Veja bem, lembrar e esquecer qdo o assunto é amor podem se fazer acompanhar do advérbio "temporariamente".
Sendo assim, algumas frases da saberoria popular ganham sentido. Exemplo:
Esqueço um grande amor temporariamente:
1) "quando arrumo outro "; 2) "quando bebo"; 3) " quando vejo vitrines" e 4) e outras que agora esqueci.
Além do mais, a especificação de "grande" em amor é relativo. Então se mudarmos o paradigma de comparação, esse amor ai pode ficar pequeno.
O que não seria o caso se p.ex. vc falasse de receita pra esquecer o "primeiro amor". Neste caso, primeiro é o primeiro e pronto, não tem solução, nem pra esquecer, nem pra relativizar (dai toda a importância de escolher bem o primeiro; todos os seguintes não se escolhe, vai-se experimentando... hehehe).
E ainda, por amor (agora) pelo debate, poderiamos pensar na receita pra esquecer um "amor perdido", o que obviamente pode ser diferente de um "grande amor", ou, ser os dois num so caso: esquecer um "grande amor perdido".
Aqui é o caso em que se é abandonado por aquele que ainda se ama. Veja, a tua proposta foi de uma receita pra esquecer um grande amor. Não dissestes se esse amor que se quer esquecer é por alguém que ainda se ama.
Sim, pois existem grandes amores que não o são mais pra ambos os amantes, e pra estes o tempo dà jeito, pois cedo ou tarde se transformarão em simples registro na memoria, mera lembrança que, acessada, jà não causa nenhum estrago e, por consequência, jà não lembramos de querer esquecê-lo.
E pra finalizar, pra todos os outros casos de amor (perdido ou achado!) existe Master Card!
Agora eu tenho certeza que o teu cérebro virou manteiga...Bateu muito essa cabeça quando era pequena, menina trelosa?
Vou citar as belas palavras de Florbela Espanca, no poema "Saudade": Quantas vezes, Amor, já te esqueci, Para mais doidamente me lembrar Mais decididamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar Mais saudade andasse presa a mim!
Se não ilustrar o que eu penso, pelo menos o post fica mais bonito.
A questão é: toda vez que se quer intencionalmente esquecer alguma coisa, na verdade a recordação está sendo avivada. É por isso que não existe uma arte do esquecimento, não existe receita para esquecer, porque o esquecimento individual é involuntário.
O esquecimento coletivo pode ser intencional. Basta que se proíba a transmissão do conhecimento de uma geração para outra, ou que determinada prática social seja abandonada, por desuso. A censura, e as proibições legais de modo geral podem causar essa amnésia entre as gerações.
Beber ajuda temporariamente, mas dependendo da quantidade você esquece o grande amor, quem você é e onde está. E ainda acorda lembrando com ressaca.
"Arrumar outro" é complicado porque você sempre corre o risco de ter outro grande amor frustrado, daí a sua vida afetiva vai de convulsão em convulsão.
Quem procura a receita para esquecer um grande amor é porque, provavelmente, a lembrança incomoda. Não é a lembrança doce de tempos passados com alguém. É porque foi abandonado, o amor se exauriu ou foi trocada (o).
Primeiro é importante saber porque quer esquecer, que na verdade é superar. E depois, é só criar lembranças alternativas, fazendo a associação do indivíduo com coisas ruins e/ou fedorentas.
Olhar vitrines nunca fez ninguém esquecer um grande amor. Ao contrário, pode ajudar a encontrar outros. Em se tratando de você, será sempre um sapato de cor minoritária e com nome esquisito (magenta, fucsia, salmão com bolinhas de strass).
Se é para relativizar a questão do "grande" ou "pequeno", vamos também questionar o que é amor, o que é lembrar, etc.
Mas, sabe, "relativizar", "racionalizar" não vai te ajudar em nada quando você estiver engasgando em lágrimas, balbuciando o nome da criatura, e pensando em beber para esquecer.
Escolha outra matéria! Se meu cérebro fosse feito de manteiga eu jà o teria comido com o pão quentinho aqui da esquina.
E sim, eu estava falando de esquecimento de um grande amor individual.
Essa modernidade ai de amor coletivo, deixo pra senhora que é especialista no assunto (ops mestra, ops doutora! Rêrêêê, aê doutora!).
Mas cuidado com o que vai dizer, alguns coletivos são pejorativos...
Insisto naquele meu ponto vista porque concordo comigo. O problema tem solução sim.
Veja, a palavra "temporàrio" aqui ñ significa necessariamente breve. Pode ser um tempo longo. Basta entender no gerundio aquelas soluções que propus.
Hà pessoas que passam a vida toda arrumando outro, bebendo todas, vendo vitrines e torrando o cartão de crédito.
Vivem tanto tempo assim que a vida delas acaba sendo isso mesmo. E isso tudo pra esquecer um amor. (và, faça um esforço de memoria. Eu não posso aqui dizer nomes, mas conhemos uma pessoa assim).
Qto à cor dos meus sapatos, informo-lhe que mudei. Agora passei para a palheta dos beges, onde so têm lugar o areia, o palha e o novo-nu.
A receita para esquecer um grande amor é enterrá-lo numa montanha de merdas, mal-feitorias e acusações infundadas. Não sei se funciona, mas o lema "a gente só pega em bosta quando não vê" deve ter algum efeito subliminar.
Eh que às vezes se pega em bosta mesmo qdo vê, e antevê e prevê...
Para alguns vale mais o: "enquanto o principe não chega, a gente vai engolindo sapo" ou: "enquanto não encontramos o cara certo, vamos saindo com o errado mesmo".
Agora o que você acha dessa estoria da doutora de "esquecer amor coletivo"?!? Sei não...
A questão é: há receita para esquecer? Eu falei em grande amor mas pode ser qualquer outra lembrança.
Deixando bem claro, porque houve um grande desvio, o coletivo e o individual que eu falei refere-se ao esquecimento, não ao amor em suas variadas formas.
O esquecimento individual é involuntário. O esquecimento coletivo pode ser voluntário ou involuntário.
Agora, se as táticas de fuga indicadas por Denise podem funcionar? Podem. Por longo tempo? Podem.
Mas o fato de funcionarem por longo tempo não significam que a pessoa conseguiu esquecer. As memórias ficam ali latentes.
E sabe o que acontecem com memórias latentes? Um dia elas afloram. E aí, vou ter que concluir com Benedetti:
"O esquecimento está tão cheio de memória que às vezes não cabem as lembranças/ e rancores precisam ser jogados pela borda no fundo/ o esquecimento é um grande simulacro ninguém sabe nem pode/ ainda que queira/ esquecer um grande simulacro abarrotado de fantasmas/ esses romeiros que peregrinam pelo esquecimento como se fosse o caminho de Santiago.
O dia ou a noite em que o esquecimento estale, exploda em pedaços ou crepite/ as lembranças atrozes e as de maravilhamento quebrarão as trancas de fogo/ arrastarão afinal a verdade pelo mundo e essa verdade será a de que não há esquecimento".
1) Ei, "amor coletivo" normalmente requer esquecimento voluntário (uma das primeiras regras de suruba). 2) Sinto um tom Hegeliano no pensamento da Dra. Me explico! A memória coletiva é forjada ao longo dos fatos em metais raros e duríssimos ao ponto de, mesmo que queiramos destruí-la, só conseguimos torná-la invisível?
"Cuidamos apenas de encher a memória, e deixamos vazios o entendimento e a consciência." (Michel de Montaigne)
Denise! Num era pra esquecer? Então... Que mulher nunca teve: Um sutiã meio furado. Um primo meio tarado. Ou um amigo meio viado?
Que mulher nunca tomou: Um fora de querer sumir. Um porre de cair. Ou um lexotan para dormir?
Que mulher nunca sonhou: Com a sogra morta, estendida. Em ser muito feliz na vida. Ou com uma lipo na barriga?
Que mulher nunca pensou: Em dar fim numa panela. Jogar os filhos pela janela. Ou que a culpa era toda dela?
Que mulher nunca penou: Para ter a perna depilada. Para aturar uma empregada. Ou para trabalhar menstruada?
Que mulher nunca comeu: Uma caixa de Bis, por ansiedade. Uma alface, no almoço, por vaidade. Ou, um canalha por saudade?
Que mulher nunca apertou: O pé no sapato para caber. A barriga para emagrecer. Ou um ursinho para não enlouquecer?
Que mulher nunca jurou: Que não estava ao telefone. Que não pensa em silicone. Ou que “dele” não lembra nem o nome?
@Fabiana: Ah, então tudo que foi dito aqui, post + comentàrios, pode ser resumido na frase:
"O esquecimento individual é involuntário. O esquecimento coletivo pode ser voluntário ou involuntário."
Poxa, bastava dizer isso que eu não ia te aperriar com a minha retorica. Ao colocar o amor no meio, tudo derivou pra piada de Joãozinho...Tai o problema.
Acho descabido querer saber de que lado do argumento se està. Que prime o debate. Se isso não for possivel, somos contra!
E acho bom mesmo ñ citar a fonte do poema. Quando se cita fontes a coisa pode piorar... (Poema do livro TAPA DE HUMOR NÃO DÓI do grupo carioca GRELO FALANTE). ______________________________________________
@Albino: Você foi na veia: "amor coletivo requer esquecimento voluntário". Acrescento: E quem discordar pegue seu cabide e và embora!Ahaha!
Nós dois não somos dignos do rigor cientifico deste blog. Pensamos em "amor" là onde a doutora falava de "esquecimento como hipótese de incidência". Olhe só!
Podemos até nos divertir com isso, mas temos que levar bordoadas virutais da dona deste douto blog.
Veja você! O poema que vc enviou foi taxado de limitrofe!
Fico até constrangida de dizer que me identifico com alugmas passagens dele (e não falo do ursinho...). Tenho medo da taxonomia da doutora. Imagine se encontrar no grupo das que comem uma caixa de Bis com sutiã furado e sapato apertado de cor fucsia!?!
Eu jà tinha te falado deste site do Ministério da Defesa da França que se chama Memoria dos Homens. Mas é que recentemente, dia 20 de dezembro 2010 eles aumentaram o âmbito da matéria do site, incialmente prevista para guardar a memoria das duas Grandes Guerras mundiais, e agora acrescentaram documentos também da Guerra do Coreia. http://www.memoiredeshommes.sga.defense.gouv.fr/spip.php?breve17
Este site ainda vai dar o que falar... mais do que jà està dando. O cruzamento de alguns dados com aqueles que estão vindo à tona no Wikileaks acendem as fogueiras das teorias revisionistas que os historiadores tanto temem.
Alias, jà que mudei o assunto, o Wikileaks virou um montro de 7 cabeças. Com os sites-espelhos que nos permitem driblar a censura (sim hà censura em toda parte, como se jà não bastassem as distorções da imprensa e do governo!) jà não se atém aos propositos iniciais de publicar a correspondência da Diplomacia americana. Foram publicados (até?!) documentos contidos em processos sob sigilo de do Poder Judiciario, um caso de pedofilia muito falado pelas bandas francesas e belgas.
E eu pergunto, o século XXI sera o da guerra da informação ou da religião?
Denise! Antes, gostei do arroba...vou arrobar tudo agora.
@Fabiana: Estou do lado de todo mundo! hahahaha...acredito que 'haver' ou 'não haver' receita é como discutir se Jesus tinha ou não um saquinho de moedas...bizantinismo. O poema borderline é de Arnaldo Jabour e, vá, é fofinho. O problema é a taxonomia, como disse Denise! hahahahahahah ____________
Indo pro assunto trocado: estava eu conversando um dia desses com amigos (todos historiadores) sobre o wikileaks e todos perguntaram a mesma coisa: cadê a diplomática da coisa? Explico: diplomática é a parte da análise documental que atesta sua veracidade ou não. A gente não sabe se as informações são verdadeiras! Podemos admitir por conta da reação contra mas não há uma comprovação de que a documentação é verdadeira. NO CASO dessa página francesa, pelo que tu me disse (e que vi) o 'histórico' da página pára na década de 60. O interesse ai é mais histórico...chocantes, de fato. Por exemplo: no governo Chirac, foram tirados os benefícios dos argelinos que lutaram na II Guerra Mundial contra a Itália. Não sinto o tom de 'guerra de informação' neste caso.
Já no wikileaks, o interesse é outro. O senhor Assange criou um bicho novo: os hacktivistas. Até esse troço, o mundo dos hackers era dividido entre aqueles conhecidos como 'morde-calcanhar' (faz pouca coisa, não afeta nada e faz só por diversão) e os caras que de fato vivem disso. Agora há essa nova categoria de pessoas que abraçam uma causa (que, na minha opinião, não está clara). Esses caras deviam ler Bakunin, pra pegar umas idéias sobre o "conhecimento livre".
@Albino: Se é que foi algum dia coisa de diplomacia ou de serviço de inteligência dos paises pouco importa.
A coisa tomou outros rumos e depassa Assange e o proprio Wikileaks.
E se são verdadeiras ou não (acho que são) tb importa pouco visto a importância da reação que gerou por partes das Instituições. P.ex. se Nelson Jobim desaparecer do cenario politico, o Brasil so tem a ganhar. Tà ligado onde eu quero chegar? Independente das causas, o que importa é agora são as consequências.
E a lista q concerne a França não para em 1960, não. Eh que estão fazendo um bloqueio grande, impedindo a tradução e abafando o babado. O nome do atual presidente da republica aparece em casos cabeludos qdo ele era ministro. E outros casos q enfim compõem essas falcatruas dos politicos em geral (o que fazem os franceses se auto proclamarem uma republica de bananas....e eu com meus botões pergunto: quer trocar, cara pàlida? ahaha!)
Qto aos beneficios aos ex-combatentes, essa é uma questão ainda recente, pois havia um processo na justiça pedindo equiparação. O assunto foi remoido pois a decisão (favoravel) da justiça foi dada em 2010 (pasme!) no q concerne os marroquinos. E dai tu pode imaginar a onda revisionista subindo. Alias, foi uma manobra retorica q so uma alta corte de justiça da republica de bananas poderia dar. Tipo: ganha mas não leva.
E os hackers, sim, jà faz um tempo q tem uns que vivem disso. Vi outro dia um que tira onda ganhando todo ano um prêmio pra apontar falhas no sistema de um banco e que ao ganhar este ano disse que a falha do ano que vem ele tb jà tinha descoberto, mas so ia revelar no px ano. FDP!
O ativismo dos hackers em sustenção ao Wikileaks é uma coisa a se olhar com seriedade, pois eles parecem ser imprevisiveis, e com um poder ñ submisso aos meios conhecidos de controle.
Tentando ver o lado bom da coisa: Tu não acha que acabaram criando um codigo de ética nesse episodio? A questão de proteger informações em hospedagens espelhos é conhecida, mas no caso em questão foi um boom generalisado, sem q ninguém se acordasse pra tanto. E hoje, jà não se é capaz de ver a dimensão do monstro.
Denis, num sei não. Dimensionar isso é complicado, até mesmo porque não vimos os desdobramentos diretos ainda. Eu sim que vai surgir um código de ética dos Hackers. Incrusiveu, isso me lembra a "Liga dos Cavalheiros", um episódio pra lá de estranho nos mares do Caribe. Para controlar a violência, foi criado um código entre os piratas. Acho que vai caminhar nessa direção.
Eiiita...pensei que parava em 1960'. tá vendo tu? O que foi que o sr. President andou fazendo?
@Albino, devidamente arrobado: comentando a sua frase "amor coletivo normalmente requer esquecimento voluntário" , acho que está havendo uma certa confusão entre "esquecimento" e silêncio.
Concordaria se a frase fosse "amor coletivo normalmente requer discrição, ou segredo"... Nessas situações, normalmente a memória não chega a formar-se especificamente (por exemplo, não saber o nome dos participantes, ou quando os participantes usavam máscaras, nas festas de antigamente).
Fica a memória do fato e não dos atores. Ou existe a memória silenciada dos atores. Mas não esquecimento.
Enfim, só continuei no desvio por amor ao debate, como exigiu Denise.
_____________
Indo para o assunto, achei muito interessante o site http://www.memoiredeshommes.sga.defense.gouv.fr/spip.php?breve17.
Confrontar as informações com novos documentos é importantíssimo, o problema, como bem destacou Albino, é a falta de uma análise crítica dos documentos do Wikileaks.
Dependendo da quantidade, qualidade e origem, esses documentos divulgados podem causar o efeito contrário. Ao invés de incrementar a memória pode causar o esquecimento ou embotamento de informações importantes.
Sem saber a origem e a autenticidade, corre-se o risco de fazer um revisionismo errado.
Antes de haver um questionamento quanto à forma de difusão desses documentos, talvez fosse interessante questionar a sua produção e utilização. Vivemos na sociedade da informação, que pode acabar afogada simplesmente porque não consegue lembrar de tudo, ou não consegue fazer uma seleção adequada. Amnésia por excesso.
__________________
Respondendo às mordidas, classificar é preciso. Taxonomia é nossa amiga e categorias são nossas colegas. Qual é o problema de pensar sistematicamente?
________
Viu? A receita para esquecer um grande amor é mudar de assunto.
A finalidade, diz o site, é tornar publicos os dados registrados nas fichas biograficas do Ministério da Defesa et honrar a memoria de todos que participaram e/ou deram suas vidas ao longo dos conflitos contemporêneos (tradução livre).
Então, concordo com você, a proposta é antes de fazer uma memoria sobre as pessoas.
Mas a revisão historica de fatos, a partir destes dados antes não acessiveis, acaba acontecendo.
O que acho mais interessante neste caso é frisar que a iniciativa foi do Governo. O que é bom.
Mas atenção, aquele outro site de que eu te falei qdo discutimos sobre a Guerra de 14-18, esse sim com teorias tendentes ao revisionismo (sem o carater pejorativo, please), é de uma associação aparentemente indepentente e sustentada intelectuamente por professores para este fim (o da revisão da Historia).
Então, abre-se o debate e se fica esperto para a lisura das fontes de informação. Como Albino sempre disse: temos q ter cuidado com teorias revisionistas da Historia.
Os dois sites de que falo são: http://www.crid1418.org/a_propos/a_propos_ini.html e http://www.memoiredeshommes.sga.defense.gouv.fr/
Mas podem existir varios outros igualmente interessantes q eu ñ conheço.
@ Fabiana: A finalidade, diz o site, é tornar publicos os dados registrados nas fichas biograficas do Ministério da Defesa et honrar a memoria de todos que participaram e/ou deram suas vidas ao longo dos conflitos contemporêneos.
Então, concordo com você, a proposta é antes de fazer uma memoria sobre as pessoas.
Mas a revisão historica de fatos, a partir destes dados antes não acessiveis, acaba acontecendo.
O que acho mais interessante é frisar que a iniciativa foi do Governo. O que é bom.
Mas atenção, aquele outro site de que eu te falei, esse sim com teorias tententes ao revisionismo (sem o carater pejorativo, please), e é de uma associação aparentemente indepentente e sustentada intelectuamente por professores para este fim.
Então, abre-se o debate e se fica esperto para a lisura das fontes de informação. Como Albino sempre disse: temos q ter cuidado com teorias revisionistas da Historia.
Os dois sites de que falo são: http://www.crid1418.org/a_propos/a_propos_ini.html
e
http://www.memoiredeshommes.sga.defense.gouv.fr/
Mas podem existir varios outros igualmente interessantes.
Então, por favor, me expliquem: qual é a versão oficial e no que consistem as teorias revisionistas em relação a essas guerras e às pessoas que delas participaram?
@Albino: O monstro de 7 cabeças desibestou-se ladeira abaixo! Êêê, viva!
Ontem uma criatura, ex-banqueiro na suiça, entregou à Assange uma lista de nomes de pessoas e instituições q "lavaram" nas Ilhas Caimãs entre 1970 à 2010.
Como eu dizia, do proposito "diplomatico" inicial do Wikileaks jà ñ resta muito, uma vez q se deu lugar a uma espécie de martir despirocado da web que sacode m. e tudo no ventilador.
@Fabiana: oficial é a versão do ganhador. Isso nos aprendemos hà tempos.
Mas bom, pra continuar no debate, o "oficial" do Memoria dos Homens é o fato de ter sido iniciativa do Governo de abrir os arquivos das Guerras mundiais, e de outras guerras das quais a França teve participação, como Algéria, Coréia, Marrocos e Tunisia. O que disse antes: este site não é por si so revisionista. Mas como revela coisas sobre pessoas e fatos, acabaria dando ocasião à novas interpretações.
Eh o que acontece com ou outro site. Este sim com declarado proposito revisionista mas limitado à Guerra de trincheiras entre 1914 e 1918. Esta tese é corroborada com o site do Governo, pois a liberação de agendas e diarios dos oficiais da época, se pode reinterpretar os episodios de trégua e deserção (o que comentei num post do ano passado, sobre a memoria dos mortos).
Well, isso é tudo que posso dizer por hora. Cultura mais vasta nesse campo minado (rêrê...) é de Albino, o controlador historico destas discussões.
Não quero desviar o rumo da conversa do Wikileaks, mas estava pensando...
Se o grande amor tiver um nome comum, como (!) Antônio, José, Maria, por exemplo, é mais difícil de esquecer pois probabilidade é ouvi-lo frequentemente, e toda vez a lembrança pode ser reavivada. Um conselho é formalizar a situação trocando a referência do nome por "ex", ou "jaguatirica", que são mais difíces de ouvir no dia a dia.
Sei de casos de pessoas que esqueceram o nome dos cônjuges porque, simplesmente, passaram a chamá-lo por "marido", "esposa", "meu bem"...
Agora, se o nome do grande amor do passado for menos comum, é uma faca de dois gumes pois de um lado você ouviria ou leria menos,mas por outro lado o tal nome é inconfundível e fatalmente você vai lembrar da criatura.
Então acho que vale também a idéia de adotar um título raro, desde que não seja injurioso, pois aí a memória é mais marcante.
Não sei se resolve, mas a letra dessa canção pode ajudar:
"Olhos nos olhos" Chico Buarque de Holanda
"Quando você me deixou, meu bem, Me disse pra ser feliz e passar bem. Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci, Mas depois, como era de costume, obedeci.
Quando você me quiser rever Já vai me encontrar refeita, pode crer. Olhos nos olhos, Quero ver o que você faz Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando, Me pego cantando, sem mais, nem por quê. Tantas águas rolaram, Quantos homens me amaram Bem mais e melhor que você.
Quando talvez precisar de mim, Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim. Olhos nos olhos, Quero ver o que você diz. Quero ver como suporta me ver tão feliz".
Então, vale para quem foi largado e quer sair do ponto A (fundo do poço) para o ponto B (alegria pela ausência do indivíduo-a).
Não vale para quem largou o grande amor e depois se arrependeu e quis voltar. Não vale para quem perdeu o grande amor em outras circunstâncias.
Claro que existe!
ResponderExcluirVeja bem, lembrar e esquecer qdo o assunto é amor podem se fazer acompanhar do advérbio "temporariamente".
Sendo assim, algumas frases da saberoria popular ganham sentido. Exemplo:
Esqueço um grande amor temporariamente:
1) "quando arrumo outro ";
2) "quando bebo";
3) " quando vejo vitrines" e
4) e outras que agora esqueci.
Além do mais, a especificação de "grande" em amor é relativo. Então se mudarmos o paradigma de comparação, esse amor ai pode ficar pequeno.
O que não seria o caso se p.ex. vc falasse de receita pra esquecer o "primeiro amor". Neste caso, primeiro é o primeiro e pronto, não tem solução, nem pra esquecer, nem pra relativizar (dai toda a importância de escolher bem o primeiro; todos os seguintes não se escolhe, vai-se experimentando... hehehe).
E ainda, por amor (agora) pelo debate, poderiamos pensar na receita pra esquecer um "amor perdido", o que obviamente pode ser diferente de um "grande amor", ou, ser os dois num so caso: esquecer um "grande amor perdido".
Aqui é o caso em que se é abandonado por aquele que ainda se ama. Veja, a tua proposta foi de uma receita pra esquecer um grande amor. Não dissestes se esse amor que se quer esquecer é por alguém que ainda se ama.
Sim, pois existem grandes amores que não o são mais pra ambos os amantes, e pra estes o tempo dà jeito, pois cedo ou tarde se transformarão em simples registro na memoria, mera lembrança que, acessada, jà não causa nenhum estrago e, por consequência, jà não lembramos de querer esquecê-lo.
E pra finalizar, pra todos os outros casos de amor (perdido ou achado!) existe Master Card!
Agora eu tenho certeza que o teu cérebro virou manteiga...Bateu muito essa cabeça quando era pequena, menina trelosa?
ResponderExcluirVou citar as belas palavras de Florbela Espanca, no poema "Saudade":
Quantas vezes, Amor, já te esqueci, Para mais doidamente me lembrar
Mais decididamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar
Mais saudade andasse presa a mim!
Se não ilustrar o que eu penso, pelo menos o post fica mais bonito.
A questão é: toda vez que se quer intencionalmente esquecer alguma coisa, na verdade a recordação está sendo avivada. É por isso que não existe uma arte do esquecimento, não existe receita para esquecer, porque o esquecimento individual é involuntário.
O esquecimento coletivo pode ser intencional. Basta que se proíba a transmissão do conhecimento de uma geração para outra, ou que determinada prática social seja abandonada, por desuso. A censura, e as proibições legais de modo geral podem causar essa amnésia entre as gerações.
Beber ajuda temporariamente, mas dependendo da quantidade você esquece o grande amor, quem você é e onde está. E ainda acorda lembrando com ressaca.
"Arrumar outro" é complicado porque você sempre corre o risco de ter outro grande amor frustrado, daí a sua vida afetiva vai de convulsão em convulsão.
Quem procura a receita para esquecer um grande amor é porque, provavelmente, a lembrança incomoda. Não é a lembrança doce de tempos passados com alguém. É porque foi abandonado, o amor se exauriu ou foi trocada (o).
Primeiro é importante saber porque quer esquecer, que na verdade é superar. E depois, é só criar lembranças alternativas, fazendo a associação do indivíduo com coisas ruins e/ou fedorentas.
Olhar vitrines nunca fez ninguém esquecer um grande amor. Ao contrário, pode ajudar a encontrar outros. Em se tratando de você, será sempre um sapato de cor minoritária e com nome esquisito (magenta, fucsia, salmão com bolinhas de strass).
Se é para relativizar a questão do "grande" ou "pequeno", vamos também questionar o que é amor, o que é lembrar, etc.
Mas, sabe, "relativizar", "racionalizar" não vai te ajudar em nada quando você estiver engasgando em lágrimas, balbuciando o nome da criatura, e pensando em beber para esquecer.
Deu para entender a hipótese de incidência?
Escolha outra matéria! Se meu cérebro fosse feito de manteiga eu jà o teria comido com o pão quentinho aqui da esquina.
ResponderExcluirE sim, eu estava falando de esquecimento de um grande amor individual.
Essa modernidade ai de amor coletivo, deixo pra senhora que é especialista no assunto (ops mestra, ops doutora! Rêrêêê, aê doutora!).
Mas cuidado com o que vai dizer, alguns coletivos são pejorativos...
Insisto naquele meu ponto vista porque concordo comigo. O problema tem solução sim.
Veja, a palavra "temporàrio" aqui ñ significa necessariamente breve. Pode ser um tempo longo. Basta entender no gerundio aquelas soluções que propus.
Hà pessoas que passam a vida toda arrumando outro, bebendo todas, vendo vitrines e torrando o cartão de crédito.
Vivem tanto tempo assim que a vida delas acaba sendo isso mesmo. E isso tudo pra esquecer um amor. (và, faça um esforço de memoria. Eu não posso aqui dizer nomes, mas conhemos uma pessoa assim).
Qto à cor dos meus sapatos, informo-lhe que mudei. Agora passei para a palheta dos beges, onde so têm lugar o areia, o palha e o novo-nu.
A receita para esquecer um grande amor é enterrá-lo numa montanha de merdas, mal-feitorias e acusações infundadas. Não sei se funciona, mas o lema "a gente só pega em bosta quando não vê" deve ter algum efeito subliminar.
ResponderExcluirXi Bino, acho que vou ter que discordar de você.
ResponderExcluirEh que às vezes se pega em bosta mesmo qdo vê, e antevê e prevê...
Para alguns vale mais o: "enquanto o principe não chega, a gente vai engolindo sapo" ou: "enquanto não encontramos o cara certo, vamos saindo com o errado mesmo".
Agora o que você acha dessa estoria da doutora de "esquecer amor coletivo"?!? Sei não...
Esperem aí...vamos organizar essa discussão.
ResponderExcluirA questão é: há receita para esquecer? Eu falei em grande amor mas pode ser qualquer outra lembrança.
Deixando bem claro, porque houve um grande desvio, o coletivo e o individual que eu falei refere-se ao esquecimento, não ao amor em suas variadas formas.
O esquecimento individual é involuntário. O esquecimento coletivo pode ser voluntário ou involuntário.
Agora, se as táticas de fuga indicadas por Denise podem funcionar? Podem. Por longo tempo? Podem.
Mas o fato de funcionarem por longo tempo não significam que a pessoa conseguiu esquecer. As memórias ficam ali latentes.
E sabe o que acontecem com memórias latentes? Um dia elas afloram. E aí, vou ter que concluir com Benedetti:
"O esquecimento está tão cheio de memória que às vezes não cabem as lembranças/ e rancores precisam ser jogados pela borda no fundo/ o esquecimento é um grande simulacro ninguém sabe nem pode/ ainda que queira/ esquecer um grande simulacro abarrotado de fantasmas/ esses romeiros que peregrinam pelo esquecimento como se fosse o caminho de Santiago.
O dia ou a noite em que o esquecimento estale, exploda em pedaços ou crepite/ as lembranças atrozes e as de maravilhamento quebrarão as trancas de fogo/ arrastarão afinal a verdade pelo mundo e essa verdade será a de que não há esquecimento".
1) Ei, "amor coletivo" normalmente requer esquecimento voluntário (uma das primeiras regras de suruba).
ResponderExcluir2) Sinto um tom Hegeliano no pensamento da Dra. Me explico! A memória coletiva é forjada ao longo dos fatos em metais raros e duríssimos ao ponto de, mesmo que queiramos destruí-la, só conseguimos torná-la invisível?
"Cuidamos apenas de encher a memória, e deixamos vazios o entendimento e a consciência." (Michel de Montaigne)
Denise! Num era pra esquecer? Então...
Que mulher nunca teve:
Um sutiã meio furado.
Um primo meio tarado.
Ou um amigo meio viado?
Que mulher nunca tomou:
Um fora de querer sumir.
Um porre de cair.
Ou um lexotan para dormir?
Que mulher nunca sonhou:
Com a sogra morta, estendida.
Em ser muito feliz na vida.
Ou com uma lipo na barriga?
Que mulher nunca pensou:
Em dar fim numa panela.
Jogar os filhos pela janela.
Ou que a culpa era toda dela?
Que mulher nunca penou:
Para ter a perna depilada.
Para aturar uma empregada.
Ou para trabalhar menstruada?
Que mulher nunca comeu:
Uma caixa de Bis, por ansiedade.
Uma alface, no almoço, por vaidade.
Ou, um canalha por saudade?
Que mulher nunca apertou:
O pé no sapato para caber.
A barriga para emagrecer.
Ou um ursinho para não enlouquecer?
Que mulher nunca jurou:
Que não estava ao telefone.
Que não pensa em silicone.
Ou que “dele” não lembra nem o nome?
Albino,
ResponderExcluirNão entendi de que lado do argumento você está. Afinal, há receita para esquecer?
Vou te contar... De quem é esse poema limítrofe?
@Fabiana: Ah, então tudo que foi dito aqui, post + comentàrios, pode ser resumido na frase:
ResponderExcluir"O esquecimento individual é involuntário. O esquecimento coletivo pode ser voluntário ou involuntário."
Poxa, bastava dizer isso que eu não ia te aperriar com a minha retorica. Ao colocar o amor no meio, tudo derivou pra piada de Joãozinho...Tai o problema.
Acho descabido querer saber de que lado do argumento se està. Que prime o debate. Se isso não for possivel, somos contra!
E acho bom mesmo ñ citar a fonte do poema. Quando se cita fontes a coisa pode piorar... (Poema do livro TAPA DE HUMOR NÃO DÓI do grupo carioca GRELO FALANTE).
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@Albino: Você foi na veia: "amor coletivo requer esquecimento voluntário". Acrescento: E quem discordar pegue seu cabide e và embora!Ahaha!
Nós dois não somos dignos do rigor cientifico deste blog. Pensamos em "amor" là onde a doutora falava de "esquecimento como hipótese de incidência". Olhe só!
Podemos até nos divertir com isso, mas temos que levar bordoadas virutais da dona deste douto blog.
Veja você! O poema que vc enviou foi taxado de limitrofe!
Fico até constrangida de dizer que me identifico com alugmas passagens dele (e não falo do ursinho...). Tenho medo da taxonomia da doutora. Imagine se encontrar no grupo das que comem uma caixa de Bis com sutiã furado e sapato apertado de cor fucsia!?!
Mudando de assunto:
ResponderExcluirEu jà tinha te falado deste site do Ministério da Defesa da França que se chama Memoria dos Homens. Mas é que recentemente, dia 20 de dezembro 2010 eles aumentaram o âmbito da matéria do site, incialmente prevista para guardar a memoria das duas Grandes Guerras mundiais, e agora acrescentaram documentos também da Guerra do Coreia.
http://www.memoiredeshommes.sga.defense.gouv.fr/spip.php?breve17
Este site ainda vai dar o que falar... mais do que jà està dando. O cruzamento de alguns dados com aqueles que estão vindo à tona no Wikileaks acendem as fogueiras das teorias revisionistas que os historiadores tanto temem.
Alias, jà que mudei o assunto, o Wikileaks virou um montro de 7 cabeças. Com os sites-espelhos que nos permitem driblar a censura (sim hà censura em toda parte, como se jà não bastassem as distorções da imprensa e do governo!) jà não se atém aos propositos iniciais de publicar a correspondência da Diplomacia americana. Foram publicados (até?!) documentos contidos em processos sob sigilo de do Poder Judiciario, um caso de pedofilia muito falado pelas bandas francesas e belgas.
E eu pergunto, o século XXI sera o da guerra da informação ou da religião?
Denise! Antes, gostei do arroba...vou arrobar tudo agora.
ResponderExcluir@Fabiana: Estou do lado de todo mundo! hahahaha...acredito que 'haver' ou 'não haver' receita é como discutir se Jesus tinha ou não um saquinho de moedas...bizantinismo.
O poema borderline é de Arnaldo Jabour e, vá, é fofinho. O problema é a taxonomia, como disse Denise! hahahahahahah
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Indo pro assunto trocado: estava eu conversando um dia desses com amigos (todos historiadores) sobre o wikileaks e todos perguntaram a mesma coisa: cadê a diplomática da coisa? Explico: diplomática é a parte da análise documental que atesta sua veracidade ou não. A gente não sabe se as informações são verdadeiras! Podemos admitir por conta da reação contra mas não há uma comprovação de que a documentação é verdadeira.
NO CASO dessa página francesa, pelo que tu me disse (e que vi) o 'histórico' da página pára na década de 60. O interesse ai é mais histórico...chocantes, de fato. Por exemplo: no governo Chirac, foram tirados os benefícios dos argelinos que lutaram na II Guerra Mundial contra a Itália. Não sinto o tom de 'guerra de informação' neste caso.
Já no wikileaks, o interesse é outro. O senhor Assange criou um bicho novo: os hacktivistas. Até esse troço, o mundo dos hackers era dividido entre aqueles conhecidos como 'morde-calcanhar' (faz pouca coisa, não afeta nada e faz só por diversão) e os caras que de fato vivem disso. Agora há essa nova categoria de pessoas que abraçam uma causa (que, na minha opinião, não está clara). Esses caras deviam ler Bakunin, pra pegar umas idéias sobre o "conhecimento livre".
@Albino: Se é que foi algum dia coisa de diplomacia ou de serviço de inteligência dos paises pouco importa.
ResponderExcluirA coisa tomou outros rumos e depassa Assange e o proprio Wikileaks.
E se são verdadeiras ou não (acho que são) tb importa pouco visto a importância da reação que gerou por partes das Instituições. P.ex. se Nelson Jobim desaparecer do cenario politico, o Brasil so tem a ganhar. Tà ligado onde eu quero chegar? Independente das causas, o que importa é agora são as consequências.
E a lista q concerne a França não para em 1960, não. Eh que estão fazendo um bloqueio grande, impedindo a tradução e abafando o babado. O nome do atual presidente da republica aparece em casos cabeludos qdo ele era ministro. E outros casos q enfim compõem essas falcatruas dos politicos em geral (o que fazem os franceses se auto proclamarem uma republica de bananas....e eu com meus botões pergunto: quer trocar, cara pàlida? ahaha!)
Qto aos beneficios aos ex-combatentes, essa é uma questão ainda recente, pois havia um processo na justiça pedindo equiparação. O assunto foi remoido pois a decisão (favoravel) da justiça foi dada em 2010 (pasme!) no q concerne os marroquinos. E dai tu pode imaginar a onda revisionista subindo. Alias, foi uma manobra retorica q so uma alta corte de justiça da republica de bananas poderia dar. Tipo: ganha mas não leva.
E os hackers, sim, jà faz um tempo q tem uns que vivem disso. Vi outro dia um que tira onda ganhando todo ano um prêmio pra apontar falhas no sistema de um banco e que ao ganhar este ano disse que a falha do ano que vem ele tb jà tinha descoberto, mas so ia revelar no px ano. FDP!
O ativismo dos hackers em sustenção ao Wikileaks é uma coisa a se olhar com seriedade, pois eles parecem ser imprevisiveis, e com um poder ñ submisso aos meios conhecidos de controle.
Tentando ver o lado bom da coisa: Tu não acha que acabaram criando um codigo de ética nesse episodio? A questão de proteger informações em hospedagens espelhos é conhecida, mas no caso em questão foi um boom generalisado, sem q ninguém se acordasse pra tanto. E hoje, jà não se é capaz de ver a dimensão do monstro.
Denis, num sei não. Dimensionar isso é complicado, até mesmo porque não vimos os desdobramentos diretos ainda. Eu sim que vai surgir um código de ética dos Hackers. Incrusiveu, isso me lembra a "Liga dos Cavalheiros", um episódio pra lá de estranho nos mares do Caribe. Para controlar a violência, foi criado um código entre os piratas. Acho que vai caminhar nessa direção.
ResponderExcluirEiiita...pensei que parava em 1960'. tá vendo tu? O que foi que o sr. President andou fazendo?
@Albino, devidamente arrobado: comentando a sua frase "amor coletivo normalmente requer esquecimento voluntário" , acho que está havendo uma certa confusão entre "esquecimento" e silêncio.
ResponderExcluirConcordaria se a frase fosse "amor coletivo normalmente requer discrição, ou segredo"... Nessas situações, normalmente a memória não chega a formar-se especificamente (por exemplo, não saber o nome dos participantes, ou quando os participantes usavam máscaras, nas festas de antigamente).
Fica a memória do fato e não dos atores. Ou existe a memória silenciada dos atores. Mas não esquecimento.
Enfim, só continuei no desvio por amor ao debate, como exigiu Denise.
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Indo para o assunto, achei muito interessante o site http://www.memoiredeshommes.sga.defense.gouv.fr/spip.php?breve17.
Confrontar as informações com novos documentos é importantíssimo, o problema, como bem destacou Albino, é a falta de uma análise crítica dos documentos do Wikileaks.
Dependendo da quantidade, qualidade e origem, esses documentos divulgados podem causar o efeito contrário. Ao invés de incrementar a memória pode causar o esquecimento ou embotamento de informações importantes.
Sem saber a origem e a autenticidade, corre-se o risco de fazer um revisionismo errado.
Antes de haver um questionamento quanto à forma de difusão desses documentos, talvez fosse interessante questionar a sua produção e utilização. Vivemos na sociedade da informação, que pode acabar afogada simplesmente porque não consegue lembrar de tudo, ou não consegue fazer uma seleção adequada. Amnésia por excesso.
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Respondendo às mordidas, classificar é preciso. Taxonomia é nossa amiga e categorias são nossas colegas.
Qual é o problema de pensar sistematicamente?
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Viu? A receita para esquecer um grande amor é mudar de assunto.
Ipso facto Roma locuta causa finita.
ResponderExcluirNada disso!
ResponderExcluirEstamos conversando sobre Wikileaks e o site memoria dos homens.
Deu uma olhada na página e me pareceu que a proposta é fazer uma memória de fatos e de pessoas, mas não compreendi muito bem.
Alguém pode me explicar?
@ Fabiana:
ResponderExcluirA finalidade, diz o site, é tornar publicos os dados registrados nas fichas biograficas do Ministério da Defesa et honrar a memoria de todos que participaram e/ou deram suas vidas ao longo dos conflitos contemporêneos (tradução livre).
Então, concordo com você, a proposta é antes de fazer uma memoria sobre as pessoas.
Mas a revisão historica de fatos, a partir destes dados antes não acessiveis, acaba acontecendo.
O que acho mais interessante neste caso é frisar que a iniciativa foi do Governo. O que é bom.
Mas atenção, aquele outro site de que eu te falei qdo discutimos sobre a Guerra de 14-18, esse sim com teorias tendentes ao revisionismo (sem o carater pejorativo, please), é de uma associação aparentemente indepentente e sustentada intelectuamente por professores para este fim (o da revisão da Historia).
Então, abre-se o debate e se fica esperto para a lisura das fontes de informação. Como Albino sempre disse: temos q ter cuidado com teorias revisionistas da Historia.
Os dois sites de que falo são:
http://www.crid1418.org/a_propos/a_propos_ini.html e http://www.memoiredeshommes.sga.defense.gouv.fr/
Mas podem existir varios outros igualmente interessantes q eu ñ conheço.
@ Fabiana: A finalidade, diz o site, é tornar publicos os dados registrados nas fichas biograficas do Ministério da Defesa et honrar a memoria de todos que participaram e/ou deram suas vidas ao longo dos conflitos contemporêneos.
ResponderExcluirEntão, concordo com você, a proposta é antes de fazer uma memoria sobre as pessoas.
Mas a revisão historica de fatos, a partir destes dados antes não acessiveis, acaba acontecendo.
O que acho mais interessante é frisar que a iniciativa foi do Governo. O que é bom.
Mas atenção, aquele outro site de que eu te falei, esse sim com teorias tententes ao revisionismo (sem o carater pejorativo, please), e é de uma associação aparentemente indepentente e sustentada intelectuamente por professores para este fim.
Então, abre-se o debate e se fica esperto para a lisura das fontes de informação. Como Albino sempre disse: temos q ter cuidado com teorias revisionistas da Historia.
Os dois sites de que falo são:
http://www.crid1418.org/a_propos/a_propos_ini.html
e
http://www.memoiredeshommes.sga.defense.gouv.fr/
Mas podem existir varios outros igualmente interessantes.
Então, por favor, me expliquem: qual é a versão oficial e no que consistem as teorias revisionistas em relação a essas guerras e às pessoas que delas participaram?
ResponderExcluir@Albino: O monstro de 7 cabeças desibestou-se ladeira abaixo! Êêê, viva!
ResponderExcluirOntem uma criatura, ex-banqueiro na suiça, entregou à Assange uma lista de nomes de pessoas e instituições q "lavaram" nas Ilhas Caimãs entre 1970 à 2010.
Como eu dizia, do proposito "diplomatico" inicial do Wikileaks jà ñ resta muito, uma vez q se deu lugar a uma espécie de martir despirocado da web que sacode m. e tudo no ventilador.
Cenas dos px capitulos!
Certo... quem é esse banqueiro suiço? Essa lista é quente?
ResponderExcluir@Denise, @ Albino, @outras pessoas,alguém pode responder ao post de 16 de janeiro por favor?
Minha dúvida quanto ao site http://www.memoiredeshommes.sga.defense.gouv.fr/
é quanto à versão oficial (qual?), e se está sendo revisitada (como?).
Pelo que pude entender, é a memória de fatos e pessoas da 1ª e 2ª Guerras mundiais e da Guerra da Coréia. Há a memória dos "inimigos"?
@Fabiana: oficial é a versão do ganhador. Isso nos aprendemos hà tempos.
ResponderExcluirMas bom, pra continuar no debate, o "oficial" do Memoria dos Homens é o fato de ter sido iniciativa do Governo de abrir os arquivos das Guerras mundiais, e de outras guerras das quais a França teve participação, como Algéria, Coréia, Marrocos e Tunisia.
O que disse antes: este site não é por si so revisionista. Mas como revela coisas sobre pessoas e fatos, acabaria dando ocasião à novas interpretações.
Eh o que acontece com ou outro site. Este sim com declarado proposito revisionista mas limitado à Guerra de trincheiras entre 1914 e 1918. Esta tese é corroborada com o site do Governo, pois a liberação de agendas e diarios dos oficiais da época, se pode reinterpretar os episodios de trégua e deserção (o que comentei num post do ano passado, sobre a memoria dos mortos).
Well, isso é tudo que posso dizer por hora. Cultura mais vasta nesse campo minado (rêrê...) é de Albino, o controlador historico destas discussões.
@Albino:
ResponderExcluirVc viu esta publicação ontem?:
http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2011/01/30/exmembro_do_wikileaks_cria_site_concorrente_90674.php
Seguindo a linha do que eu tinha comentado aqui sobre as derivações posteriores daquela finalidade inicial do Weakleaks.
Consulte: http://www.openleaks.org/
Não quero desviar o rumo da conversa do Wikileaks, mas estava pensando...
ResponderExcluirSe o grande amor tiver um nome comum, como (!) Antônio, José, Maria, por exemplo, é mais difícil de esquecer pois probabilidade é ouvi-lo frequentemente, e toda vez a lembrança pode ser reavivada. Um conselho é formalizar a situação trocando a referência do nome por "ex", ou "jaguatirica", que são mais difíces de ouvir no dia a dia.
Sei de casos de pessoas que esqueceram o nome dos cônjuges porque, simplesmente, passaram a chamá-lo por "marido", "esposa", "meu bem"...
Agora, se o nome do grande amor do passado for menos comum, é uma faca de dois gumes pois de um lado você ouviria ou leria menos,mas por outro lado o tal nome é inconfundível e fatalmente você vai lembrar da criatura.
Então acho que vale também a idéia de adotar um título raro, desde que não seja injurioso, pois aí a memória é mais marcante.
Não sei se resolve, mas a letra dessa canção pode ajudar:
ResponderExcluir"Olhos nos olhos"
Chico Buarque de Holanda
"Quando você me deixou, meu bem,
Me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci,
Mas depois, como era de costume, obedeci.
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando,
Me pego cantando, sem mais, nem por quê.
Tantas águas rolaram,
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.
Quando talvez precisar de mim,
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você diz.
Quero ver como suporta me ver tão feliz".
Então, vale para quem foi largado e quer sair do ponto A (fundo do poço) para o ponto B (alegria pela ausência do indivíduo-a).
Não vale para quem largou o grande amor e depois se arrependeu e quis voltar. Não vale para quem perdeu o grande amor em outras circunstâncias.
Continuo buscando a receita.
É... seis anos depois ainda não encontrei a fórmula.
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