O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









sábado, 6 de novembro de 2010

RACISMO, XENOFOBIA E O DEVER DE MEMÓRIA

A eleição passou, aparentemente uma barreira de gênero foi ultrapassada, com a eleição da primeira mulher para a Presidência da República no Brasil, mas gerou o estranho e inesperado efeito da explosão do racismo até então latente contra os nordestinos. A Internet nesses últimos dias veiculou uma enorme quantidade de manifestações racistas de brasileiros das regiões Sul e Sudeste do Brasil, contra brasileiros das regiões Norte e principalmente Nordeste do Brasil. Aparentemente, os eleitores descontentes "culpam" os nordestinos pelo resultado da eleição, que em sua análise só votaram na candidata Dilma porque percebem o bolsa-família ou outros favores governamentais. Evidentemente o resultado da eleição não foi o motivo das manifestações racistas. Foi, sim, o pretexto para que o racismo latente, e sempre presente, voltasse a se manifestar. A discriminação em função da procedência é uma realidade cotidiana no Brasil, e aparece sob a forma do desprezo, da ironia, do abuso verbal que podemos ler no sítio http://xenofobianao.tumblr.com/. Quem tem um mínimo de consciência deve se posicionar neste momento, e em toda ocasião que o perigo do racismo se apresentar, porque o "mal prevalece quando os bons se calam". Nós já tivemos exemplos suficientes do mal que esse tipo de atitude provoca, e é nosso DEVER DE MEMÓRIA combater atos e opiniões que parecem isolados, mas que na verdade são a etapa inicial de um processo gradual de exclusão de direitos que pode culminar, inclusive, em genocídio, etnocídio, escravidão e outros males vistos na História recente da Humanidade. Por exemplo, é um erro pensar que o Holocausto foi um momento da História. Na verdade foi um processo que seguiu essas etapas: - forçar os indivíduos indesejáveis a abandonar voluntariamente o local, tornando o ambiente impossível de viver e conviver, por exemplo, proibindo o exercício de profissões como a Medicina e da Advocacia, e a demissão de muitos judeus que ocupavam cargos públicos. - Cassar primeiramente os direitos políticos e depois os direitos civis. Essa progressiva exclusão de direitos culminou na negativa da condição de sujeitos de Direito, que então podiam ser eliminados. - A eliminação, por sua vez, também foi um processo que começou com a concentração em locais determinados, onde a superpopulação repentina trazia inúmeros problemas sanitários e de acomodações, que favoreciam as epidemias de doenças (espontâneas ou provocadas), resultando em mortes. Depois, a redução da alimentação fornecida às pessoas concentradas. Segundo Slavutsky (2003-a, p. 31), a ração ofertada aos judeus era de 184 calorias diárias, contra 2.310 calorias consumidas por um alemão o que, junto às péssimas condições sanitárias acima citadas, debilitava ainda mais as pessoas, levando-as à morte por inanição. Depois, essas pessoas já debilitadas eram deportadas para os campos de concentração em transporte inadequado, geralmente confinadas em vagões hermeticamente fechados, quando inúmeros indivíduos pereceram. Aqueles que sobreviveram a tudo isso, foram para os campos de concentração em que podiam ir à câmara de gás, ou serem escravizados para manter a economia funcionando com base no sistema escravista de produção adotado na época da guerra. O abuso começa tentando fazer com que os discriminados sintam-se constrangidos: dando apelidos, zombando do sotaque, fazendo com que se sintam inferiores porque isso é necessário à estratégia de prevalecimento de determinada categoria de indivíduos. É evidente: ser dominante, aprofundando as diferenças entre "inferiores" e "superiores" é muitíssimo útil para esses últimos porque assim podem gozar dos privilégios que só a desigualdade produz. Entretanto, hoje a desigualdade entre os homens não decorre tanto das habilidades físicas, quando o forte prevalecia sobre os mais fracos, mas principalmente de uma convenção social estruturante do poder. A igualdade nesse tipo de sistema é uma construção gradual, e o Estado é o seu principal promotor através da efetivação dos direitos fundamentais. Todos os brasileiros são iguais, isso é o que prescreve a Constituição Federal. Cabe aos governos garantir esse igualdade permitindo que todos exerçam seus direitos em quantidade e qualidade suficientes. Se o bolsa família é um meio eficaz de garantir o exercício desses direitos? Tenho dúvidas, e talvez esse tipo de subsídio deva ser pensado como uma etapa de um processo mais profundo de mudanças. Bem, de toda sorte, parece que alguma mudança está havendo, já que os incomodados começaram a se pronunciar. Mexer em privilégios é sempre um motivo para muitos gritos e reclamações. Sendo otimista, talvez as manifestações racistas sejam um indício de que há uma alteração nos padrões de desigualdade da sociedade brasileira. Para finalizar esta breve reflexão, gostaria de lembrar que o crime de racismo (discriminação contra procedência nacional, gênero, opção sexual e etc) é inafiançável e imprescritível, ou seja, não está abrangido pelas várias formas de esquecimento jurídico. As pessoas que praticaram o crime de racismo, portanto, não têm direito ao esquecimento. E a retratação, neste caso, não serve para ilidir a prática do crime. REFERÊNCIA SLAVUSTZKY, Abrão. História do Levante do Gueto de Varsóvia. In: O dever da memória – o Levante do Gueto de Varsóvia. Porto Alegre: AGE: Federação Israelita do Rio Grande de Sul, 2003-a.

19 comentários:

  1. É, essa coisa é grave. E jà dura bastante tempo.

    Mas me permita um desvio: eu estava aqui pensando no modo como as coisas aconteceram.

    E se a moça, p.ex., tenha herdado a discriminação contra nordestinos de seus pais/avós... E q, como eles, tenha tb sonhado em passar férias nas praias nordestinas, ou ainda, q nem saiba elencar o nome dos estados do nordeste?; Enfim, essas contradições q demonstram que a ignorância é mesmo a véspera do preconceito.

    Admitindo q isso seja verdade, a particularidade no episodio atual – que o difere daquele acontecido com os antepassados da moça paulista - é q se pode dar ampla noticia das nossas contradições em uma fração de twitter.

    Ou seja, a palavra opróbio balança fora a poeira e volta com tudo no século XXI. É o novo preto da era da tecnologia da informação. E a paulistinha o vestiu como uma luva.

    Mas olhando bem, existe um grande problema conceitual nisso tudo, que acaba por abrir um abismo entre a lei e sua respectiva aplicação. Racismo, preconceito, discriminação não são a mesma coisa. E pior, apareceram na historia em momentos precisos, querendo significar coisas diferentes cada uma delas.

    Eu acho importante definir esse ponto de partida pra atacar o problema. Não digo isso somente por amor ao debate semântico.

    É que, recentemente, uma diretiva do MEC propôs a supressão de Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato e me lembrei q hà um tempo atràs tb proibiram as ilustrações de Casa Grande e Senzala nos livros didàticos pela mesma razão (suposto tratamento discriminatório contra pessoas de pele negra).

    Dai q a coisa é toda muito confusa. E pode ser q o ato da moça seja (apenas) uma representação de um traço cultural enraizado nos brasileiros. Cada um com seu cada qual regional, vamos dizer assim.

    Se for isso, três certezas : é preciso mudar, é dificil mudar e tudo q tem sido feito até aqui não mudarà em nada, pois não ataca a raiz do problema, sequer consegue identificà-la.

    Enfim, foi apenas uma divagação p exercitar a memória. Comentário + objetivo sobre o problema te mandei por email, pois escutei a lição da moça paulista.

    P.S.
    1) O lugar comum na memória de quem ñ quer ver nada mudar : esperar uma decisão judicial q saia pela tangente argumentando com a raiz da palavra racismo : dado q nordestino ñ é raça, logo, sem objeto. Jà vimos acontecer isso, doutora, com base na mesma lei e fato similar.
    2) Se olharmos direito, buruçu pode colocar + brasa no cabelo do curupira. Eu nunca achei q a Cuca era boba por ser loira. Mas se isso constar na nota de rodapé no livro, eu vou me perguntar aonde vamos parar…

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  2. Denise!

    Não sei se é algo que recue tanto no tempo (avós/bisavós) porque o 'fenômeno' São Paulo é datado a partir da década de 50. A ignorância, antes, superava o preconceito. Vocês duas já viram um filme americano chamado "Um Dia sem Mexicanos"? Vale a pena assistir...é de um humor negro danado e se encaixa certinho nessa situação esdrúxula.
    A supressão, por parte do MEC, de determinadas referências só vem reforçar uma imagem que está sendo bem forjada na cabeça dessas gerações. O segregacionismo - que era quase exclusividade do pessoal da Farroupilha - agora é parte curricular. A questão é: será que este regionalismo não é baseado em uma 'invenção' muito mais do que numa realidade? Me questiono isso porque há uma invenção do Nordeste que, de tão estereotipado, virou arquetípico.

    Eu vejo essa relação de alteridade baseada muito mais nestas 'invenções' do que em qualquer outro elemento.

    É danado!

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  3. Bino, imagina: eu tô agora com olhos arregalados e as cinco pontas dos dedos reunidas assim pro alto. Eu tô te dizendo:

    -Bino, eles querem colocar uma nota no rodapé de Lobato dizendo q a Cuca ñ é boba por ser loira!

    É isso, Bino. O que é inventado existe. O que existe é realidade.

    A ignorância tà no Twitter e LDB da educação na nacional.

    Tu vê a luz de saida dai de onde tu estas? Daqui num consigo...

    É danado? É muito!
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    P.S. Eu disse bisavô?

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  4. Denis!

    Tu num disse bisavô não, eu é que inclui mesmo.

    O que é inventado existe, concordo. Mas o inventado não é realidade, até mesmo porque essa 'invenção' que eu citei obedece uma regra mais simplista (até maniqueista) de ver o mundo. O real é complexo demais pra ser simplificado.

    Pois é! Nota de rodapé pra Cuca é um absurdo, mas faz parte de uma retrodicção: voltar ao passado com os olhos de hoje e corrigi-lo é, no mínimo, um estupro! As citações de José de Anchieta em que ele diz que é melhor escravizar negros do que índios também foi retirada dos livros de História. O localismo das Artes (por ex:. Barroco é Mineiro, fora isso não é barroco), o completo e total esquecimento de Pernambuco a partir da década de 1930...isso tudo é bizarro. Bizarríssimo.

    __________

    Não vejo luz no fim do túnel porque, infelizmente, não há túnel. O que acontece está se desenvolvendo à luz do dia, as claras. Fazemos parte de uma lógica de desmonte e remodelagem que se passa na frente dos olhos. Procura pra ver a briga que tá pelo ENEM.

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  5. Essas tentativas de "corrigir" obras de arte são uma flagrante violação à memória dos autores e à sua integridade artística. O correto seria ensinar o texto de forma contextualizada, o que parece ser uma idéia muitíssimo exótica ainda.
    Concordo com Albino, não há luz no fim do túnel, porque não há túnel.
    Há, sim, a construção de uma identidade (sudelista, sulista, ou qualquer nome que se dê) feita a partir da contraposição e do antagonismo. A definição do "nós" fica mais simples e clara quando há o "nós" e os inimigos.
    A identidade brasileira foi basicamente construída a partir da identificação de inimigos: aqui "nós luso-brasileiros" contra os inimigos holandeses, todos calabares.
    Já houve os inimigos indígenas, negros, inimigos em Canudos...E assim,cria-se uma identidade que evidentemente não reflete o princípio da unidade nacional.
    Pode ser impressão minha, e eu gostaria de saber a opinião de vocês, mas não consigo verificar no nosso cotidiano um preconceito de procedência nacional explícito contra as pessoas do Sul e Sudeste do Brasil. Na maior parte do tempo, não pensamos em "paulistas, gaúchos, paranaenses", pensamos em brasileiros que passam frio.
    Estou enganada?
    Não há uma qualidade ou característica intrínseca desses brasileiros que os tornem alvo de apreço ou desapreço específicos pelos nordestinos. Talvez a partir de agora seja criada uma prevenção, ou resistência, como reação aos últimos fatos.
    De onde vem essa raiva dos paulistas, para falar em categoria, contra os nordestinos se, aparentemente, não resulta de uma briga por postos de trabalho. Sim, porque as pessoas que expuseram opiniões racistas parecem ser de uma classe econômica privilegiada e não concorrem com os nordestinos pelas vagas de trabalho disponíveis.
    Sem base econômica, já que frequentam "resorts" para que os nordestinos tragam toalha e sucos, acredito que essa discriminação parece uma tradição inventada.
    A questão é por que?
    E a característica nos discurso racista para a discriminação é que os nordestinos são preguiçosos, analfabetos, vivem dos favores públicos... se não bastasse a falácia lógica da generalização de adjetivos, eu me pergunto que espécie de observação distorcida foi feita para chegar a essa conclusão, visto que os nordestinos que emigraram para São Paulo foram, exatamente, procurar trabalho.
    No fim, percebo que esse exercício é infrutífero porque o preconceito não é racional. Não dá para entender.

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  6. Fabiana, ñ desanime. Essa confusão toda é mais q normal num pais tão grande e populoso, onde qualquer coisinha virão um coisão e qq estatistica tem 6 numeros.

    Qdo tu diz q o preconceito não é racional, tu tà se referindo a todo preconceito, ou este ai do caso da moça paulista?

    Qto à espécie de distorção feita p se chegar àquele ponto, li q uma professora da moça em questão jà tinha chamado a atenção dela por causa de um certo 'linguajar perigoso'. Parece q ela usa palavras como neo-nazismo e terrorismo com a mesma frequência com q vai ao cabeleireiro.

    Visto assim pontualmente, concordo com vc q o exercicio é infrutifero. Se partimos do exemplo q temos, não vamos muito longe.

    Mas talvez deixar de lado o exemplo e continuar a discussão, de maneira organizada, pode dar frutos.

    Então proponho de organizar a bagunça. Não sei como, mas talvez abrindo um espaço pra cada ponto especifico (pode ser a partir do q jà foi dito), por exemplo: 1. tentativas anteriores de 'corrigir' obras literarias; 2. regionalismos, 3. resquicios de sentimento separatista com/sem luta armada; 4. a sessão memoria no cinema etc.

    Chamo a tua atenção para o tipo de escolha q fizestes no inicio do blog qto à catalogação dos posts mês a mês. Vai dar problema daqui uns tempos. Talvez fosse melhor passar ao formato das 'orelhinhas tematicas'. Fica a dica.

    Em relação à opinão sobre se existem ou não preconceitos contra gauchos e paulistas por parte dos nordestinos, não posso responder, pois sou do Centro-oeste.

    Aliàs, ainda não meteram a região Centro-oeste no meio? Então eu, que nasci no Mato Grosso que depois veio a ser o do Sul, não devo me pronunciar. Eu sempre nutri um sentimento estranho e penoso de não pertencer a lugar nenhum por causa disso.


    Bino, eu tb me lembrei dessa citação d q é melhor escravizar negros q indio, mas não lembrava q era de Anchieta. A presença do historiador porta melhora qualitativa ao debate. Ainda bem q vc ronda por aqui.

    Acho massa poder rememorar essas coisas e completar os espaços q começam a faltar nessas informações adquiridas em outras épocas (leia-se: tô ficando velha).

    Além disso, penso tb que, mesmo q pareça evidente q localizar o tema no tempo e espaço é imprescindivel a sua compreensão, é dificil p muitos exercitar isso no cotidiano...

    Dai q p não cair na mesma armadilha tenho meu exemplo emblemàtico: a escravização dos povos vencidos jà foi visto como um avanço p humanidade. Toda vez q penso nisso, viajo na maionese sozinha.

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  7. Bino e Fabi, eu falei tunel?

    Pensei em nos todos naquela caverna escura, a luz atras das costas nos deixando ver e ouvir somente as sombras projetas na parede...*

    Mas muito engraçado essa experiência de ler e ver o q não se leu. Vivi isso outro dia. Eh q vou participar de um seminario cujo titulo é "Animal: um homem como os outros".

    Isso mesmo. E os juristas são obrigados a falar com alunos do curso de letras durante dois dias inteiros (?!)
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    * Afe, preciso de alguém para censurar as minhas leituras... grego no século XXI num tà com nada, devendo até os tubos!

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  8. Denise, não imaginei no "mito da Caverna", achei que o túnel tinha ficado subentendido:

    "Tu vê a luz de saida dai de onde tu estas? Daqui num consigo..." dia 8 de novembro.

    Platão é sempre bom pra ser citado, qualquer hora do dia em qualquer época.

    Convenhamos, falar em identidade mato-grossense é difícil né? Aliás, a bacia guaranítica é motivo de disputa desde antes dos portugueses! Eu vejo que essa 'percepção' é muito mais importada do que tupiniquim de fato. Há uma confecção do estereótipo baseado em conceitos externos (salve, salve Gilbertão Freyre), o que nessa lógica faz com que o preconceito seja, sim, racional. Já que falamos em Anchieta, Bartolomeu de las Casas, Aristóteles...escravidão é algo complicado, porque mexe profundamente com a idéia de alteridade. Escravo é o outro! Não havia escravidão entre cristãos na I. Média, mas escravizar eslavos...ah, sem problemas. Não há escravidão entre muçulmanos, mas cristãos...no problem. E assim vai!

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    Há quem defenda que o próprio conceito de 'raça branca' surgiu a partir da necessidade prática da diferenciação entre nós, brancos e livres e os outros, negros ou negros-da-terra cativos.

    Vejam um vídeo chamado "Memórias do Cativeiro" - produzido pela UFF e disponível no youtube e "História do Racismo"

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  9. Bino, fui ver o 'Memorias'. Um soco no estômago, como diria uma amiga minha sobre filmes assim.
    Muito bem feito, mas tive q comer umas barras de chocolate depois... Deprê do c...
    O outro video não achei.

    O tunel podia ser subentendido sim. Se fosse o da expressão popular ou o de saida da caverna. Mas eu é q não pensei nele qdo escrevi. Quis fazer menção à Alegoria de estarmos acorrentados pelo pescoço, o q ñ permitiria ver bem q a saida està do outro lado, nos obrigando a olhar pra parede. Enfim, deixa pra là. Discordo de vc no ponto em q Platão é p/ todo dia, ou qq hora do dia.
    Não! Isso é coisa de gente feia. E eu quero ser bônhita!

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  10. Dênis,

    Tu sabe que esse documentário foi originalmente produzido pra uma mostra de cinema mas acabou sendo adaptado para o Youtube? Fizeram um serviço ótimo num foi? Só achei idílico demais...

    Mas você é bônhita! É limpinha! Com ums grilhões e no mercado certo, você valeria milhões! hahahahHAHAHAhahaha (sacaneei com humor afro-black-descendente)

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  11. Milhões de quê? Francos da Republica do Camarões? Quero não!

    Camelos? Tb não, fede muito!

    Oia, dessa vez vou deixar passar, visse?! So porque a piada não fugiu do contexto afro-africano e porque no fim das contas a lei do meu pais aceita xenofobia contra nacionais.

    Mas te cuida, eu posso seqüelar geral no mundo virtual. Minha memoria é #!%@* e a minha vingança serà maligna!

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  12. Denise, acho que assisti ao filme errado. Por que "Memórias" é um soco no estômago?

    Metendo o bedelho, acho que esse teu preço no mercado externo tá superfaturado... Talvez há uns vinte anos valesse milhões (de rúpias, ou de marcos na época da Segunda Guerra).

    Hoje, sei não...

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  13. Lembram de Mayara Petruso? Nesta semana o Ministério Público federal e a Ordem dos Advogados em Pernambuco ingressaram com ações judiciais contra ela.

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  14. Lembram de Mayara Petruso? Hoje saiu a informação de que foi condenada na ação referida no comentário acima.

    http://www.bahianoticias.com.br/principal/noticia/116156-mayara-petruso-e-condenada-a-um-ano-e-cinco-meses-de-prisao.html

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  15. Nova eleição, novos atos de racismo. Agora uma mensagem postada na página denominada "Dignidade médica" sugere que os médicos provoquem um holocausto no Nordeste do Brasil, e que realizem castrações químicas: http://jornaloexpresso.wordpress.com/2014/10/08/grupo-radical-das-redes-sociais-propoe-castracao-quimica-de-nordestinos/

    Democracia que não tolera opinião diferente sem apelar para a violência?

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  16. Há quem diga que não existe racismo no Brasil. Como, se discriminam, ofendem, ameaçam e até praga rogam à pessoa em função da sua procedência?

    É nossa obrigação - dever de memória - combater toda forma de preconceito, pois os efeitos da omissão são trágicos.

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  17. Em função do processo político em que estamos metidos, temas conflituosos como o racismo afloraram. Nos últimos tempos houve uma manifestação intensa de preconceitos, todos reflexos de uma mentalidade autoritária e intolerante muito bem enraizada. É certo que não é um fenômeno peculiar do Brasil, pois o acirramento das diferenças sem o necessário filtro é responsável por boa parte dos conflitos no momento.

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  18. Mais do mesmo: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/video-vereadora-gaucha-eleonora-broillo-diz-que-nordestino-sabe-se-unir-para-roubar-e-aumentar-corrupcao/

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  19. O racismo e a xenofobia evoluíram muito no Brasil nos últimos anos. Os desenvolvimentos históricos nos levaram ao afloramento de uma ideologia racista que frequentemente (e inexplicavelmente) assumiu a forma de manifestações nazistas. Não "neonazistas", mas nazistas.

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