que a Comissão persiga e alcance a verdade. Encontrando a verdade, que ela sirva para superar as estruturas autoritárias, memória triste, que ainda se mantêm na sociedade brasileira e contribuem para que a nossa democracia seja apenas formal.

2 comentários:

  1. A Comissão Nacional da Verdade foi criada através da Lei nº 12528/2011. O que era apenas um projeto em 2010, como referido no post, virou realidade em maio de 2011. A Comissão produziu uma extensa discussão sobre a memória e a verdade da violação de direitos humanos no Brasil, e seus relatórios podem ser acessados no sítio http://www.cnv.gov.br. Sem dúvida, embora fundante, as apurações da Comissão são apenas o início de um longo processo de transição, pois a sociedade brasileira ainda não se decidiu sobre o que fazer com as verdades e versões apuradas. E quanto à democracia? Cinco anos depois chegamos à encruzilhada.

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  2. A Comissão Nacional da Verdade concluiu os seus trabalhos, e há muito material para analisar. Os resultados foram bastante criticados, pela incompletude, pela unilateralidade, pela pouca profundidade ou suficiência mas há fatos novos que não surgiriam sem essa iniciativa.
    O tema do legado autoritário ingressou na esfera pública de discussão e isso é essencial.

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