O brasileiro não tem memória.

Neste blog desmascaramos esta mentira.









domingo, 8 de abril de 2012

Samba do crioulo doido

Sem considerações sobre o politicamente incorreto, eu adorava essa música quando era pequena:

Foi em Diamantina
Onde nasceu JK
Que a Princesa LeopoldinaArresolveu se casá
Mas Chica da Silva tinha outros pretendentes
E obrigou a princesa a se casar com Tiradentes

Lá iá lá iá lá ia
O bode que deu vou te contar
Lá iá lá iá lá iá
O bode que deu vou te contar

Joaquim José
Que também é da Silva Xavier
Queria ser dono do mundo
E se elegeu Pedro II

Das estradas de Minas seguiu pra São Paulo
E falou com Anchieta
O vigário dos índios
Aliou-se a Dom Pedro
E acabou com a falseta

Da união deles dois
Ficou resolvida a questão
E foi proclamada a escravidão
E foi proclamada a escravidão

Assim se conta essa história
Que é dos dois a maior glória
Dona. Leopoldina virou trem
E D. Pedro é uma estação também
O, ô , ô, ô, ô, ô
O trem tá atrasado ou já passou

Para ouvir a música com os Demônios da Garoa: http://www.youtube.com/watch?v=k5U1gNK1SkE

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COMENTÁRIO

A graça dessa música é o absurdo: a confusão de fatos e personagens históricos, de "vultos" fazendo bobagens e totalmente deslocados na cronologia.

Notem que Joaquim José da Silva Xavier (o Tiradentes!) é citado na música, e nela tornou-se pretendente ao casório com a Princesa Leopoldina, por exigência de Chica da Silva, elegeu-se até Imperador do Brasil (além de herói e patrono cívico da Nação, chiquérrimo).

Às vezes tenho a impressão de que a (H)estória do Brasil é contada assim para a gente, de forma meio truncada e deslocada. Além de implicar uma flagrante violação ao direito à memória dos mortos, pela deturpação de sua biografia, sob os aspectos da veracidade e integridade do passado.

Essa música passou a fazer parte da nossa memória coletiva, e quando uma situação está complicada e confusa, não é raro ouvir que parece o "samba do crioulo doido".

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